terça-feira, 1 de abril de 2014

#50anosdoGolpe: Guerrilha e Luta - A resistência armada

                                                                   

Durante os anos de chumbo da ditadura militar, inúmeros brasileiros optaram por não se resignar e combateram o governo. Foram estudantes, militantes, políticos, e até mesmo alguns membros das forças armadas que iniciaram atividades de guerrilha armada como forma de resistência, a fim de acabar com a ditadura, a repressão, a tortura, e visando o restabelecimento da democracia no Brasil.


Dentre estes muitos heróis nacionais destacamos alguns nomes importantes a serem lembrados como: Carlos Lamarca ( na foto ao lado) , capitão do exército brasileiro, que desertou das Forças Armadas em 1969 por não concordar com o golpe militar e tornou-se um dos comandantes da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR ), assassinado pela repressão dois anos depois. Carlos Marighella, membro do Partido Comunista Brasileiro, e que após o golpe decidiu romper com o partido, engajando-se na luta armada e fundando a Aliança Libertadora Nacional ( ALN ), sendo assassinado por agentes do DOPS numa emboscada em São Paulo. Para muitos a ALN foi a organização de guerrilha brasileira melhor estruturada. O único comandante ainda vivo dela, é Carlos Eugênio Paz, conhecido como " Comandante Clemente ", que teve que viver 8 anos no exílio, na França. Não podemos esquecer também de outros dois movimentos importantes da luta armada, a Guerrilha do Araguaia ( criada por membros do PC do B ), no norte do Brasil e a Guerrilha do Caparaó ( promovida pelo MNR), na divisa entre Minas Gerais e Espírito Santo.

Para conhecer melhor a vida e história de luta de Marighella, sugerimos o documentário "Marighella: Retrato Falado de um guerrilheiro" de Silvio Tendler.



Embora muitos revisionistas queiram relativizar as atividades de guerrilha e luta armada, acusando-os de terroristas, sequestradores e etc, não há como comparar a resistência a um Estado opressor e de exceção com os crimes que este próprio Estado cometeu. Parafraseando Sobral Pinto " o sequestro é o habeas corpus que nos tiraram".

O CAHIS UERJ relembra esses e todos os outros brasileiros corajosos, que pegaram em armas e arriscaram suas vidas em nome do país e da democracia. Esses brasileiros pagaram caro, muitos com suas vidas, enquanto militares torturadores vivem bem, impunes e recebendo pensão do governo até hoje.

"A única luta que se perde é aquela que abandona" - Marighella

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