sábado, 31 de dezembro de 2011

Terminemos 2011 sem esquecê-lo!

Ao terminar o ano de 2011 e desejarmos tudo de melhor em 2012, lembramos das vitórias e das derrotas neste ano.

O nosso humilde e aguerrido Centro Acadêmico deixa 2012 com um grande sentimento de saudade, pois neste ano perdemos uma das maiores professoras de história deste país. A nossa grande compatriota e companheira Marilena Ramos Barbosa nos deixou órfãos do pensamento nacionalista e revolucionário, muitas vezes encarado como desvio ou como sentimento menor. Com toda certeza, a professora que estava se aposentando deixaria uma lacuna muito grande e difícil - para não dizer impossível - de ser preenchida. Se a sua aposentadoria já representava, para nós estudantes de história, uma perda inestimável, não podemos descrever o que sentimos quando pegos de surpresa pela sua morte.

 A nossa maneira de lembrar da professora está na prática diária, na defesa intransigente da universidade necessária, na defesa da memória do professor Darcy Ribeiro, de João Goulart, de Leonel Brizola, de Ruy Mauro Marini, Guerreiro Ramos, Álvaro Viera Pinto, do coronel Nelson Werneck Sodré, e muitos outros compatriotas.

A nossa lembrança de suas aulas e conversas ficará com um acervo bem guardado em nossa memória, não nos cabe elencar seu feitos na ANPUH, nem sua contribuição para historiografia nacional longe da pós-modernidade ou da colonização cultural que submete a academia – principalmente – depois de 1964. As suas palavras de fácil entendimento para todos, desde o camponês até o doutor, a sua humildade e vontade de ensinar tudo o que sabia a quem quisesse ouvir. A fala austera e combativa da professora ficará marcada sempre em nossas mentes. 


Certa vez, ela discordava ou melhor contribuía com o professor Luiz Eduardo Motta. 


 - "O que é esse neoliberalismo que vocês estão falando?


E completou dizendo:

- "O liberalismo é o mesmo de sempre em maior ou menor escala. Esse prefixo é só pra disfarçar e enganar as pessoas, fazendo-as pensar como se fosse um liberalismo menos pior."

A sala RAV 92 conseguida com a luta dos estudantes de história, através de milhares de ofícios do CAHIS, paralisações, atos e até que o Reitor se sensibilizasse com a nossa causa e devolvesse a sala para os estudantes do 9° andar, levou o nome da saudosa professora. Em justa homenagem que o CAHIS fez aos trabalhadores da nossa UERJ.

Placa feita pelo CAHIS em parceria com o SITUPERJ - na ocasião da inauguração da SALA MARILENA RAMOS BARBOSA


Este ano de 2011 foi o ano do adeus a professora, mas não ao seu legado e suas idéias, finalizamos este ano com saudade e com a certeza de que a professora Marilena nos fará falta, mas suas idéias nos confortarão em cada debate, em cada discussão política, nos conselhos departamentais, CSEPE´s, no “novo” departamento de história, nas trincheiras desse Brasil e onde quer que toque o nosso hino e algum patriota defenda à pátria livre e o poder popular. 

Professora e Companheira Marilena Barboza - Palestra Nacionalismo Revolucionário X Nacionalismo Burguês
(VIII Semana de História UERJ)


“Ou ficar a pátria livre, ou morrer pelo Brasil”

sábado, 24 de dezembro de 2011

Feliz Natal e 2012 é NÓS!!!

Aos amigos e companheiros do Centro Acadêmico de História UERJ,
Acreditamos que a melhor maneira de desejar tudo o que se deseja neste fim de ano sem ser piegas ou clichê, é fazer um balanço, isto é, uma retrospectiva do ano que passou, agarrando-se nos erros e acertos para colher tudo que foi semeado durante estes últimos 365 dias. Desta maneira gostaríamos de lembrar muitos do entraves traçados pelos alunos de história neste ano. Desde a semana de recepção aos calouros até a eleição da nova gestão, composta majoritariamente por estudantes recém-chegados.
            Certamente foi um ano de acirramento de contradições, um ano de muita luta e debates políticos em torno do que queremos para a universidade. Acreditamos que a radicalização foi necessária em alguns momentos em outros não, mas como dizia o comandante Che Guevara:
“Quem gosta muito da palavra moderado são os agentes da colônia”
A radicalização contribuiu para o debate e, principalmente, para sairmos do marasmo e entrarmos de vez na luta pela Universidade Necessária. Foi um ano difícil, no entanto proveitoso. As vitórias foram muitas e as derrotas também aconteceram, contudo só aquele que se movimenta consegue sentir as correntes que o prende, parafraseando Rosa Luxemburgo.
A autocrítica servirá para focarmos em nossos objetivos com menos desvios e mais certeza de nossos sonhos. Continuaremos em 2012 acreditando no sonho e no trabalho, na prática como critério da verdade, na luta como instrumento de libertação do corpo e da mente.
Em 2012 correremos atrás das nossas demandas, principalmente a fundação do nosso instituto e a reforma curricular. Vamos caminhar juntos pelas melhorias que queremos para o nosso curso e para UERJ.
Por fim, desejamos um feliz Natal para tod@s nós e um ano de 2012 melhor para a UERJ e para o Brasil.
Vamos juntos em 2012, em busca do nosso destino!
“Com a certeza na frente e a história na mão”

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Horário 2012.1

 O CAHIS está divulgando o horário das disciplinas 2012.1 que foi elaborado em conjunto com os professores Jaime Antunes e Paulo Seda.  Em função da licença de alguns professores e dos novos concursados que entrarão em março, algumas alterações poderão ser necessárias.

A lista de horários será divulgada via lista da e-mails do CAHIS e facebook.


Att

Centro Acadêmico de História - Gestão Filhos da Pública









quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Prestação de contas - novembro 2011

Saldo mês anterior – R$1117,69.

Gastos: R$20,00 (faixa), R$30,00 (ISN Revista Acadêmica) e R$130,00 (passagens e alimentação dos três integrantes da Comissão Eleitoral) – Total – R$180,00.

Sub-Total R$937,69.

Recebimento do restante do aluguel de novembro e adiantamento de dezembro – R$375,00
(Lembrando que o aluguel do mês de dezembro é a metade)

Total R$ 1262,69.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Posse da nova Gestão do Departamento de História

 O Centro Acadêmico de História gostaria de convocar todos estudantes para a posse da nova gestão eleita:

Tereza Toríbio(Chefe) Paulo Seda(Sub) e Jaime(Coordenador de graduação)

A presença de tod@s @s alun@s é imprescindível, pois a chefia eleita foi marcada por expressiva votação dos estudantes e as propostas alavancadas pelos professores supracitados estão diretamente ligadas às demandas do alunado. 

A criação do Instituto de História e a reforma curricular sairão do papel nessa gestão com a luta de estudantes, funcionários e professores. 
 
Aguardamos tod@s lá!
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O Chefe do Departamento de História convoca o colegiado para a reunião de Departamento no próximo dia 8 de dezembro, quinta-feira, às 14hs, com a seguinte pauta:
 
a) aprovação dos projetos de pesquisa para o próximo (2012) Pró-Ciência  (apenas os títulos dos projetos, nesta primeira etapa)
b) posse da chefia do Departamento de História, 2012-2013.
c) assuntos gerais.
 
Att.
 
André Campos

domingo, 4 de dezembro de 2011

Doutor Sócrates não morreu, deu um até logo de calcanhar.

Magrão, como era conhecido entre os amigos, construiu no Corinthians dos anos 80 o que jamais foi visto em clube algum na história: uma Democracia plena e direta. Na "democracia corintiana", como era conhecido o clube nesse período, todos participavam das decisões sobre tudo relacionado ao futebol, o peso do voto do diretor, tinha o mesmo peso de voto do roupeiro. Sócrates nunca se omitiu em expressar suas opiniões políticas de esquerda, mesmo que isso lhe custasse caro e atrapalhasse sua carreira. Em tempos em que se discute a Copa do Mundo no Brasil e que jogadores com visibilidade e influência sobre o povo como Ronaldo entram para o comitê organizador, lembrar e saudar a memória de Magrão significa protestar contra todo tipo de "roubalheira" e "farra" com o dinheiro público. Significa protestar contra a atitude de Ronaldo, que quando perguntado se os bilhões investidos na copa não serviriam mais ao povo se fosse aplicado em hospitais e escolas e sua resposta foi que o futebol não precisa de hospitais.

Socrátes foi tudo o que os clubes, a CBF e os poderosos desse país não querem de um jogador de futebol. Politizado, sincero e popular. Para aqueles que fazem do futebol um negócio, o importante é que os jogadores sejam como são. Extremamente burros, alienados, não falando coisa com coisa. São mercadorias vendidas no mercado (quantas vezes não falamos, o time tal "comprou" o jogador fulano?). Numa sociedade de uma maioria esmagadora de pobres e excluídos apaixonados por futebol, jogadores com consciência política seriam um perigo tremendo. Obrigado Doutor Sócrates pelo seu futebol genial e seu caráter sem igual!

Contudo, nosso humilde Centro Acadêmico deixa a seguinte máxima:

"O Doutor Sócrates não morreu, nem morrerá, deu apenas um até logo de calcanhar."