A UNIR e a USP não são distantes da nossa realidade. A UERJ se insere nos mesmos problemas estruturais que mantém as universidades públicas brasileiras alijadas da produção de conhecimento necessário a superação da dependência econômica e cultural, da pobreza e da miséria social e intelectual, do atraso e do servilismo às classes dominantes, doutoras em explorar o povo e as riquezas nacionais em proveito privado.
Todas as tentativas de crítica a esse modelo, todas as ações práticas, todas as propostas de reestruturação da universidade, de se por em cheque o seu projeto e seu privilegiados são respondidos de maneira agressiva e judicialista. Se na USP a Polícia Militar de São Paulo invade e prende estudantes, se na UNIR, perseguem e ameaçam estudantes, funcionários e professores, na UERJ se criminaliza o protesto legítimo a favor de um Bandejão gratuito e destinado a tod@ a comunidade uerjiana. Os alunos Gabriel Siqueira, diretor do Centro Acadêmico de História e conselheiro do CSEPE e Caroline Castro, diretora do Centro Acadêmico de Ciências Sociais foram intimados pela 18° Delegacia de Polícia Civil a prestar declarações sobre a acusação de terem liderado as manifestações pelo Bandejão no dia 12 de setembro de 2011.
Traçando uma rápida análise sobre os movimentos sociais no Brasil iremos compreender que tais criminalizações não se resumem as reivindicações estudantis. Na realidade elas são muito mais evidentes e punitivas aos movimentos sociais que lutam pela reforma agrária (MST), pelas reformas urbanas (MTST). Contra eles e seus militantes o poder da força exercido pelo Estado faz valer a lei que serve aos latifundiários e demais setores das classes dominantes através de mortes e prisões. Ficaremos assistindo a ameaça iminente de ver nossos colegas presos e fichados pelo simples direito legítimo de lutar em prol do bem público e de uma universidade verdadeiramente democrática?
Ato quinta, 1 de Dezembro de 2011 http://www.facebook.com/events/252781258110812/?context=create
- Hora09:30 até 12:30