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Disciplina: Tópicos Especiais de História Política II - “Crônicas e interpretações sobre a colonização portuguesa da América (séculos XVI-XIX)”
Docente Responsável: Prof. Fabiano Vilaça dos Santos
Horário: 5ª f. (N1-N2)
PROGRAMA
Ementa
A visão de alguns dos principais cronistas da colonização portuguesa (séculos XVI ao XIX): Gabriel Soares de Sousa; Ambrósio Fernandes Brandão; Frei Vicente do Salvador; Sebastião da Rocha Pita; Robert Southey. O olhar estrangeiro sobre a colonização: missionários e viajantes. Modelos interpretativos da colonização portuguesa e seus autores: Francisco Adolfo de Varnhagen; Capistrano de Abreu; Sérgio Buarque de Holanda e Caio Prado Júnior.
Objetivos
▪ Associar a narrativa dos cronistas aos progressos da colonização da América pelos portugueses;
▪ Compreender as impressões de missionários e viajantes sobre a América portuguesa à luz dos valores da Cristandade e de uma visão eurocêntrica do mundo;
▪ Discutir as linhas mestras do pensamento de alguns historiadores dos séculos XIX e XX e suas interpretações sobre a colonização portuguesa da América.
Metodologia
Aulas expositivas; discussão de textos; seminários.
Bibliografia Básica
ABREU, João Capistrano de. Capítulos de história colonial (1500-1800). 6ª ed., Rio de Janeiro: Civilização Brasileira; Brasília: INL, 1976.
ANTONIL, André João. Cultura e opulência do Brasil por suas drogas e minas. 2ª ed., São Paulo: Melhoramentos; Brasília: INL, 1976.
BOSI, Alfredo. Dialética da colonização. 3ª ed., São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
BRANDÃO, Ambrósio Fernandes. Diálogos das grandezas do Brasil. Rio de Janeiro: Oficina Industrial Gráfica, 1939.
FRANÇA, Jean Marcel Carvalho. A construção do Brasil na literatura de viagem dos séculos XVI, XVII e XVIII. São Paulo: Unesp, 2012.
FREYRE, Gilberto. Casa Grande & Senzala: formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal. 51ª ed., São Paulo: Global, 2008.
FURTADO, Celso. Formação econômica do Brasil. 32ª ed., São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2005.
GANDAVO, Pero de Magalhães. Tratado da terra do Brasil & História da província de Santa Cruz. Brasília: Senado Federal, 2008.
GRUZINSKI, Serge. A colonização do imaginário: sociedades indígenas e ocidentalização no México espanhol (séculos XVI-XVIII). Tradução de Beatriz Perrone-Moisés. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.
GUIMARÃES, Lúcia Maria Paschoal & GLEZER, Rachel (coord.). Varnhagen no caleidoscópio. Rio de Janeiro: Fundação Miguel de Cervantes, 2013.
HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. 16ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
______. Visão do paraíso: os motivos edênicos do descobrimento e colonização do Brasil. São Paulo: Brasiliense; Publifolha, 2000.
IGLÉSIAS, Francisco. Historiadores do Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000.
LÉRY, Jean de. Viagem à terra do Brasil. Tradução de Sérgio Milliet. São Paulo: Martins/Edusp, 1972.
LIMA, Francisco Ferreira de. O Brasil de Gabriel Soares de Sousa. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2009.
MOTA, Lourenço Dantas (org.). Introdução ao Brasil: um banquete no trópico. São Paulo: Senac, 1999-2001, 2 vols.
PITA, Sebastião da Rocha. História da América portuguesa desde o ano do seu descobrimento em 1500 até ao de 1724. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: EDUSP, 1976.
PRADO JUNIOR, Caio. Formação do Brasil contemporâneo. 14ª ed., São Paulo: Brasiliense, 1976.
SALVADOR, Frei Vicente do. História do Brazil. Curitiba: Juruá Editora, 2008.
SOUSA, Gabriel Soares de. Tratado descritivo do Brasil em 1587. Rio de Janeiro: IHGB, 1851.
SOUTHEY, Robert. História do Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia, 2011.
SOUZA, Laura de Mello e. Inferno atlântico: demonologia e colonização (séculos XVI-XVIII). São Paulo: Companhia das Letras, 1993.
______. O nome do Brasil. Revista de História. São Paulo, n. 145, 2º semestre de 2001, p. 61-86. Disponível em http://revhistoria.usp.br
TODOROV, Tzvetan. A conquista da América: a questão do outro. São Paulo: Martins Fontes, 1983.
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Disciplina: Seminário Especial em Ensino de História II: currículos e programas
Professora: Drª Lucia Maria Paschoal Guimarães
1. EMENTA:
Cultura histórica, historiografia, saber escolar: conceitos e interseções. Produção de conhecimento e didática da história: questões teóricas e metodológicas. O professor como autor: pesquisa, seleção de conteúdos e produção de conhecimento na prática docente. Instrumentos e estratégias do ensino/aprendizagem em História: manuais escolares, atividades, avaliações.
2. OBJETIVOS:
- Relacionar o conhecimento histórico acadêmico à produção do saber escolar.
- Analisar as estratégias de seleção e de sistematização dos conteúdos específicos dos programas escolares da disciplina História.
- Identificar e comparar procedimentos destinados à elaboração da historiografia didática e dos diversos materiais pedagógicos associados ao planejamento e à realização da prática docente no ensino fundamental e médio.
3. PROGRAMA
Unidade I: Escrever a História, ensinar histórias
- Cultura histórica: o conceito e seus usos
- Historiografia acadêmica e saber escolar
- Teoria e didática da História
Unidade II: O que ensinar nas aulas de História?
- Conteúdos e conceitos: dilemas da seleção e da apropriação didática
- Parâmetros curriculares nacionais: pressupostos e possibilidades
- Saberes e fazeres: competências e habilidades em questão
Unidade III: Como ensinar (e aprender) História?
- O professor como autor
- A produção da narrativa didática
- Crítica documental e atividades pedagógicas.
4- METODOLOGIA DO CURSO: aulas expositivas, debates, estudos dirigidos e seminários.
5- ATIVIDADES DISCENTES: análise e interpretação de textos, apresentação de estudos dirigidos, apresentação de seminários, elaboração de um fichamento.
5.1 FICHAMENTO
RUSEN, Jörn. História viva: teoria da história: formas e funções do conhecimento histórico. Tradução de Estevão de Rezende Martins. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2007.
6- CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO: participação nos seminários e debates, elaboração de um fichamento..
7- HORÁRIO DE ORIENTAÇÃO ACADÊMICA E SEMINÁRIOS DE ORIENTAÇÃO: 3ª feira – das 14 às 18 horas. Sala 9024 B.
8. BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
ABREU, Martha e SOIHET, Rachel (org.). Ensino de história: conceitos, temáticas e metodologia. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2003.
BITTENCOURT, Circe (org.). O saber histórico na sala de aula. São Paulo: Contexto, 1998.
CARRETERO, Mario, ROSA, Alberto e GONZÁLEZ, Maria Fernanda (org.). Ensino da História e Memória Coletiva. Porto Alegre: Artmed, 2007.
Estudos Históricos. Ensino de história e historiografia. Volume 21, número 41, jan-jun. de 2008. Riode Janeiro: CPDOC/FGV.
MATTOS, Ilmar Rohloff de. Mas não somente assim. Leitores, autores, aulas como texto e ensino-aprendizagem de história. Revista Tempo, n. 21, jul/dez 2006. Rio de Janeiro: UFF.
MIRANDA, Sonia Regina. Sob o signo da memória. Cultura escolar, saberes docentes e história ensinada. São Paulo: Ed. UNESP; Juiz de Fora: EDUFJF, 2007.
MONTEIRO, Ana Maria; GASPARELLO, Artete M.; MAGALHÃES, Marcelo de S (org.). Ensino de história. Sujeitos, saberes e práticas. Rio de Janeiro: Maud X, Faperj, 2007.
ROCHA, Helenice Aparecida B., REZNIK, Luís, MAGALHÃES, Marcelo de S. (org.). A História na escola. Autores, livros e leituras. Rio de Janeiro: FGV, 2009.
ROCHA, Helenice, MAGALHÃES, Marcelo e GONTIJO, Rebeca. A escrita da história escolar. Memória e historiografia. Rio de Janeiro: FGV, 2009.
RÜSEN, Jörn. História viva. Teoria da História III: formas e funções do conhecimento histórico. Brasília: UNB, 2007.
ZAMBONI, Ernesta (org.). Digressões sobre o ensino de história. Memória, história oral e razão histórica. Itajaí: Ed. Maria do Cais, 2007.
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Top Esp em Hist Antiga e Iconografia:
O lugar da imagem no campo da pesquisa histórica
Professora: Maria Regina Candido
Ementa: O tema da imagem e sua relação com a História adquiriu um especial significado no quadro atual da profissão de historiador. Quando falamos de imagem nos referimos tanto as imagens fixas quanto as de movimento assim como todas as formas de visualização do passado. Os estudos das moedas, vasos, afrescos e pinturas podem nos fornecer evidencias significativa acerca de épocas pregressas de eventos do passado. Ao protagonizar os acontecimentos pregressos através das imagens em movimento/ filmes,construímos a nossa visão e recepção do passado no tempo presente. Vivenciamos uma sociedade em que a imagem parece dominar de forma avassaladora nossas percepções de mundo: como construir ou decodificar o seu significado?
Programa:
I. Introdução
Conceito, método e documentação: definido as diferenças.
II. Semiótica da Imagem I
Apresentação de metodologia de analise de imagem de Martine Joly,Introdução a Análise de Imagem; de Claude Berard – UFM (Unidades Formais Mínimas) e Charles SanderPeirceformuladas através de grades de analise de imagem.
III. Semiótica da Imagem II
Aplicação pratica da metodologia em vasos, afrescos gregos e romanos como exemplo e a construção de texto a partir da imagem.
IV. Semiotica da Imagem III
Analise de imagem em movimento/filmes:
O conceito de recepção e a analise dos filmes de Medeia, Troia, 300 e Alexandre.
V. Avaliação:
Apresentação de seminário a partir da seleção deuma imagem, aplicação do método e o estabelecimento do tema de pesquisa.
Bibliografia
BACCEGA, MªAparecida.Palavra e Discurso.:Historia e Literatura.Rio de Janeiro:Atica, 2000.
BÉRARD, C. Iconographie-Iconologie-Iconologique. Études de Lettres :Essais Semiotiques. Fasc. 4. Lausanne: 1983.
BERARD,Claude et ali. A City of Image: iconography and society in ancient Greece. Princeton: Princeton University Press,1989.
BERARD,Claude. Iconographie,Iconologie.Iconologique.Paris:Belles Lettres, 1983.
BOARDMAN, John. Greek Sculture: The Classical Period. London:Thames and Hudson, 1985.
BOTHMER,Dietrich von. Painted Greek Vases.The Metropolitan Museum of Art Bulletin, vol. 21, 1962.www.jstor.org/stable3258463acesso em 23/11/2013.
CANDIDO, Mª Regina. Medeia, Mito e Magia: A imagem através do tempo. 2ªed.Rio de Janeiro: Fabrica de Livros/NEA/UERJ, 2010.
CANDIDO, Mª Regina. Novas Perspectivas sobre aplicação metodológica em História Antiga. IN:Busca do Antigo. ROSA, Claudia Beltrão (eds). Rio de Janeiro:NAU, 2010, pp.13-23.
CARPENTER, Thomas H. T. Art and Myth in Ancient Greece. London: Thames and Hudson, 1985.
CONNELLY, Joan Breton. Portrait of a Priestess: women and Ritual in ancient Greece. Oxford: Princeton University Press, 2007.
CSAPO,Eric. Actors and Icons of the Ancient Theater. London: Wiley-Blackwell, 2010.
FINLEY, Moses. I. A Economia Antiga. Porto: Afrontamento, 1986.
FONTANILLE,Jacques.Semiótica do Discurso. São Paulo:Contexto, 2007
FRANCIS, E. D. Image and Idea in Fifth century Greece: Art and Literature after the Persian wars. London: Routledge, 1990.
FREITAS, L. Cultura Material, Prática Arqueológica e Gênero. IN:FUNARI, P.P. Cultura Material e Arqueologia Histórica. Campinas/São Paulo: UNICAMP, 1998, pp.275-317.
FUNARI, P.P. Cultura Material e Arqueologia Histórica. Campinas/São Paulo: UNICAMP, 1998.
GRIFFTHS, Emma.Medea.New York: Routledge,2006.
GUARINELLO, N. L. História Antiga. São Paulo:Contexto,2013.
HART, Mary Louise.The Art of Ancient Greek Theater.LosAngeles:Paul Getty Museum, 2010.
JOLY,Martine. Introdução a Analise de Imagem.São Paulo:Papirus,1996
NEILS, Jenifer etali. Coming of Age in Ancient Greece: images of childhood from the Classical Past. New Haven: Yale University Press, 2004.
OAKLEY, John H. Picturing Death in Classical Athens.Cambridge: Cambridge University Press,2004.
ORLANDI,Eni. Analise doDiscurso. Campinas:Pontes,2003.
PREUCEL, Robert W. Archaeological Semiotics. Oxford:Blackwell Publishing, 2006.
ROBERTSON, Martin. The Art of vase-painting in Classical Athens.Cambridge: Cambridge University Press,
SILVA, Francisco Carlos. História e Imagem. Rio de Janeiro: PPGHIS/CAPES, 1998.
TAPLIN,Oliver. Pots & Plays: interations between Tragedy and Greek Vase-painting of the four century BC.Los Angeles: Paul Getty Museum.
WALTERS, H.B. Corpus VasorumAntiquorum. London: British Museum, 1927
WEBSTER,T.B.L. et ali. Illustrations of Greek Drama.London :Phaidon Press, 1971.
WILLIAMS,Dyfri. Greek Vases. London: The British Museum Press,1999.
WYGANT,Amy. Medea, Magic and Modernity in France. Hampshire: Ashdate Publishing Limited, 2007.
WYLES, Rosie etali. The Promonos Vase and its Context.Oxford: Oxford University Press,2010.
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CURSO: SEMINÁRIO ESPECIAL DE HISTÓRIA DA IDADE MÉDIA II
TEMA: ENTRE DAMAS, CAVALEIROS E MONGES OU O AMOR, A GUERRA E A RELIGIÃO NA LITERATURA DOS SÉCULOS XII-XIV.
PROFA. MIRIAM SILVA
EMENTA: Estudo das manifestações literárias no Ocidente Medieval entre os séculos XII-XIV, através dos temas amor, guerra e vida religiosa. Relação História-Literatura Medieval. Evolução e diferentes gêneros literários medievais. Literatura aristocrática e literatura popular. O papel do escritor, o discurso ficcional e sua relação com a sociedade da época.
OBJETIVOS GERAIS: 1- Apresentar os principais temas e motivos da Literatura dos séculos XII-XIV;
2- Estabelecer a importância do escritor medieval enquanto mantenedor do modus vivendi ou criador e subvertor da ordem;
3- Analisar obras da literatura medieval, relacionando-as à problemática do momento de sua criação.
PROGRAMA RESUMIDO:
1- Literatura Medieval e História
2- A preservação da cultura antiga e o nascimento das literaturas vernáculas
3- Os grandes temas da época e seus gêneros literários
4- Literatura aristocrática e literatura popular
5- O Amor: a lírica trovadoresca, o “lais”, o romance cortês
6- A Guerra: a gesta, o romance de cavalaria, a cantiga de Cruzada
7- A religião: a hagiografia, o teatro, as cantigas marianas
INDICAÇÃO BIBLIOGRÁFICA MÍNIMA:
CURTIUS, E. R. Literatura Européia e Idade Média Latina. São Paulo: Hucitec, 1996.
DUBY, G. O Tempo das Catedrais: a arte e a sociedade. Lisboa: Estampa, 1978.
LE GOFF,. J. O Imaginário Medieval. Lisboa: Estampa, 1994.
---------------. Heróis e Maravilhas da Idade Média. Petrópolis: Vozes, 2009.
MACEDO, J. R. Riso, Cultura e Sociedade na Idade Média. São Paulo: UNESP, 2000.
SPINA, S. A Cultura Literária Medieval. São Paulo: Ateliê, 1997.
ZINK, M. Literatura(s). In: LE GOFF & SCHMITT. Dicionário Temático do Ocidente Medieval. Bauru, SP: EDUSC; São Paulo, SP: Imprensa Oficial do Estado, 2002. pp. 79-94
ZUMTHOR, P. A Letra e a Voz. A “Literatura Medieval”. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.
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Tópico Especial de Hist. Cultural II - IFCH01 10256
2ª (M3-M4)
Título: História e ficção: introdução a um debate teórico entre história e teoria literária
Profa. Laura Nery
Ementa:
O objetivo do curso é apresentar alguns tópicos da relação entre ficção e história, compreendidas não como disciplinas paralelas e dissociadas, mas em sua integração. Interessa valorizar os pontos de contato e de comunicação entre as duas, vendo de que maneira a ficção configura e atualiza a experiência histórica, compondo, através do jogo ficcional, não um campo separado, mas uma instância decisiva do vivido. A partir dessa discussão, busca-se a ampliação dos recursos teórico-metodológicos daqueles que se interessam pela literatura como fonte de reflexão histórica .
Bibliografia*
ARISTÓTELES. Arte retórica e arte poética. São Paulo: Ediouro, 1993.
AUERBACH, Erich. “A cicatriz de Ulisses” (cap.1), “Farinata e Cavalcante” (cap. 8) e “Na Mansão de La Mole” (cap. 18), in Mímesis. A representação da realidade na literatura ocidental. São Paulo: Editora Perspectiva, 1998.
BAKHTIN, Mikhail. “Epos e romance: sobre a metodologia do estudo do romance”, in Questões de literatura e de estética: a teoria do romance. São Paulo: Editora Unesp, 1988, pp. 397-428.
BARTHES, Roland. O discurso da história, in O rumor da língua. São Paulo: Brasiliense, 1988. 145-157.
EAGLETON, Terry. “O que é Literatura?”, in Teoria da Literatura: uma introdução. São Paulo: Martins Fontes, 1994. JAMESON, Fredric. “O romance histórico ainda é possível?” Tradução de Hugo Mader. Novos estudos, nº 77, março, 2007. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/nec/n77/a09n77.pdf
KRAMER, Lloyd S. “Literatura, crítica e imaginação histórica: o desafio literário de Hayden White e Dominick Lacapra”, in HUNT, Lynn (org.). A Nova História Cultural. São Paulo: Martins Fontes, 1992, pp. 97-130.
ISER, Wolfgang. Os atos de fingir ou o que é fictício no texto ficcional, in Teoria da literatura em suas fontes, vol. 2. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002, pp. 955-984.
JAUSS, Hans-Robert. A história da literatura como provocação à teoria literária. São Paulo: Editora Ática, 1994.
Karlheinz, Stierle. A ficção. Rio de Janeiro: Uerj, 2006.
LIMA, Luiz Costa. “A historiografia frente aos princípios de realidade, causa e ficção”, in Lima, Luiz Costa. História, ficção, literatura. São Paulo: Companhia das Letras, 2006, 152-158.
LIMA, Luiz Costa. “A questão dos gêneros”, in Teoria da literatura em suas fontes, vol. 1. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002, pp. 253- 292.
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História Cultural: Limites e possibilidades (universal)
IFCH01 10215
Título: Modernidade/modernismo: questões sobre literatura, arte e política no século XIX.
Horário: 2ª (M5-M6) e 4ª(M5-M6)
Profª Laura Nery
Ementa:
O objetivo do curso é discutir as relações entre cultura, política e sociedade a partir da experiência da modernidade, conforme descrita pelo poeta Charles Baudelaire e retomada, em 1939, pelo filósofo Walter Benjamin no clássico “Charles Baudelaire: um lírico no auge do capitalismo”. Esse será o ponto de partida para um exame de das arenas em que se cruzam os debates político e artístico que marcaram a segunda metade do século XIX e a virada para o século XX, sobretudo em Paris: os Salões de Arte, a imprensa ilustrada e sua crítica à burguesia, o impacto das novas ideias políticas no meio da arte, o surgimento de novos gêneros de entretenimento popular – vaudeville, cinema, fotografia, charge – e a consolidação da classe e dos valores burgueses. O curso se propõe também a verificar o impacto dessa experiência moderna nos meios artísticos e intelectuais brasileiros trazendo alguns temas da chamada “belle époque tropical”.
Bibliografia
ARGAN, Giulio Carlo. Arte Moderna. Do Iluminismo aos movimentos contemporâneos. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
BALZAC, Honoré de. Os jornalistas. Rio de Janeiro: Ediouro, 1999.
BAUDELAIRE, Charles. O pintor da vida moderna. Sobre a modernidade. Rio de Janeiro: Paz e terra, 1996.
BENJAMIN, Walter. Obras Escolhidas III. Charles Baudelaire. Um lírico no auge do capitalismo. São Paulo: Editora Brasiliense, 1989.
CHARNEY, Leo e SCHWARTZ, Vanessa r. (org.). O cinema e a invenção da vida moderna. São Paulo: Cosac & naify, 2001.
FRASCINA, Francis. Modernidade e modernismo: a pintura francesa no século XIX. São Paulo: Cosac Naify, 1998.
GAY, Peter. O século de Schnitzler. A formação da cultura da classe média: 1815-1914. São Paulo: companhia das Letras, 2002.
GUMBRECHT, Hans U. Modernização dos sentidos. São Paulo: Editora 34, 1998.
HOBSBAWM, Eric. A Era dos Impérios. 1875-1914. São Paulo: Paz e Terra, 2009.
HOBSBAWM, Eric. A Era do capital: 1848-1875. São Paulo: Paz e Terra, 2009.
KOSSOY, Boris. Fotografia e história. São Paulo: Ateliê Editorial, 2001.
OEHLER, Dolf. Terrenos vulcânicos. São Paulo: Cosac & Naify, 2004.
SCHORSKE, Carl E. Viena fin-de-siecle: política e cultura. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
SEIGEL, Jerrold. Paris Boêmia. Cultura, política e os limites da vida burguesa: 1830-1930. Porto alegre: LP&M, 1992.
SENNETT, Richard. O declínio do homem público. As tiranias da intimidade. São Paulo: Companhia das Letras, 1988.
WILLIAMS, Raymond. Cultura. Rio de Janeiro: Paz e terra, 1992.
WINOCK, Michel. As vozes da liberdade. Os escritores engajados do século XIX. Rio de Janeiro: Bertrand brasil, 2006.
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DISCIPLINA:
IFCH05-12952TÓPICOS ESPECIAIS EM ARQUEOLOGIA DO BRASIL ANTIGO V
Objetivo(s): Aprofundar os conhecimentos em Arqueologia do Brasil Antigo.
Ementa: Disciplina dedicada à abordagem de temas específicos em Arqueologia do Brasil Antigo, definidos de acordo com os interesses dos alunos e das atividades de pesquisa dos docentes.
HORÁRIO: 2as e 4as, T4-T5 (15:10 – 17:00)
TEMA: POVOAMENTO E OCUPAÇÃO D A AMAZÔNIA
PROF.: PAULO SEDA
EMENTA: A Amazônia antiga. Ecologia e cultura. Adaptações ecológicas e o povoamento antigo da Amazônia. Os primeiros conquistadores. A ocupação colonial. Questões atuais.
OBJETIVOS: Desenvolver um panorama da ocupação da Amazônia, dos primeiros habitantes até as questões atuais, passando pelo processo de conquista e colonização; Contrastar o processo de ocupação (antigo e moderno) com as questões naturais-ambientais; contrastar a ocupação antiga (sistema cultura-natureza) e moderna (conflito cultura-natureza).
Programa:
I - Introdução: uma História Antiga da Amazônia
. Amazônia e faixa costeira
. Problemas relativos a pesquisa e a ocupação
. Etnografia: significado das populações remanescentes
. Importância dos estudos ecológicos
II - Os ecossistemas da Amazônia
. História geológica
. Temperaturas, precipitações e enchentes
. Os solos e as águas
. A estrutura básica: terras altas e várzeas
III - Adaptação as terras altas e as várzeas da Amazônia
. A atração pela floresta: o “inferno verde” e o “paraíso perdido”
. A agricultura intensiva na Amazônia 2
. A agricultura itinerante ou de coivara na Amazônia
. Uma Cultura de Floresta Tropical: o sistema agrícola
IV - Desenvolvimento cultural na Amazônia Antiga
. Caçadores-Coletores Pré-Cerâmicos
. Coletores-Pescadores Ceramistas
. Horticultores Incipientes
. Horticultores de Floresta Tropical
. Agricultores Subandinos
V - A conquista da Amazônia
. Primeiros conquistadores e cronistas
. O rio das Amazonas
. Os Omágua e os Tapajó
. A questão atual
Bibliografia
AB’SABER, Aziz. Os domínios de natureza no Brasil – potencialidades paisagísticas. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003.
BROCHADO, José Proenza. Alimentação na floresta tropical. Porto Alegra: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, UFRGS, 1977.
________ Migraciones que difundieron la tradicion alfarera tupiguarani. Relaciones. Buenos Aires: Sociedad Argentina de Antropologia, 1973a, t.VII: 7-39.
CUNHA, Maria Manuela Carneiro da (org.). História dos índios no Brasil. São Paulo: Cia. das Letras FAPESP/SMC, 1992: 53-86.
DIAS JR., Ondemar. Considerações a respeito dos modelos de difusão cerâmica tupi-guarani no Brasil. Revista de Arqueologia. São Paulo: Sociedade de Arqueologia Brasileira, 1994-95, 8(2): 113-132.
ESTEVES, A.R. A ocupação da Amazônia. S. Paulo: Brasiliense, 1993.
FAUSTO, Carlos. Os índios antes do Brasil. Rio de Janeiro: Zahar, 2000.
FIEDEL, S. et alii. Paleoindians in the Brazilian Amazon. Science. Washington: American Association for the Advancement of Science (Letters Session), 1996, v.274: 1823-1826.
FRANCHETTO, Bruno. “O aparecimento dos caraíba” – para uma história kuikuro e alto-xinguana. In: CUNHA, M.C. da (org.). História dos índios no Brasil. São Paulo: Cia. das Letras FAPESP/SMC, 1992, p. 339-356.
GONDIN, N. A invenção da Amazônia. S. Paulo: Marco Zero, 1994.
LATHRAP, Donald. O Alto Amazonas. Lisboa: Ed. Verbo, Col. Hist. Mundi, 1975.
MAGASICH-AIROLA, Jorge e BEER, Jean-Marc de. América Mágica: quando a Europa da Renascença pensou estar conquistando o Paraíso. São Paulo: Paz e Terra, 2000.
MAXWELL, Kenneth. Chocolate, piratas e outro malandros – ensaios tropicais. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1999.
MEGGERS, Betty. Amazônia: a ilusão de um paraíso. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1977. 3
________ Reconstrução do comportamento locacional pré-histórico da Amazônia. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Belém: Mus. Pa. E. Goeldi, 1990, 6(2): 183-203.
________ Desenvolvimento cultural pré-histórico nas terras baixas tropicais da América do Sul: Amazonas e Orinoco. Fronteiras – Revista de História da UFMS. Campo Grande: UFMS, 1998, v. 2, n. 4, p. 9-38.
MEGGERS, B. e EVANS, C. A reconstituição da pré-história amazônica: algumas considerações teóricas. Paleoclimas. São Paulo: Instituto de Geografia, USP, 1974, 2.
MILLER, Eurico Th. Pesquisas arqueológicas paleoíndigenas no Brasil Ocidental. Estudios Atacameños. San Pedro de Atacama: Universidad del Norte, No. Especial - Investigaciones Paleoindias al Sur de la Línea Ecuatorial, 1987, 8: 37-61.
MORAN, Emilio F. A ecologia humana das populações da Amazônia. Petrópolis: Vozes, 1990.
________ Adaptabilidade humana. São Paulo: EDUSP, 1994.
MOREIRA NETO, Carlos. Índios da Amazônia – de maioria a minoria: 1500-1850. Petrópolis: Vozes, 1988.
NEVES, Eduardo Góes. Arqueologia da Amazônia. Rio de Janeiro: Zahar, 2006.
________ O velho e o novo na Arqueologia. Amazônica. REVISTA USP, São Paulo, n.44, p. 86-111, dezembro/fevereiro 1999-2000.
________ Vestígios da Amazônia pré-colonial. Scientific América. S. Paulo: Scientific América Brasil, 2005, Edição Epecial, p. 54-61.
PORRO, Antonio. O povo das águas: ensaios de etno-história amazônica. Rio de Janeiro: Vozes, 1995.
PROUS, André. Arqueologia Brasileira. Brasília: Editora da UnB, 1992.
________ O Brasil antes dos brasileiros: a pré-história de nosso país. Rio de Janeiro: Zahar, 2007.
ROOSEVELT, Anna C. Arqueologia Amazônica. In: CUNHA, M.C. da (org.). História dos índios no Brasil. São Paulo: Cia. das Letras FAPESP/SMC, 1992: 53-86.
ROOSEVELT, A.C. et alii. Paleoindian cave dwellers in the Amazon: the peopling of the Americas. Science. Washington: American Association for the Advancement of Science, 1996, v.272: 373-384.
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