terça-feira, 15 de julho de 2014

Opinião: Nota do Comitê pela Libertação dos Presos Políticos

Nota do Comitê pela Libertação dos Presos Políticos

Liberdade imediata de todos os presos políticos!

No dia 12 de julho de 2014, o aparato de repressão do Estado deu mais uma demonstração de abuso, ampliando ainda mais o Estado de exceção no Rio de Janeiro. Somaram-se aos presos políticos que já haviam sido arbitrariamente encarcerados, mais outras dezenas de ativistas. Sem nenhuma prova, sem nenhuma justificativa material, esses ativistas tiveram suas casas invadidas, e até arrombadas, por policiais fortemente armados e foram levados para imediata prisão, sem que houvesse a garantia dos mínimos direitos básicos.

A mega operação montada para intimidar e perseguir ativistas teve como objetivo impedir manifestações, particularmente a manifestação marcada para o dia da final da Copa, criando um absurdo jurídico, em que pessoas são presas acusadas de crimes que sequer ocorreram.

Após uma investigação policial que se iniciou em setembro de 2013 e toda a encenação e cumplicidade da imprensa reacionária na tentativa de criminalizar os movimentos populares, não conseguiram forjar nenhuma prova contra os presos. Dentre as “apreensões” estavam jornais, livros, máscaras de gás, equipamentos eletrônicos e bandeiras, ficando claro o caráter político das prisões. Uma arma apresentada repetidamente pela televisão era de um segurança patrimonial com porte legal de arma, parente de um dos presos. Apenas com esse fato tentou-se forjar a falsa acusação de quadrilha armada.

Entre os presos e perseguidos estão: professores de rede estadual que participaram da última greve, estudantes das universidades e escolas públicas, membros de centros acadêmicos e grêmios estudantis, professores universitários, advogados, profissionais de saúde e outros trabalhadores sindicalizados e atuantes nos movimentos populares.

Frente a situação de aberta perseguição política que essa operação da polícia demonstrou, é tarefa de todos que defendem o direito a livre manifestação somarem-se ao mais veemente repúdio às prisões políticas.

É papel de todos defender a imediata liberdade de todos os presos políticos.

Assinam: Centro Acadêmico de Geografia (UERJ), Centro Acadêmico de Filosofia (UERJ), Centro Acadêmico de Serviço Social (UERJ), Centro Acadêmico de História (UERJ), Diretório Acadêmico de Letras (UERJ).

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