Foto de capa: Foto de Marcos Vergueiro/ GEMT - Fonte: Fotos públicas |
Buscamos, com isso, desconstruir os esteriótipos racistas e machistas que são constantemente reforçados através do senso comum e da exploração capitalista sobre elas, bem como ampliar a discussão para mostrar a atuação dessas mulheres dentro de sua própria comunidade, reivindicando direitos indígenas e fortalecendo a luta pela demarcação de terras, condições de saúde, trabalho, entre outras inúmeras demandas.
Pretendemos mostrar que a questão indígena vai muito além do que sabemos pelo senso comum e pela imagem folclórica pintada constantemente pela mídia, e que inclusive, descaracteriza a luta indígena no próprio "Dia do Índio".
Para realizar essas análises, separamos alguns textos e alguns vídeos.
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O primeiro texto é de autoria de Bia Cardoso publicado na página Blogueiras Feministas. No artigo, intitulado "Dia Internacional da Mulher Indígena", a autora explica o porque da escolha da data de 5 de setembro como Dia Internacional da Mulher Indígena, homenagem referente à morte de Bartolina Sisa, durante a rebelião anticolonial de Túpaj Katari, no Alto Peru. Bia destaca a importância das mulheres indígenas em suas sociedades, tanto no âmbito econômico, quanto no social e político. Além disso, ressalta o problema da imagem caricata e da apropriação cultural que é constantemente feita em relação aos povos indígenas.
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O segundo texto é de Alejandra Aguilar Pinto. O artigo, intitulado "Reinventando o Feminismo: as mulheres indígenas e suas demandas de gênero", apresenta uma análise da questão indígena através da perspectiva de gênero e etnia, e de que modo os setores femininos dentro do movimento indígena vem sendo desenvolvidos através de suas próprias práticas político-culturais e do apoio de organizações de terceiro setor e da sociedade civil. Estabelecendo uma crítica ao feminismo “oficial”, em relação à prática de uma espécie de “colonialismo discursivo” ao introduzir às mulheres do Terceiro Mundo às demais localidades
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Destacamos também uma reportagem da BBC Brasil, publicada no site Amazônia.org, que mostra um grupo de mulheres indígenas que decidiu levantar, dentro de suas aldeias no Acre, algumas pautas do movimento feminista. Isso por sentirem uma necessidade de representação de suas particularidades dentro do feminismo, de criar uma forma de luta que contemplasse às mulheres indígenas de acordo com suas necessidades, e não sob a perspectivas de mulheres brancas. Uma lição de empoderamento e voz para todxs.
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Além dos textos e da reportagem, indicamos alguns vídeos:
Encontro de Mulheres Indígenas da Bahia - Partes 1 e 2 - Os dois vídeos são o registro de um encontro realizado na Bahia entre mulheres indígenas de diversas etnias e regiões. Depois de reuniões conjuntas, essas mulheres perceberam o quão importante era construir um espaço de convivência feminino para apresentar suas pautas específicas e suas vivências como mulheres indígenas.
E para ilustrar um pouco a situação das mulheres indígenas fora do Brasil, mais precisamente em outras nações da América Latina, dois vídeos sobre a situação na Colômbia e no Peru, respectivamente:
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“As mulheres indígenas são as mais gravemente afetadas pelo modelo de desenvolvimento econômico imposto no Brasil. São elas que sofrem de forma mais contundente os impactos provocados sobre o meio ambiente. Quando os indígenas perdem acesso aos recursos ambientais que garantem sua segurança e soberania alimentar, são as mulheres as mais penalizadas, pois geralmente são elas as responsáveis por cuidar da alimentação. Essa é uma característica comum a muitas comunidades tradicionais. Também são elas as mais impactadas pelas grandes obras que perturbam o modo de vida de suas comunidades.” Referência: 2011: Mayara Melo na obra Mulheres indígenas – violência, opressão e resistência#SemanadeLutadasMulheres. Comente, compartilhe, faça sugestões, opine, participe.
Que feliz me faz ver uma publicacao minha sendo reconhecida e difundida!
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