quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
Calendário Acadêmico 2010/1
Inscrição de disciplinas dos calouros (pessoalmente na secretaria do IFCH – Bloco B, sl. 9002 B) – Dias 02 e 03 de Março
Início das Aulas 2010/1 – 10 de Março
RID (pelo aluno on line) – 10 de Março
SAID – De 10 a 23 de Março
Término das aulas 2010/1 – 10 de Julho
Calendário acadêmico completo em: http://www.sr1.uerj.br/daa/files/calendario-academico-administrativo-2010.doc
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
A opinião da gestão Filhos da Pública IV acerca do Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH3)
Meu primeiro texto em 2010 não poderia ter outro assunto que não o Plano Nacional dos Direitos Humanos e o ataque daqueles que podemos afirmar são os inimigos da nação brasileira e da democracia com seus ternos e gravatas disfarçados de médicos, advogados, militares e até sociólogos.
Entramos 2010 acompanhando a grande mídia e alguns filhotes da ditadura militar, como dizia Leonel Brizola, criticando uma das poucas medidas honrosas do governo Lula. Parece que em seu último ano de governo, o presidente resolveu colocar para “fora” o antigo projeto de quando o PT ainda era oposição. O Programa Nacional dos Direitos Humanos sai do papel 30 anos depois da Lei de Anistia. Aliás, lei essa com objetivo de salvar os torturadores e fazer valer a impunidade do terrorismo de Estado.
Este tema tem sido amplamente discutido pelos membros da gestão e coube a mim a tarefa de escrever em nome do CAHIS. Esta tarefa não seria tão difícil caso o espaço geográfico e temporal fosse mais elástico, é um assunto muito vivo em nosso cotidiano. As proposições do programa estão diante de todos quando assistimos, por exemplo, aos mortos pela violência urbana – morrem mais pessoas no Brasil do que nos países em guerra -, vemos as centenas de barracões de acampamentos dos sem-terra pelas estradas do Brasil, vemos ainda as políticas de extermínio da pobreza através de forças policiais desproporcionais contra toda e qualquer manifestação popular. Assistimos compatriotas que se matam todos os dias diante de suas ignorâncias forjadas pela falta de compromisso do Estado que não cumpre sua função verdadeira.
O Plano dos Direitos Humanos virá discutir as chagas do Brasil como acesso à terra, moradia e justiça. O PNDH 3 é estruturado da seguinte maneira: Interação democrática entre Estado e sociedade civil, desenvolvimento e direitos humanos, universalizar os direitos em um contexto de desigualdades, segurança pública, acesso à justiça e combate à violência, educação e cultura em direitos humanos, direito à memória e à verdade. Esses pontos se desdobram nas discussões sobre acesso à moradia, políticas para gays, lésbicas e transexuais, criação de uma “comissão da verdade” para investigação sobre mortos e desaparecidos no período ditatorial, discussões sobre o estatuto do idoso e leis em prol dos deficientes, além de revisão das concessões de rádio e TV, ponto de maior polêmica já que as principais emissoras se fixaram com auxílio do regime militar.
Em entrevista ao jornal “O Globo”, FHC afirmou que Lula “vestiu o sapato errado”. Isso nos permite enxergar que nem todos os militantes do início da ditadura saíram do mesmo lado ao fim dela. Os dois grandes “filhotes da ditadura” hoje são Fernando Henrique Cardoso e José Serra que tentam, a todo custo, emperrar o avanço do país, desta vez tentando atravancar o Plano Nacional dos Direitos Humanos. Ainda tentam fazer pressão para que as investigações se estendam aos militantes de esquerda mesmo que muitos deles tenham sido mortos, torturados ou exilados, ou seja, se quiserem julgar esses homens e condená-los não conseguirão, pois muitos deles, mesmo sendo inocentes, já cumpriram uma pena imposta pelo estado terrorista.
Precisamos lembrar que nem mesmo o Ato Institucional 5 (AI-5) deu aos militares e policiais civis o direito de torturar e matar, isso deve ser colocado em seu devido lugar, ou seja, os torturadores não devem ser torturados, muito pelo contrário, o programa propõe uma comissão da verdade para investigar esses crimes e ao judiciário caberá o julgamento, isto é, a natureza deste plano é legal, pois pretende agir diante das leis preestabelecidas pela constituição.
Com isso qualquer cidadão com o mínimo de sensatez percebe a importância deste plano para o avanço da democracia e dos direitos humanos no Brasil, por este motivo não podemos ceder aos velhos conhecidos como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o governador de São Paulo José Serra, desta vez travestidos nas figuras de sociólogo “marxista” e médico ex-militante, respectivamente.
Temos que discutir, de fato, a política de diretos humanos, mas temos que manifestar nossa posição e não apenas ficarmos em bares, corredores e rodas de amigos enquanto a reação ataca de todas as maneiras possíveis o programa.
Nós, estudantes e futuros professores, temos obrigação de apoiar esse PNDH 3, o que não exclui propor mudanças e inserções de tópicos.
Desejamos coragem ao Secretário dos Direitos Humanos Paulo Vanucchi e a todos os envolvidos nesse projeto, pois a reação já está dada. Mesmo com todas as críticas o Plano deve ser incrementado e aprofundado. Avancemos com a frágil democracia brasileira e deixamos aqui mensagem de apoio ao programa.
Aos senhores torturadores fica apenas o desejo de justiça, aos exigimos apenas o silêncio e o respeito àqueles que perderam suas vidas ou as de parentes queridos em um ato lamentável de covardia e abuso. Aos Senhores Fernando Henrique Cardoso, José Serra, Nelson Jobim, Alexandre Garcia e muitos outros exigimos apenas silêncio em respeito aos mortos pela fome, pela falta de moradia, pela AIDS. Silêncio pelas crianças que perderam suas vidas na prostituição, nas drogas, silêncio pelas vidas femininas desperdiçadas nas salas de aborto.
Nós esperamos a boa vontade de alguns governantes para que essas leis saíssem do papel e falhamos, ficamos em silêncio e agora as leis estão de baixo de nossos narizes e continuamos parados olhando a velha e decrépita “direita” tentar impedir que o povo tenha uma moradia digna e comida na mesa? NÃO!
Convoco todas as entidades políticas e sociais a apoiarem este plano mesmo com suas falhas, pois isto significa apoiar a democracia. Não podemos deixar velhos e novos torturadores soltos sem julgamento, não podemos deixar 100 milhões de brasileiros sem moradia, não podemos deixar 60 milhões abaixo da linha de pobreza, não podemos deixar a mídia que apoiou a ditadura livre de sanções, não podemos deixar os brasileiros sem acesso à educação, não podemos deixar o Brasil sem conhecer a história verdadeira do Capitão Sergio Macaco, de Luiz Carlos Prestes, Darcy Ribeiro, Leonel Brizola, e outros como Coronel Brilhante Ustra, os brigadeiros Hipólito da Costa e João Paulo Burnier. Não podemos deixar o Brasil sem o direito à VERDADE, não podemos deixar o Brasil sem Direitos Humanos.
DEIXEMOS O BRASIL COM HUMANOS DIREITOS.
"Temos, há muito tempo, guardado dentro de nós um silêncio bastante parecido com a estupidez".
- Eduardo Galeano
Enviado Especial da União das Repúblicas Socialistas do 9º andar – Gabriel Siqueira
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
Novas Regras Para Auxílio Financeiro
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
Wadih Damous: Campanha pela verdade
Texto do Presidente da OAB-RJ, Wadih Damous, publicado na edição de 26/01/2010 de "O Dia"
Rio - Trinta anos se passaram da promulgação da Lei da Anistia e continuam abertas as feridas. Sangram ainda. Não cicatrizaram porque a pacificação do País jamais poderá acontecer sem a sua reconciliação com a própria história. E com a verdade dos fatos tornada pública para que enfim se faça a paz e as vítimas da ditadura possam descansar com a dignidade negada, até agora, pela não responsabilização dos servidores públicos que cometeram crimes de tortura a mando do Estado.
Não é por outra razão que lançamos a Campanha pela Memória e pela Verdade. Esperamos que acenda debate nacional, sereno e produtivo, sobre a necessidade de se identificar e responsabilizar judicialmente os agentes que praticaram crimes de lesa humanidade, imprescritíveis. Esses crimes não são tolerados pela Constituição nem previstos nos atos de exceção que vigiram nos anos em que a democracia foi ignorada.
A OAB não aceita a falsa paz que setores militares, tendo como porta-voz um civil de argumentos retrógrados, tentam impor como cangalha no pescoço do País. Felizmente, ficou para trás o temor às fardas.Queremos promover o reencontro do Brasil com sua história e vamos às ruas, às universidades, às igrejas e a todos os fóruns de debate que encontrarmos. A Ordem está questionando, no Supremo Tribunal Federal (STF), se a Lei da Anistia de 1979 abrangeu crimes de tortura. Entendemos que não. Os que foram presos e torturados já pagaram suas penas, nas cadeias, processados, e no exílio. Mas seus algozes, que cometeram estupros, afogamentos, empalamentos e outras atrocidades, continuam impunes. A maioria, ainda anônima, recebe soldos e pensões como qualquer cidadão de bem. Que sejam identificados e submetidos ao devido processo legal. Assim se fará a paz.
Texto sobre o Plano Nacional de Direitos Humanos - Contribuição do companheiro Gabriel Pinheiro
Meu primeiro texto em 2010 não poderia ter outro assunto que não o Plano Nacional dos Direitos Humanos e o ataque daqueles que podemos afirmar são os inimigos da nação brasileira e da democracia com seus ternos e gravatas disfarçados de médicos, advogados, militares e até sociólogos.
Entramos 2010 acompanhando a grande mídia e alguns filhotes da ditadura militar, como dizia Leonel Brizola, criticando uma das poucas medidas honrosas do governo Lula. Parece que em seu último ano de governo, o presidente resolveu colocar para ‘fora’ o antigo projeto de quando o PT ainda era oposição. O Programa Nacional dos Direitos Humanos sai do papel 30 depois da Lei de Anistia. Alias, lei essa que perdoou apenas os torturadores e fez valer a impunidade do terrorismo de estado.
Este tema tem sido amplamente discutido pelos membros da gestão e coube a mim a tarefa de escrever em nome do CAHIS. Esta tarefa não seria tão difícil caso o espaço geográfico e temporal fosse mais elástico, é um assunto muito vivo em nosso quotidiano. As proposições do programa estão diante de todos quando assistimos, por exemplo, aos mortos pela violência urbana – morrem mais pessoas no Brasil do que nos países em guerra -, vemos as centenas de barracões de acampamentos dos sem terra pelas estradas do Brasil, vemos ainda as políticas de extermínio da pobreza através de forças policiais desproporcionais contra toda e qualquer manifestação popular. Assistimos compatriotas que se matam todos os dias diante de suas ignorâncias forjadas pela falta de compromisso do estado que não cumpre sua função verdadeira.
O Plano dos Direitos Humanos virá discutir as chagas do Brasil como acesso a terra, moradia e justiça. O PNDH 3 é estruturado da seguinte maneira: Interação democrática entre estado e sociedade civil, desenvolvimento e direitos humanos, universalizar os direitos em um contexto de desigualdades, segurança pública, acesso a justiça e combate a violência, educação e cultura em direitos humanos, direito a memória e à verdade. Esses pontos se desdobram nas discussões sobre acesso a moradia, políticas para gays, lésbicas e transexuais, criação de uma “comissão da verdade” para investigação sobre mortos e desaparecidos no período ditatorial, discussões sobre o estatuto do idoso e leis em prol dos deficientes, além de revisão das concessões de rádio e TV ponto de maior polêmica já que as principais emissoras se fixaram com auxilio do regime militar.
Em entrevista ao Jornal “O globo” FHC afirmou que lula “vestiu o sapato errado”, isso nos permite enxergar que nem todos os militantes do início da ditadura saíram do mesmo lado ao fim dela. Os dois grandes “filhotes da ditadura” hoje são Fernando Henrique Cardozo e José Serra que tentam, a todo custo, emperrar o avanço do país, desta vez tentando atravancar o Plano Nacional dos Direitos Humanos. Ainda tentam fazer pressão para que as investigações se estendam aos militantes de esquerda mesmo que muitos deles tenham sido mortos, torturados ou exilados, ou seja, se quiserem julgar esses homens e condená-los não conseguirão, pois muitos deles, mesmo sendo inocentes, já cumpriram uma pena imposta pelo estado terrorista.
Precisamos lembrar que nem mesmo o Ato Institucional 5 deu aos militares e policiais civis o direito de torturar e matar, isso deve ser colocado em seu devido lugar, ou seja, os torturadores não devem ser torturados, muito pelo contrário, o programa propõe uma comissão de verdade para investigar esses crimes e ao judiciário caberá o julgamento, isto é, a natureza deste plano é legal, pois pretende agir diante das leis preestabelecidas pela constituição.
Com isso qualquer cidadão com o mínimo de sensatez percebe a importância deste plano para o avanço da democracia e dos direitos humanos no Brasil, por este motivo não podemos ceder aos velhos conhecidos como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o governador de São Paulo José Serra, desta vez travestidos nas figuras de sociólogo marxista e médico ex-militante, respectivamente.
Temos que discutir, de fato, a política de diretos humanos, mas temos que manifestar nossa posição e não apenas ficarmos em bares, corredores e rodas de amigos enquanto a reação ataca de todas as maneiras possíveis o programa.
Nós, estudantes e futuros professores, temos obrigação de apoiar esse PNDH 3, o que não exclui propor mudanças e inserções de tópicos.
Desejamos coragem ao Secretário dos Direitos Humanos Paulo Vanucchi e a todos os envolvidos nesse projeto, pois a reação já está dada. Mesmo com todas as críticas o Plano deve ser incrementado e aprofundado. Avancemos com a frágil democracia brasileira e deixamos aqui mensagem de apoio ao programa.
Aos senhores torturadores fica apenas o desejo de justiça, aos simpatizantes exigimos apenas o silêncio e o respeito àqueles que perderam suas vidas ou as de parentes queridos em um ato lamentável de covardia e abuso. Aos Senhores Fernando Henrique Cardoso, José Serra, Nelson Jobim, Alexandre Garcia e muitos outros exigimos apenas silêncio em respeito aos mortos no pela fome, pela falta de moradia, pela AIDS. Silêncio pelas crianças que perderam suas vidas na prostituição, nas drogas, silêncio pelas vidas femininas desperdiçadas na sala de aborto.
Nós esperamos a boa vontade de alguns governantes para que essas leis saíssem do papel, falhamos, ficamos em silêncio e agora as leis estão de baixo de nossos narizes e continuamos parados olhando a velha e decrépita ‘direita’ tentar impedir que o povo tenha uma moradia digna e comida na mesa? NÂO!
Convoco todas as entidades políticas e sociais a apoiarem este plano mesmo com suas falhas, pois isto significa apoiar a democracia. Não podemos deixar velhos e novos torturadores soltos sem julgamento, não podemos deixar 100 milhões de brasileiros sem moradia, não podemos deixar 60 milhões abaixo da linha de pobreza, não podemos deixar a mídia que apoiou a ditadura livre de sanções, não podemos deixar os brasileiros sem acesso à educação, não podemos deixar o Brasil sem conhecer a história verdadeira do Capitão Sergio Macaco, de Luiz Carlos Prestes, Darcy Ribeiro, Leonel Brizola, e outros como Coronel Brilhante Ustra, os brigadeiros Hipólito da Costa e João Paulo Burnier. Não podemos deixar o Brasil sem o direito a VERDADE, não podemos deixar o Brasil sem Direitos Humanos.
DEIXEMOS O BRASIL COM HUMANOS DIREITOS.
"Temos, há muito tempo, guardado dentro de nós um silêncio bastante parecido com estupidez".
- Eduardo Galeano
Enviado Especial da União das Repúblicas Socialistas do 9º andar – Gabriel Siqueira
Brasil lidera ranking de repetência escolar na América Latina
Depois do Brasil, os países com piores taxas de reprovação são o Suriname, com 15,7%, e a Guatemala, com 12,2%. Cuba desponta como o país em que alunos menos repetem séries no colégio: 0,5%.
O Brasil aparece também como a oitava maior população de analfabetos do mundo: são praticamente 14 milhões que não sabem ler ou escrever. A taxa de analfabetismo no Suriname e na Guatemala ultrapassa os 20%.
Estima-se que 9% da população adulta da região da América Latina e Caribe (o equivalente a 36 milhões de adultos) não seja devidamente alfabetizada e não possua conhecimentos matemáticos básicos para a vida diária.
Ainda sobre a região latino-americana e caribenha, o relatório ressalta que nove países alcançaram ou estão próximos de alcançar quatro metas de educação da Unesco e dezesseis se encontram numa posição intermediária. Na região, segundo o estudo, somente a Nicarágua está longe de alcançar as metas propostas.
O relatório da Unesco traça um amplo e detalhado panorama da situação e dos desafios da educação no mundo.
As informações são do Terra
Nota do blog: a informação a respeito da Nicarágua contradiz parecer da própria UNESCO que no ano passado declarou esse país livre do analfabetismo graças ao método cubano “yo, si puedo”. Segundo a ONU, os únicos países da América Latina livres do analfabetismo são Cuba, Venezuela, Bolívia e Nicarágua, sendo que os três últimos receberam o citado programa cubano de alfabetização.
A ONU considera um país livre do analfabetismo quando menos de 5% de sua população não sabe ler e escrever.
Os Pecados do Haiti por Eduardo Galeano
Cavalheiro Bem Apessoado - Pierre Louis Riche
O álibi demográfico
Nessa noite, um deles, Winfried Wolf, consultou os números. E comprovou que o Haiti é, com El Salvador, o país mais superpovoado das Américas, mas está tão superpovoado quanto a Alemanha: tem quase a mesma quantidade de habitantes por quilómetro quadrado. Durante os seus dias no Haiti, o deputado Wolf não só foi golpeado pela miséria como também foi deslumbrado pela capacidade de beleza dos pintores populares. E chegou à conclusão de que o Haiti está superpovoado... de artistas. Na realidade, o álibi demográfico é mais ou menos recente. Até há alguns anos, as potências ocidentais falavam mais claro.
A tradição racista
Os Estados Unidos invadiram o Haiti em 1915 e governaram o país até 1934. Retiraram-se quando conseguiram os seus dois objectivos: cobrar as dívidas do City Bank e abolir o artigo constitucional que proibia vender plantações aos estrangeiros. Então Robert Lansing, secretário de Estado, justificou a longa e feroz ocupação militar explicando que a raça negra é incapaz de governar-se a si própria, que tem "uma tendência inerente à vida selvagem e uma incapacidade física de civilização". Um dos responsáveis da invasão, William Philips, havia incubado tempos antes a ideia sagaz: "Este é um povo inferior, incapaz de conservar a civilização que haviam deixado os franceses".
O Haiti fora a pérola da coroa, a colónia mais rica da França: uma grande plantação de açúcar, com mão-de-obra escrava. No Espírito das leis, Montesquieu havia explicado sem papas na língua: "O açúcar seria demasiado caro se os escravos não trabalhassem na sua produção. Os referidos escravos são negros desde os pés até à cabeça e têm o nariz tão achatado que é quase impossível deles ter pena. Torna-se impensável que Deus, que é um ser muito sábio, tenha posto uma alma, e sobretudo uma alma boa, num corpo inteiramente negro".
A Reunião - Alan Estime
Lavadeiras - Watson Etienne
O delito da dignidade
A história do assédio contra o Haiti, que nos nossos dias tem dimensões de tragédia, é também uma história do racismo na civilização ocidental.
18/Janeiro/2010
O original encontra-se em http://www.resistir.info/galeano/www.resumenlatinoamericano.org , Nº 2146
Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
Sorteio dos Livros
Pedimos aos interessados que cheguem na hora.
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
Relatoria do Conselho de C.A.'s do dia 11/01/2010
Logo depois foi discutido o assunto referente ao Fórum Social Mundial, no qual o CAHIS, juntamente com outros Centros Acadêmicos, reclamou da má divulgação feita para a inscrição nos ônibus da UERJ e do curto prazo dado aos estudantes para efetuar a tal inscrição. Propomos que o prazo fosse prorrogado e que as vagas fossem sorteadas, ao invés de serem por ordem de inscrição, para evitar que só os conhecidos dos integrantes da atual gestão do DCE ("Um Novo Enredo") fossem ao Fórum. Infelizmente, nossas propostas foram derrotadas na votação pelo placar de 12 a 8.
O CAHIS realizou a proposta de uma criação de uma comissão do Conselho de C.A.'s para averiguar os problemas que vêm ocorrendo com o material dos cotistas. A proposta foi aprovada e cerca de 10 C.A.'s se inscreveram na comissão. Além do CAHIS, também participarão Ciências Sociais, Filosofia, Serviço Social, Artes, Enfermagem, Pedagogia do Maracanã e da FFP, Direito, Biologia, HIstória FFP e Engenharia.
Também foi criada uma comissão para rever o Estatuto do DCE.
Fórum Social Mundial: Vagas Nos Ônibus Acabaram
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
Fórum Social Mundial: Prazo para inscrição no ônibus prorrogado!
Os estudantes interessados em irem ao Fórum Social Mundial 2010 em Porto Alegre (entre 25 e 29 de janeiro) deverão realizar sua inscrição pelo site http://www.fsm10.org/ até o dia 15/01/2010.Feito isso, para conseguir um lugar no ônibus da UERJ, o aluno deve enviar um email para dceuerjfsm2010@gmail.com com nome completo, RG, RID (2009/2) e comprovante de inscrição no Fórum até a data limite de 11/01/2010. As vagas no ônibus são limitadas e só disponíveis a alunos com matrícula ativa em 2009/2.A organização do ônibus está a cargo do DCE UERJ - gestão Um Novo Enredo
Atenção Cotistas que Ainda Não Pegaram os Livros!
Os livros devem ser retirados no Departamento de História, sala 9023 B.
Após a data acima, os livros que sobrarem serão doados à nossa biblioteca e sorteados entre os alunos do curso.
João Pedro Stedile: Coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)
Rio - O povo brasileiro paga com vidas pelos crimes ambientais. O início de ano está sendo uma desgraça. Dezenas de mortos, em especial no Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul.
Apesar de toda propaganda de “modernismo”, no Brasil ainda se morre pela chuva, e todas as mortes poderiam ser evitadas.A televisão expõe apenas os sentimentos e as dores da população e esquece-se de debater porque esses problemas ambientais acontecem. Por que a população tem que pagar com vidas pelos crimes ambientais do modelo econômico?
Por que, num país de dimensões continentais, famílias precisam construir casas nos morros, encostas e beira de rios? Quem deu a licença para construir as pousadas na Ilha Grande, em reserva ambiental?
No Brasil, há um processo de expulsão e exclusão permanente da população pobre do acesso à terra e à moradia. Primeiro, concentram a terra e expulsam a população do interior para as regiões metropolitanas.
Nas cidades, a história se repete. Os pobres não têm como pagar aluguel. Não há casa para trabalhador, e o povo constrói nas encostas.
Em São Paulo, 400 mil imóveis estão vagos e fechados, e o déficit habitacional no País é de dez milhões de moradias. O programa de construção de um milhão de casas é bom, mas insuficiente.
Não há solução paliativa. É preciso mudar o modelo econômico. Fixar a população no interior.
Fazer uma reforma agrária e urbana, que garanta o direito à terra e à moradia para todos, sem agredir a natureza.Enquanto isso não acontece, os políticos de plantão seguirão com suas demagogias, escondendo suas responsabilidades. E, a cada ano, resta ao povo, o choro. Até que um dia ele se canse.
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
Aos interessados em ir ao Fórum Social Mundial 2010
Os estudantes interessados em irem ao Fórum Social Mundial 2010 em Porto Alegre (entre 25 e 29 de janeiro) deverão realizar sua inscrição pelo site www.fsm10.org até o dia 15/01/2010.
Feito isso, para conseguir um lugar no ônibus da UERJ, o aluno deve enviar um email para dceuerjfsm2010@gmail.com com nome completo, RG, RID (2009/2) e comprovante de inscrição no Fórum até a data limite de 11/01/2010. As vagas no ônibus são limitadas e só disponíveis a alunos com matrícula ativa em 2009/2.
A organização do ônibus está a cargo do DCE UERJ - gestão Um Novo Enredo
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
Horário 2010/1 e Solidariedade com as vítimas das chuvas
A partir de segunda-feira (dia 11/01) estará disponível na xérox do CAHIS o horário 2010/1. Mais uma conquista dos estudantes. Desde de 2007, quando o CAHIS solicitou participar da formulação do horário junto com os professores, que podemos disponibilizar o mesmo com antecedência aos estudantes, além de evitar conflitos de horários entre as matérias de cada período.
Atenção Cotistas que Ainda Não Pegaram os Livros!
Conferência do Clima: Crônica de uma Morte Anunciada
Decepção. Essa é a palavra que define as duas semanas da décima quinta Conferência da ONU para Mudanças Climáticas (COP 15) realizada entre 07 e 19 de dezembro em Copenhague, Dinamarca.
A reunião a qual se criou a expectativa de ser o palco para a formulação de um tratado que definisse os meios para uma redução na emissão de gases causadores do efeito estufa terminou sem consenso. Pior, sem qualquer medida concreta para alcançar o seu objetivo maior.
O desastre já havia sido enunciado. Os Estados Unidos, maiores poluidores, foram para a COP 15 sem regras definidas dentro do seu próprio país, já que a proposta tímida do presidente Obama para redução das emissões não foi ainda aprovada pelo legislativo norte-americano. A direção da Conferência pelo governo xenófobo e racista (os muçulmanos que o digam) da Dinamarca não mostrou pulso firme, pavimentou o caminho para um “acordão” entre os países ricos e ainda tentou, mais de uma vez, obstruir o direito ao pronunciamento dos mais pobres.
Notoriamente, o presidente estadunidense, Barak Obama fez o papel mais lamentável da conferência. Propostas nulas, não assumindo a posição histórica de maior culpado pelo aquecimento global e ainda invadindo uma reunião dos países “em pleno desenvolvimento”, o que irritou os chineses. Obama exigia uma inspeção nos fundos que fossem destinados a esses países, mesmo quando financiados a âmbito nacional, o que soou aos chineses como intromissão em assuntos internos. No final, a inspeção foi trocada pelo termo “consulta”.
O Acordo final se quer pode ser chamado dessa forma. Por não ter sido aceito em plenário, visto que foi concebido em reuniões entre os ricos e os “emergentes”, a assembleia rejeitou o projeto. Para não acabar sem nada nas mãos, o secretário geral das Nações Unidas, o sul-coreano Ban Ki Moon, “tomou nota” do acordo, como uma carta de intenções. Venezuela, Bolívia e Cuba, assim como o G-77 denunciaram que o acordo não compromete nenhum país a nada, são somente palavras ao vento. Também relataram a forma antidemocrática que foi conduzida a COP 15, com mais reuniões às escuras do que propostas no plenário.
O que foi colocado no papel é o reconhecimento de que os países devem evitar que a temperatura do planeta aumente em 2 Cº até o final do século XXI. Como isso será feito, no entanto, ninguém assumiu nada. Foi acordado também o compromisso dos ricos em financiarem a luta contra o desmatamento nos países pobres e a criação de um fundo para captação de recursos para ajudar as nações mais pobres contra os problemas gerados pela mudança climática. Alguns países ricos anunciaram doações para esse fundo, no entanto, todas aquém do necessário, esperando auferir o restante do dinheiro necessário no mercado (?!)
Frente a esse antidemocrático jogo encenado pelos países ricos, cabe relatar a heróica resistência dos manifestantes de toda parte do mundo que marcaram presença na capital dinamarquesa e levaram às ruas protestos em todos os dias do encontro.
A próxima Conferência do Clima (COP 16) está marcada para o final de 2010 na Cidade do México. Esperamos que lá se chegue a um acordo que realmente delimite metas concretas e que os países ricos assumam a sua culpa nesse problema. As consequências de um novo erro seriam catastróficas.