terça-feira, 12 de março de 2013

SERGIO CABRAL, NÓS NÃO VAMOS PAGAR O PATO !

Diante da possibilidade surgida há algum tempo da divisão dos royalties do petróleo extraído das reservas de nosso estado, nosso (des)governador Sérgio Cabral começou o tom das ameaças, levando a entender que caso os lucros do Pré-Sal fossem divididos entre todos os estados da federação, o estado seria mais vítima de suas arbitrariedades do que o habitual. Então, no começo deste mês, veio o resultado que era esperado: a lei de divisão dos royalties, que havia sido vetada anteriormente pela presidente Dilma Rousseff, foi aprovada. A ação imediata de nosso governador, além do teatro e da picaretagem de atuar como alguém que se importe com o povo, foi suspender empenhos, pagamentos e deixar claro que, caso o STF não barre a lei, haverão mais medidas para “compensar” a perda de verba do petróleo, incluindo o corte de recursos para a saúde e a educação... como se esses setores já não estivessem entregues às moscas.
A Universidade do Estado do Rio de Janeiro tornou-se uma das primeiras vítimas disso: o prenúncio veio com a nota redigida pelo Reitor que informava que “a UERJ precisa de um estado operando em boas condições para que possa funcionar bem e atender às demandas da sua comunidade e também da sociedade fluminense”. Pessoalmente mudariamos o começo do trecho citado para “a UERJ precisa de um estado operando com boas intenções (...)”, mas não vamos nos ater a analisar a fundo as palavras de nosso Reitor que, por seu histórico de “comprometimento” com a comunidade universitária, já é passível de laudas e mais laudas de críticas.
Porém, na manhã deste 11 de março a falta de pagamentos de bolsas ao alunos cotistas e aos bolsistas de variadas modalidades da Universidade, seguida da falta de previsão para os mesmos, indica como será a “luta” de nosso governo pelos royalties: covardemente às custas da população, comprometendo seriamente a vida daqueles que necessitam de tais recursos para poder arcar com as despesas do estudo em uma Universidade Pública, que é gratuita só na teoria, pois os gastos com cópias, passagens e alimentação ultrapassam muitas vezes as possibilidades financeiras de milhares de alunos que dependem dessas bolsas para prosseguir com sua vida acadêmica.
Diante disso, o que esperarmos de um governador que já declarou que verbas para hospitais estaduais, construção de novas escolas, melhorias habitacionais e até mesmo o Bilhete Único, essencial para a locomoção de diversos trabalhadores aos seus empregos, estarão fortemente comprometidas sem os royalties? Além disso, o que essa situação torna cada vez mais clara é a péssima administração do dinheiro público, visto que tal situação é mais um indício das manobras de nossos governantes em luta por um dinheiro “necessário” aos setores essenciais que na verdade nunca foram destino de tais investimentos, diante do abandono em que se encontram.

Senhor (des)governador, diante disso, gostaríamos de fazer algumas perguntas:

As obras e investimentos para Copa das Confederações, Jornada Mundial da Juventude, Copa do Mundo e Olimpíadas serão tão afetadas quanto a educação, a saúde e a infraestrutura que você já declara abertamente que serão “vítimas da compensação”?
Em quanto serão reduzidos os salários e regalias do senhor, do vice-governador, dos deputados e tantos privilegiados apadrinhados que estão espalhados aos montes em órgãos estaduais?
ROYALTIES PARA QUEM? Para realmente serem investidos nos setores essenciais de nossa sociedade (coisa que nunca aconteceu) ou para o escoamento de rios e rios de dinheiro para a especulação imobiliária e empreiteiras (coisa que sempre esteve evidente)?
Como o estado do Rio de Janeiro vivia há 10 anos sem os “indispensáveis” recursos provenientes do Pré-Sal?
Sérgio Cabral, sua administração sempre foi um atentado à população. Esse povo que sofre com empresas que prestam desserviços mas foram amplamente apoiadas e beneficiadas por sua gestão, como a Supervia e a Barcas S.A, que sofre com a falta de remédios e até esparadrapos nos hospitais, que sofre com a falta de apoio que seus filhos sofrem em escolas cada vez mais carentes de recursos, esse povo que é alvo de suas arbitrariedades haverá de se levantar. Não sei em que proporção e quando isso ocorrerá, mas diante de mais um de teus espetáculos não iremos nos calar. E não adianta camuflar sua incapacidade administrativa diante do “roubo ao estado” causado pela perda dos royalties. NÓS NÃO VAMOS PAGAR O SEU PATO! Não nos aquietaremos diante de mais ataques à educação e saúde!



O CAHIS CONVOCA TODOS OS ESTUDANTES PARA A ASSEMBLEIA COMUNITÁRIA ENTRE PROFESSORES, TÉCNICOS E ALUNOS, QUE OCORRERÁ QUINTA FEIRA, DIA 14, ÀS 18 HORAS NO HALL DO QUEIJO, PARA DEBATERMOS A SITUAÇÃO FINANCEIRA DA UERJ.


Link do evento no facebook : http://www.facebook.com/events/344819132284759/?context=create

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