Texto de despedida do ex membro do CAHIS e formando da UERJ João Cláudio Pintillo
Caros companheiros, desde o segundo
semestre de 2012 deixei de ser aluno da UERJ, formado em licenciatura
plena com um C.R. 9,0, embarco agora na dura realidade do mercado
para exercer com dignidade a carreira de professor de História.
Mas gostaria de deixar registrado
alguns agradecimentos importantes, como os à minha turma (2007.1
noite), sempre parceira e sensível nas lutas que travamos. Fiz
amigos ali que levarei para a minha vida toda.
Aos funcionários da IFCH, sempre
prestativos e cordiais, apesar dos baixos salários e das difíceis
condições de trabalho.
Ao CAHIS, que me deu a oportunidade de ser várias
vezes seu diretor e alavancar a luta pela Universidade Necessária de
Darcy Ribeiro, inclusive através do mesmo pude ser membro do CSEPE,
onde conseguimos dar visibilidade a nossa luta.
Quero agradecer ao muitos colegas do curso pela
amizade, carinho e apoio ao longo desses 9 semestres, por eles é que
nunca me acovardei perante as intimidações dos “donos do saber”.
Quero agradecer a professora Maria
Teresa Toríbio e o professor Paulo Seda pela postura
coerente e eficiente na condução do Departamento de História. E
também pelo apoio e carinho na minha luta para adentrar no
“mestradinho das comadres”.
Agradeço também a companheira
professora Tânia Neto (Diretora do CETREINA), pelos conselhos
e experiências transmitidos ao longo desses anos.
Segue meu abraço aos amigos da copiadora e da
cantina, sempre ao nosso lado para tudo!!!
Agradeço ao amigo bigodinho, ascensorista que nos
levava para cima e para baixo de pronto emprego, apesar de espoliado
pela terceirização do serviço público!
Agradeço também aos únicos
professores que valeram a pena: professor Luis Edmundo Tavares,
grande mestre, firme e combatente, o modelo de professor que o Brasil
precisa, professor Jaime Antunes, sincero e inteligente, um
exemple em sala de aula, professora Helena Araújo, sensível
aos problemas dos alunos e sempre receptível, professor Celso
Thompson, a maior erudição da UERJ mesclada com tanta
humildade, um exemplo que machuca a pedância acadêmica e a
professora Marly Abreu (Faculdade de Educação), educadora
Necessária, do mais alto nível.
Um agradecimento especial ao
professor companheiro Nilo Batista, pela ajuda e apoio contra
os ditames repressivos da academia burguesa.
Todos os outros professores de
formas diferenciadas foram lamentavelmente mais do mesmo!
Aos dirigentes da UERJ, segue meus
agradecimentos ao professor Domenico Mandarino (ex-diretor do
CCS), pelo seu apoio a nossa ocupação da reitoria e no caso que a
professora do curso de História nos chamou de canalhas, agradeço
também ao vice-reitor Volpato, pelo seu apoio aos nossos
pedidos de concurso e na luta contra nossa perseguição no
mestradinho das comadres.
Não posso deixar de agradecer ao
povo fluminense pelo seu suor, pois foi graças aos seus impostos que
me possibilitaram estudar, tem o meu compromisso em devolver cada
centavo ministrando uma aula libertária e de qualidade.
À nova direção do CAHIS, deixo os
meus agradecimentos pelo carinho e os convites. Coloco-me sempre a
disposição, deixo como conselho a radicalização da luta, nunca
deixem uma oportunidade de se manifestar passar, nunca percam o poder
da crítica e não se acovardem, a coerência os colocarão no seio
dos estudantes e esses sempre estarão ao lado de vocês.
Deixo aqui o meu abraço apertado
aos amigos e companheiros e a UERJ, que aprendi a amar e proteger!
Até a vitória sempre!
Sobre o mestrado:
Companheiros, sei a muito tempo que
a minha reprovação foi objeto de perseguição política e também
pessoal, se é que posso desassociar uma coisa da outra. Minhas notas
ainda não reveladas oficialmente foram 9,0 – 4,0 – 3,0.
A presidente da banca seguindo
Pilatos lavou as mãos e foi viajar ficou a cerca de 3000 Km de
distancia e não quis ser justa.
A professora que me deu 4,0 o fez
sem nem ter lido o meu projeto, usou a sua nota por revanchismo e
despeito, já que foi preterida nos últimos 6 anos pela gestão do
CAHIS da qual fiz parte. Foi preterida porque nunca se colocou como
útil ao projeto libertário da Universidade Necessária.
O professor que me deu 3,0, o fez
por terror ideológico, reacionárismo e falta de honradez, ele
também não leu meu projeto. Medíocre academicamente portou-se
através dos tempos como critico da nossa gestão, mas sempre de
forma covarde e sorrateira.
Ambos deixaram a tão falada
“neutralidade” para me perseguir ideologicamente, já que nunca
me portei como um lambe botas ou um puxa saco, figuras comuns nos
bancos de Universidades.
Por isso refuto a nota que recebi,
pois sei da índole dos meus avaliadores e conhecer o ineditismo e a
precisão de meu projeto de pesquisa, o mesmo foi construído com os
professores Celso Thompson e Edmundo da UERJ, e professores de outras
Universidades públicas. A professora que me deu 9,0 foi a única a
ler o meu projeto, por isso estou lutando por justiça e não por uma
simples aprovação. Poderia eu ser reprovado, seria natural, mas não
perseguido.
O caso está entregue a Vara de
Fazenda Pública onde tramita o processo, a Defensoria Pública e os
nossos advogados estão analisando uma ação cível e outra
criminal, onde todos serão chamados a depor. Uma audiência em maio
próximo será determinante para o caso.
Ainda sobre o mestrado, se eu
estiver faltando com a verdade sobre as notas, que os envolvidos
venham à publico me desmentir!
João Cláudio Platenik Pitillo.
Justo
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