domingo, 27 de novembro de 2011

Ato contra à criminalização do movimento estudantil.


A UNIR e a USP não são distantes da nossa realidade. A UERJ se insere nos mesmos problemas estruturais que mantém as universidades públicas brasileiras alijadas da produção de conhecimento necessário a superação da dependência econômica e cultural, da pobreza e da miséria social e intelectual, do atraso e do servilismo às classes dominantes, doutoras em explorar o povo e as riquezas nacionais em proveito privado.
Todas as tentativas de crítica a esse modelo, todas as ações práticas, todas as propostas de reestruturação da universidade, de se por em cheque o seu projeto e seu privilegiados são respondidos de maneira agressiva e judicialista. Se na USP a Polícia Militar de São Paulo invade e prende estudantes, se na UNIR, perseguem e ameaçam estudantes, funcionários e professores, na UERJ se criminaliza o protesto legítimo a favor de um Bandejão gratuito e destinado a tod@ a comunidade uerjiana. Os alunos Gabriel Siqueira, diretor do Centro Acadêmico de História e conselheiro do CSEPE e Caroline Castro, diretora do Centro Acadêmico de Ciências Sociais foram intimados pela 18° Delegacia de Polícia Civil a prestar declarações sobre a acusação de terem liderado as manifestações pelo Bandejão no dia 12 de setembro de 2011.
Traçando uma rápida análise sobre os movimentos sociais no Brasil iremos compreender que tais criminalizações não se resumem as reivindicações estudantis. Na realidade elas são muito mais evidentes e punitivas aos movimentos sociais que lutam pela reforma agrária (MST), pelas reformas urbanas (MTST). Contra eles e seus militantes o poder da força exercido pelo Estado faz valer a lei que serve aos latifundiários e demais setores das classes dominantes através de mortes e prisões. Ficaremos assistindo a ameaça iminente de ver nossos colegas presos e fichados pelo simples direito legítimo de lutar em prol do bem público e de uma universidade verdadeiramente democrática?

  • Hora
    09:30 até 12:30


4 comentários:

  1. Olá amigos. Sou estudante de Geografia da UFBA. Não vou aqui me alongar sobre este problema. Concordo com vocês e acho um absurdo a criminalização do Movimento Estudantil e, portanto, a intimação dos colegas citados é um abuso de poder. Mas acho que o M.E. não pode se prender a reuniões, palestras e manifestações. Sei que a Mídia tem sido um problema para todos nós, mas existem estudantes e jovens recém formados trabalhando nas mesmas, então, podemos e devemos tentar conquistar estes jovens profissionais e consequentemente uma parte da mídia para atuar ao nosso lado ou, pelo menos, de forma imparcial. MAIS IMPORTANTE: Devemos aprender a usar as Instituições dos três poderes em nosso benefício, sobretudo o Ministério Público. >>> Em relação ao caso em discussão, o C.A.HIS e outras entidades estudantis da UERJ têm o dever de entrar com uma ação no MP contestando a intimação dos colegas citados, alegando abuso de poder e desrespeito ao direito constitucional às manifestações pacificas e pedindo ao órgão a abertura de inquérito e investigação para apurar os fatos. Isto vai, no mínimo, protege-los de uma possível prisão e abuso do uso da força policial. Tanto é assim, que, para mim, os abusos que aconteceram na USP durante a reintegração de posse poderia ter sido evitado se o MP tivesse sido chamado pelos estudantes para acompanhar o processo de desocupação, uma vez que tinham sido intimados a deixar o recinto e já se tem experiências diversas quanto a estes abusos da força policial contra estudantes (Ex: UFBA-2001). Então, as perguntas que faço são: ESTÃO ESPERANDO O QUÊ? PORQUÊ NÃO PROCURAM OS COLEGAS DE DIREITO PARA AJUDA-LOS? PORQUÊ NÃO PROCURAM O NÚCLEO DE PRATICAS JURÍDICAS DA INSTITUIÇÃO PARA CONSEGUIR UM ADVOGADO? PORQUÊ NÃO PROCURAM A DEFENSORIA PÚBLICA? PORQUÊ NÃO ENTRAM COM UM PEDIDO DE MANDADO DE SEGURANÇA? Depois não digam que não avisei!!!

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  2. Vejam meus comentários em:

    http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/cartaz-que-circula-na-usp-e-que-diz-tudo/#comment-1907563

    VEJAM ESTAS REPORTAGENS E VÍDEO:

    http://brasil247.com.br/pt/247/brasil/27309/Mensagem-de-ju%C3%ADzes-contra-reitor-da-USP-%C3%A9-alvo-da-Veja.htm

    http://brasil247.com.br/pt/247/brasil/27450/Rosi-conta-como-foi-torturada-na-USP.htm

    http://www.youtube.com/watch?v=LSwrqEiVOv4

    http://brasil247.com.br/pt/247/mundo/26792/Governos-corruptos-e-totalit%C3%A1rios-t%C3%AAm-mesmo-de-ser-derrubados.htm

    http://brasil247.com.br/pt/247/poder/26783/A-cultura-da-corrup%C3%A7%C3%A3o-%C3%A9-contagiosa.htm

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  3. Caro camarada,

    agradecemos sua intervenção. Estamos tomando as providências cabíveis. Hoje o ato deu algum resultado, o Reitor já vem recuando!


    Há braços

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  4. Isso mesmo camaradas do CAHIS! PARABÉNS! O reitor recuou, mas o CAHIS e os outros CA's não devem recuar. Mesmo com o recuo por parte do reitor, o precedente foi aberto e, para que sirva de exemplo para que outros reitores e autoridades policiais (delegados) não façam a mesma coisa, ainda devem entrar com B.O. na PF e entrar com uma ação no MPF contestando a intimação dos colegas citados, alegando abuso de poder e desrespeito ao direito constitucional às manifestações pacificas e pedindo ao órgão a abertura de inquérito e investigação para apurar os fatos. NÃO DEIXEM PASSAR ESTA OPORTUNIDADE, PQ ELES VOLTARÃO A FAZER O MESMO, ASSIM QUE TIVEREM UMA NOVA OPORTUNIDADE. E SE ESTA AÇÃO DO REITOR E DO DELEGADO SERVIU DE EXEMPLO PARA QUE OUTROS FAÇAM O MESMO NO FUTURO, VISTO QUE O PRECEDENTE FOI ABERTO, DEVEMOS NOS PROTEGER DE AÇÕES FUTURAS ATRAVÉS DESTE CASO. É UMA OPORTUNIDADE ÚNICA DE MOSTRARMOS PARA ELES QUE NÃO SOMOS DESINFORMADOS NEM BOBOS.
    Grande abraço a todos!

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