quinta-feira, 29 de julho de 2010
Explicações sobre Eletivas
Eletiva Restrita de Bacharelado – Eletivas Restritas da Faculdade de História (Não há diferença de ementa entre essas e as definidas, apenas verifique no horário quais são designadas como restritas. As que não tiverem indicação são definidas).
Eletiva Restrita da Licenciatura IFCH – São os Seminários em Ensino de História, que estão no oitavo e nono período do fluxograma.
Eletivas do Campo Pedagógico – São as eletivas na Faculdade de Educação.
Eletiva PCC da Educação - Qualquer eletiva da faculdade de educação que comece com o nome "prática pedagógica", exceto prática pedagógica em educação inclusiva (que é obrigatória para nós, não eletiva).
Exemplos: prática pedagógica minimizadora da indisciplina e violência escolar; prática pedagógica de dinâmica em grupo e por aí vai....
Eletivas Universais – Eletivas que devem ser cursadas em outros cursos (excetuando-se Educação)
Eletivas do CAP – Matérias ministradas por professores do CAP na UERJ
Preste atenção nas siglas antes dos códigos (IFCH, EDU, CAP...). Elas mostram a qual unidade acadêmica pertence tal disciplina.
Centro Acadêmico de História – Gestão Filhos da Pública IV
Atenção!! Para aqueles que cursaram o Estágio I do CAP (Manhã e Noite) e Pesquisa Histórica I (esta somente a turma da Noite) em 2010/1 !!!
"Acabei de falar com o DEP para tirar todas as dúvidas sobre asdisciplinas CAp. O que meinformaram é que houve uma sobrecarga de trabalho no DAA e DEP paraconfirmação da RAIS eletrônica emitida no último dia, por isso muitasnotas ainda não estão aparecendo. Eles pediram para os alunos destescasos esperarem mais alguns dias para se inscreverem nas disciplinas desejadas.Fiquem tranquilos quanto às notas do CAp. Eu pessoalmente estive nocolégio ontem e lancei todas as notas das turmas CAp deGraduação/História. No caso das nossas disciplinas, esperem mais umdia e acessem a inscrição, acredito que tudo já estará resolvido."
Professora Sonia Wanderley
Aos que cursaram em 2010/1 Pesquisa Histórica à noite e agora estão tentando se inscreverem em monografia e o sistema está dizendo que falta pré-requisito, SE INSCREVAM ASSIM MESMO! As notas de pesquisa histórica entrarão no sistema em breve. As informações são do Departamento de História.
sábado, 24 de julho de 2010
Maradona diz que vai até a morte com Chávez após crise com a Colômbia
Diego Maradona chegou à Venezuela em um momento de tensão no país. Nesta quinta-feira, o presidente Hugo Chávez anunciou o rompimento das relações diplomáticas com a Colômbia, que pediu a uma comissão da Organização dos Estados Americanos (OEA) para apurar se a Venezuela abriga terroristas. Tropas venezuelanas estão em alerta na fronteira.
Em visita ao palácio de Miraflores, sede do Governo, Maradona estava ao lado de Chávez na hora do anúncio do rompimento. Na opinião do argentino, "o povo colombiano não tem culpa" da crise diplomática entre os dois países.
O técnico da Argentina na Copa do Mundo afirmou ir "até a morte" com o político:
- Para mim é realmente um orgulho poder estar ao lado do presidente Chávez, porque ele luta pela gente, por seu país, por seus ideais, e estou com ele até a morte.
Chávez devolveu o elogio:
- Te consideramos venezuelano, Diego. Argentinos, não fiquem com ciúmes.
O ex-jogador perguntou ao mandatário venezuelano se o presidente eleito da Colômbia, Juan Manuel Santos, vai seguir o mesmo caminho do atual, Álvaro Uribe.
- Presidente (Chávez), Santos não é do caminho de Uribe? Porque eu também quero saber - perguntou Maradona.
Chávez respondeu que, apesar de um "histórico conflituoso" com Santos, ex-ministro da Defesa do Governo de Uribe, ele confia na adoção de uma opção mais construtiva em relação à Venezuela por parte do presidente colombiano eleito.
O ídolo argentino está na Venezuela para participar de várias atividades que estimulem o esporte no país. No início de 2009 ele participou de atos políticos com Chávez. Desta vez, está prevista a sua participação em um ato de graduação de licenciados esportivos na Universidade Iberoamericana de Esporte.Maradona também deve estar presente na inauguração do torneio de futebol feminino dos XXI Jogos da América Central e do Caribe, que serão disputados na Venezuela. Logo depois, Maradona retorna a Buenos Aires, onde define na próxima semana se continua no cargo de treinador da Argentina.
Transcrito integralmente de http://globoesporte.globo.com/futebol/futebol-internacional/noticia/2010/07/maradona-diz-que-vai-ate-morte-com-chavez-apos-crise-com-colombia.html
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Resposta do Embaixador da Venezuela a "O Estado de S.Paulo"
Sr. Ruy Mesquita — diretor de Opinião
Sr. Antonio Carlos Pereira — editor responsável de Opinião
Sr. Ricardo Gandour — editor de Conteúdo
Senhores,
É com grande preocupação e mal-estar que a República Bolivariana da Venezuela, por meio de seu Embaixador no Brasil, dirige-se a esse jornal, de reconhecidas qualidade e tradição entre os veículos da imprensa brasileira. E a razão não é outra senão nossa surpresa e indignação com os termos e o tom de que sua edição de hoje (20/07/10) lança mão para atacar o presidente de um país com o qual o Brasil e os brasileiros mantêm relações do mais alto nível e qualidade.
O respeito à plena liberdade de imprensa e de expressão é cláusula pétrea de nossa Constituição e valor orientador do governo de nosso país. A estas diretrizes, no entanto, cremos que devam sempre estar associadas a lhaneza na referência a autoridades constituídas – democraticamente eleitas — e a plena divulgação de todos os fatos associados a uma cobertura jornalística.
Cremos descabido que um jornal como “O Estado de S.Paulo” se refira ao presidente Hugo Chávez, eleito e reeleito pelo voto livre da maioria dos venezuelanos, com o uso de termos e expressões como ”lúgubre circo de Chávez”, “autocrata”, “protoditador”, “circo chavista”, “caudilho”, “lúgubre picadeiro”, “costumeira ferocidade”, “rugiu”, “toque verdadeiramente circense da ofensiva chavista – no gênero grand guignol”.
Mais graves ainda são a distorção e ocultação de informações que maculam os textos hoje publicados.
O presidente Hugo Chávez nunca “atropelou” a Constituição Bolivariana, instituída por Assembleia Nacional e referendada em plebiscito. Ao contrário, submeteu-se, inclusive, a referendo revogatório de seu próprio mandato, prática democrática avançada que pouquíssimos países do mundo têm o orgulho de praticar.
O editorial omite que o cardeal Jorge Savino já foi convocado pela Assembleia Nacional para apresentar provas de sua campanha difamatória frente aos deputados — também democraticamente eleitos –, mas o mesmo rechaçou a convocação. Prefere manter suas acusações deletérias a apresentar aos venezuelanos e à opinião pública internacional os fatos que lastreariam suas seguidas diatribes.
Outros trechos do texto só podem ser lidos como clara campanha de acobertamento de um terrorista, como o é, comprovadamente, Alejandro Peña Esclusa: “O advogado de Esclusa assegura que o material foi plantado pelos policiais que invadiram a casa de seu cliente –- considerando o retrospecto, uma acusação mais do que plausível” (grifo nosso)
Esclusa foi preso em sua residência em posse de explosivos, detonadores e munição, após ter sido denunciado, em depoimento à polícia, pelo terrorista confesso Francisco Chávez Abarca –- este criminoso, classificado com o alerta vermelho da Interpol, foi preso em solo venezuelano quando dirigia operação de terror, visando desestabilizar o processo eleitoral de setembro deste ano.
A prisão de Esclusa ocorreu de forma pacífica, com colaboração de sua família, e segue os ritos jurídicos normais: ele tem advogado constituído, direito a ampla defesa e será julgado culpado ou inocente de acordo com o entendimento da Justiça, poder independente de influência governamental ou partidária, assim como no Brasil.
Inadmissível seria o governo da Venezuela ter permitido que um terrorista ceifasse vidas e pusesse em risco a democracia, que nos esforçamos arduamente para defender, ampliar e aprimorar em nosso país, assim como o fazem, no Brasil, os brasileiros.
O “Estado de S.Paulo” tem pleno conhecimento desses fatos, tendo inclusive recebido, em 14/07/10 a Nota de Esclarecimento desta Embaixada, a respeito do desbaratamento da operação terrorista internacional que estava em curso (cópia anexa). O responsável pela editoria Internacional, Roberto Lameirinhas, inclusive confirmou seu recebimento à nossa assessoria de comunicação.
Daí manifestarmos nossa estranheza com a reiterada negativa do jornal em dar tais informações a seus leitores. E ainda tomando como verdade declarações do advogado do referido terrorista.
Temos certeza que os senhores não desconhecem, até pela história recente do Brasil, o quão frágil pode ser a liberdade diante do autoritarismo tirano da intolerância e do uso do terror como método de ação política.
Reafirmamos que não nos cabe emitir qualquer juízo de valor sobre as opiniões político-ideológicas do jornal dirigido por V. Sas., por mais que delas discordemos. O que nos leva a enviar-lhes esta correspondência é, tão somente, a solicitação de que se mantenha a veracidade jornalística e o respeito que se deve sempre às pessoas, sejam ou não autoridades constituídas, mesmo quando o jornal as considere, de moto próprio, como seus inimigos ou desafetos.
Esta Embaixada permanece à disposição do jornal e de seus leitores, para esclarecimentos adicionais sobre quaisquer dos assuntos supracitados, bem como de novos temas julgados pertinentes e reivindica, formalmente, a publicação da presente carta, com o mesmo destaque dado ao editorial de hoje, intitulado “O lúgubre circo de Chávez”, publicado à página A3.
Atenciosamente,
Maximilien Arvelaiz
Embaixador da República Bolivariana da Venezuela no Brasil
Brasília, DF
Assim funciona a "impren$a burgue$a"
E o colunista/terrorista da revista VEJA, Reinaldo Azevedo, foi mais longe: "Já estive num debate com Esclusa em 2005 ou 2006, não tenho certeza. É um homem inteligente, cordial, convicto. Nada em seu discurso ou em sua prática sugere nem sequer flerte longínquo com o terror." http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/prisao-do-lider-oposicionista-venezuelano-pena-esclusa-o-cheiro-fetido-de-uma-farsa-organizada-por-dois-estados-policiais-o-que-isso-tem-a-ver-com-a-gente/
Será que tudo isso é verdade?
Vejamos os envolvidos:
Francisco Chávez Abarca é um terrorista internacional PROCURADO pela Interpol por fazer parte dos quadros de Luis Posada Carrilles - famoso terrorista cubano que vive em Miami, protegido pelo Governo dos EUA, notável pela derrubada de um avião cubano que resultou em 73 mortos em 1976. Abarca recrutou os mercenários que explodiram quatro bombas em Havana em 1997, vitimando um turista italiano.
Chávez Abarca foi preso pela polícia venezuelana tentando entrar no país com identidade falsa, e confessou estar preparando mais um ataque terrorista, desta vez durante as eleições de setembro.
Veja o vídeo da prisão e da confissão aqui:
Foi preso em casa, sem oferecer resistência, com explosivos, detonadores e munição para armas de fogo.
Esclusa é um notório inimigo da democracia. Ele não tem biografia: tem ficha corrida.
a.. Integrante do grupo religioso fascista/integralista Tradição, Família e Propriedade, há suspeita sobre seu envolvimento em plano de atentado contra o Papa João Paulo II durante a visita papal à Venezuela em 1984
b.. Em 2008, fundou na Colômbia (onde mais?) uma ONG chamada UnoAmerica, cujo único "serviço social" foi tentar alavancar a candidatura do partido conservador nas eleiç ões de 2009 em El Salvador, o Arena (quiçá inspirado pelos MILICANALHAS brasileiros?)
c.. Participou da tentativa de golpe contra Chávez em 2002, insuflando a agitação e depredação de patrimônio público a partir de 2001 (que coincidência: os mesmos métodos que Abarca Chávez relata em sua confissão)
d.. Foi conselheiro dos golpistas em Honduras, em 2009 e condecorado pelo presidente "de facto" Roberto Micheletti
Veja no site de uma das ONGs presididas por Esclusa sua foto com o golpista Micheletti e sua condecoração: http://fuerzasolidaria.org/?p=2667
E, aqui, entrevista do golpista Micheletti em que diz que o "pacifista" Esclusa o alertava sobre o "perigo Chávez", criando problemas diplomáticos entre dois países:
Imagine então o que eles querem para o Brasil...
Transcrito integralmente de: http://redecastorphoto.blogspot.com/2010/07/contra-chavez-o-pig-defende-o.html
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Ata da Assembléia do dia 1º de julho de 2010
Pontos da Pauta
• Criação da Revista Acadêmica do CAHIS
• Biblioteca da Pós-Graduação
• Laboratório de Informática do IFCH
• RAV-92
• Criação do Laboratório de estudos
A aluna Hendie (manhã, 5º período) propôs a inclusão na pauta de uma discussão sobre o Jornal do CAHIS e que tal ponto fosse o primeiro a ser discutido. As propostas foram aprovadas por unanimidade.
Os encaminhamentos de propostas da referida aluna foram:
Todos os artigos escritos pela gestão deveriam ser assinados nominalmente.
Votação: 34 sim (26 manhã e 8 noite); 56 não (14 manhã e 42 noite) abstenções: 5 (todos noite)
Criação do arquivo do Jornal do CAHIS: aprovado por unanimidade
Criação de uma comissão editorial para o jornal
Votação: 2 sim (todos manhã); 85 não (31 manhã e 54 noite) 2 abstenções (uma em cada turno)
Proposta do aluno Fabio (manhã, 5º período) retratação sobre suposta agressão a uma aluna do curso por parte da gestão do CAHIS.
Votação: 47 sim (39 manhã e 8 noite); 58 não (7 manhã e 51 noite) 12 abstenções (todas à noite)
A gestão do CAHIS informou que procurou a suposta aluna ofendida, sendo que a mesma comunicou que tal informação não procedia. A gestão se comprometeu em fazer uma nota sobre o caso na próxima edição do jornal do CAHIS (em agosto 2010)
Revista Acadêmica
O aluno Pedro (manha, 9º período) propôs a criação de uma revista acadêmica com uma comissão formada por alunos e professores e um evento da própria revista uma vez por ano. Aprovado por unanimidade.
Rav 92, Biblioteca da Pós e Laboratório de informática
Foram apresentados os problemas que os alunos enfrentam nesses espaços e feitas as propostas de abaixo-assinados e apresentação da questão da biblioteca no CSEPE pelo aluno e conselheiro Roberto (manhã, 9º). As propostas foram aprovadas por unanimidade.
Laboratório de Estudos
O aluno Pedro (manhã, 9º) propôs a criação de um laboratório de estudos onde pudessem ser discutidos temas que os alunos requisitassem. Também seria um espaço para exercício de docência. A proposta foi aprovada por unanimidade.
Liberação do Youtube no computador do CAHIS
O aluno Maycon (manhã, 5º período) propôs que fosse liberada a utilização do site Youtube no computador do CAHIS em caráter de inclusão de pauta. Inclusão aprovada por unanimidade.
Votação: 15 sim (14 manhã e 1 noite); 50 não (6 manhã e 44 noite) 5 abstenções (todas a noite)
Bloqueio do MSN
A aluna Bruna Schulte (manhã, 1º período) propôs que fosse bloqueado o MSN no computador do CAHIS.
Votação: 70 sim (19 manhã e 51 noite). 0 não. 4 abstenções (3 manhã e 1 noite)
Criação de Manual sobre as 200h
O aluno Wagner propôs a criação de um manual que explicasse as normas das atividades complementares (200h) e das eletivas. Aprovados por unanimidade.
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Calendário Acadêmico 2010/2
Pra ninguém se perder!!
Inscrição em Disciplinas pelo Aluno on line: 29/07 a 04/08
Início das aulas: 10/08
RID: 11/08
SAID: 11 a 24/08
Término das aulas: 10/12
Exames finais até: 18/12
Calendário completo em: http://www.uerj.br/comunidade/arquivos/calendario-academico-administrativo-2010.doc
domingo, 18 de julho de 2010
O QUE ESTÁ ACONTECENDO COM OS VEÍCULOS DE COMUNICAÇÃO DO RIO?
Julho de 2010, um dos jornais mais tradcionais do Brasil está com seus dias contados. O centenário Jornal do Brasil sairá de circulação em 1 de setembro, a menos que surjam novos interessados em administrar o tradicional veículo de comunicação.
O JB junta-se a outros jornais que marcaram época mas foram sufocados pelo monopólio Global: Correio da Manhã, primeiro jornal a fazer oposição à ditadura; Última Hora, jornal aliado do povo trabalhador; Tribuna da Imprensa, onde Hélio Fernandes e sua equipe resistiram o quanto puderam. Hoje, sobram o cambaleante O Dia e o inacreditável Meia Hora, recentemente vendidos para um grupo português, e os jornais das Organizações Globo, que exercem um monopólio nunca visto na imprensa carioca.
As rádios passam por crise semelhante. O Rio é órfão de estações que marcaram época: Rádio Jornal do Brasil, vendida para a LBV pra pagar dívidas do JB; Rádio Cidade, emissora que criou o estilo FM, virou rádio de operadora de celular; Fluminense FM, emissora que impulsionou o rock nacional e tocava tudo do rock internacional; Antena 1, de emissora musical a repetidora da Rádio Tupi; e ainda existem outros exemplos. Vive-se a época da "rádio papagaio", onde a mesma emissora retransmite em AM e FM, pagando os salários dos funcionários como uma rádio, mas vendendo anúncios como se fossem duas. Enquanto isso, chegamos ao cúmulo de, na Copa do Mundo, o Sistema Globo de Rádio fazer a mesma transmissão em cinco rádios diferentes: CBN AM 860 e FM 92,5, Rádio Globo AM 1220 e FM 89,3 e Beat 98 FM 98,1. Menos profissionais trabalhando, menos emprego para o difícil mercado de trabalho dos jornalistas e menos opções de programação para o público.
Temos que nos lembrar também da Rede Manchete, que foi cassada devendo R$ 308 milhões, enquanto a Globo atualmente deve R$ 4 bilhões e ninguém fala nada.
O Rio de Janeiro já foi sede dos principais jornais, rádios e televisões do Brasil. Hoje, o Rio vive o monopólio das Organizações Globo, que nunca foi tão forte quanto agora. Se antes existia o JB para ser o contra-ponto, hoje vigora o pensamento único, onde UPP é a panaceia contra a violência, choque de ordem é a solução para organizar a cidade, camelô é criminoso e quem protesta pelos seus direitos é baderneiro. E tudo está pronto para dar a reeleição ao Sérgio Cabral no primeiro turno.
E se a imprensa carioca fosse assim antigamente, que volume de informações os historiadores atuais teriam sobre fatos de outras épocas? Fosse assm em 1954, por exemplo, era arriscado nós hoje só conhecermos Getúlio Vargas pela ótica de Carlos Lacerda. Será que alguém pretende achar espaço para o contraditório na "impren$a" carioca da atualidade? Será que o Rio é tão provinciano a ponto de não ter debate entre diversas correntes de pensamento? Os historiadores do futuro só conseguirão pesquisar os fatos do nosso tempo pela ótica global? Se for assim, o que vai ser da nossa história...
sexta-feira, 16 de julho de 2010
A Comovonte História do Time Dínamo de Kiev na 2ª Guerra Mundial
Leiam o que a revolucionária educação soviética foi capaz de forjar!!!!!
Leiam e releiam, isso e vejam o que o revisionismo destruiu na pátria mãe do socialismo!
E depois o Stálin era o odiado ou um ditador tão ruim quanto Hitler, depois desse texto essas falácias não se sustentam um segundo!
Saudações Revolucionárias!
Transcrito integralmente de http://www.mdig.com.br/index.php?itemid=2380
A história do futebol mundial inclui milhares de episódios emocionantes e comovedores, mas seguramente nenhum seja tão terrível como o protagonizado pelos jogadores do Dinamo de Kiev nos anos 40. Os jogadores jogaram um partida sabendo que se ganhassem seriam assassinados e, no entanto, decidiram ganhar. Na morte deram uma lição de coragem, de vida e honra, que não encontra, por seu dramatismo, outro caso similar no mundo.
Para compreender sua decisão, é necessário conhecer como chegaram a jogar aquela decisiva partida, e por que um simples encontro de futebol apresentou para eles o momento crucial de suas vidas.
Tudo começou em 19 de setembro de 1941, quando a cidade de Kiev (capital ucraniana) foi ocupada pelo exército nazista, e os homens de Hitler aplicaram um regime de castigo impiedoso e arrasaram com tudo. A cidade converteu-se num inferno controlado pelos nazistas, e durante os meses seguintes chegaram centenas de prisioneiros de guerra, que não tinham permissão para trabalhar nem viver nas casas, assim todos vagavam pelas ruas na mais absoluta indigência. Entre aqueles soldados doentes e desnutridos, estava Nikolai Trusevich, que tinha sido goleiro do Dinamo.
Josef Kordik, um padeiro alemão a quem os nazistas não perseguiam, precisamente por sua origem, era torcedor fanático do Dinamo. Num dia caminhava pela rua quando, surpreso, olhou um mendigo e de imediato se deu conta de que era seu ídolo: o gigante Trusevich.
Ainda que fosse ilegal, mediante artimanhas, o comerciante alemão enganou aos nazistas e contratou o goleiro para que trabalhasse em sua padaria. Sua ânsia por ajudá-lo foi valorizado pelo goleiro, que agradecia a possibilidade de se alimentar e dormir debaixo de um teto. Ao mesmo tempo, Kordik emocionava-se por ter feito amizade com a estrela de sua equipe.
Na convivência, as conversas sempre giravam em torno do futebol e do Dinamo, até que o padeiro teve uma idéia genial: encomendou a Trusevich que em lugar de trabalhar como ele, amassando pães, se dedicasse a buscar o resto de seus colegas. Não só continuaria lhe pagando, senão que juntos podiam salvar os outros jogadores.
O arqueiro percorreu o que restara da cidade devastada dia e noite, e entre feridos e mendigos foi descobrindo, um a um, a seus amigos do Dinamo. Kordik deu trabalho a todos, se esforçando para que ninguém descobrisse a manobra. Trusevich encontrou também alguns rivais do campeonato russo, três jogadores da Lokomotiv, e também os resgatou. Em poucas semanas, a padaria escondia entre seus empregados uma equipe completa.
Reunidos pelo padeiro, os jogadores não demoraram em dar o seguinte passo, e decidiram, alentados por seu protetor, voltar a jogar. Era, além de escapar dos nazistas, a única que bem sabiam fazer. Muitos tinham perdido suas famílias nas mãos do exército de Hitler, e o futebol era a última sombra mantida de suas vidas anteriores.
Como o Dinamo estava enclausurado e proibido, deram um novo nome para aquela equipe. Assim nasceu o FC Start, que através de contatos alemães começou a desafiar a equipes de soldados inimigos e seleções formadas no III Reich.
Em sete de junho de 1942, jogaram sua primeira partida. Apesar de estarem famintos e cansados por terem trabalhado toda a noite, venceram por 7 a 2. Seu seguinte rival foi a equipe de uma guarnição húngara, ganharam de 6 a 2. Depois meteram 11 gols numa equipa romena. A coisa ficou séria quando em 17 de julho enfrentaram uma equipe do exército alemão e golearam por 6 a 2. Muitos nazistas começaram a ficar chateados pela crescente fama do grupo de empregados da padaria e buscaram uma equipe melhor para ganhar deles. Trouxeram da Hungria o MSG com a missão de derrotá-los, mas o FC Start goleou mais uma vez por 5 a 1, e mais tarde, ganhou de 3 a 2 na revanche.
Em seis de agosto, convencidos de sua superioridade, os alemães prepararam uma equipe com membros da Luftwaffe, o Flakelf, que era uma grande time, utilizado como instrumento de propaganda de Hitler. Os nazistas tinham resolvido buscar o melhor rival possível para acabar com o FC Start, que já gozava de enorme popularidade entre o sofrido povo refém dos nazistas. A surpresa foi grande, porque apesar da violência e falta de esportividade dos alemães, o Start venceu por 5 a 1.
Depois dessa escandalosa queda do time de Hitler, os alemães descobriram a manobra do padeiro. Assim, de Berlim chegou uma ordem de acabar com todos eles, inclusive com o padeiro, mas os hierarcas nazistas locais não se contentaram com isso. Não queriam que a última imagem dos russos fosse uma vitória, porque acreditavam que se fossem simplesmente assassinados não fariam nada mais que perpetuar a derrota alemã.
A superioridade da raça ariana, em particular no esporte, era uma obsessão para Hitler e os altos comandos. Por essa razão, antes de fuzilá-los, queriam derrotar o time em um jogo.
Com um clima tremendo de pressão e ameaças por todas as partes, anunciou-se a revanche para 9 de agosto, no repleto estádio Zenit. Antes do jogo, um oficial da SS entrou no vestiário e disse em russo:
- "Vou ser o juiz do jogo, respeitem as regras e saúdem com o braço levantado", exigindo que eles fizessem a saudação nazista.
Já no campo, os jogadores do Start (camisa vermelha e calção branco) levantaram o braço, mas no momento da saudação, levaram a mão ao peito e no lugar de dizer: - "Heil Hitler!", gritaram - "Fizculthura!", uma expressão soviética que proclamava a cultura física.
Os alemães (camisa branca e calção negro) marcaram o primeiro gol, mas o Start chegou ao intervalo do segundo tempo ganhando por 2 a 1.
Receberam novas visitas ao vestiário, desta vez com armas e advertências claras e concretas:
- "Se vocês ganharem, não sai ninguém vivo". Ameaçou um outro oficial da SS. Os jogadores ficaram com muito medo e até propuseram-se a não voltar para o segundo tempo. Mas pensaram em suas famílias, nos crimes que foram cometidos, na gente sofrida que nas arquibancadas gritava desesperadamente por eles e decidiram, sim, jogar.
Deram um verdadeiro baile nos nazistas. E no final da partida, quando ganhavam por 5 a 3, o atacante Klimenko ficou cara a cara com o arqueiro alemão. Deu lhe um drible deixando o coitado estatelado no chão e ao ficar em frente a trave, quando todos esperavam o gol, deu meia volta e chutou a bola para o centro do campo. Foi um gesto de desprezo, de deboche, de superioridade total. O estádio veio abaixo.
Como toda Kiev poderia a vir falar da façanha, os nazistas deixaram que saíssem do campo como se nada tivesse ocorrido. Inclusive o Start jogou dias depois e goleou o Rukh por 8 a 0. Mas o final já estava traçado: depois dessa última partida, a Gestapo visitou a padaria.
O primeiro a morrer torturado em frente a todos os outros foi Kordik, o padeiro. Os demais presos foram enviados para os campos de concentração de Siretz. Ali mataram brutalmente a Kuzmenko, Klimenko e o arqueiro Trusevich, que morreu vestido com a camiseta do FC Start. Goncharenko e Sviridovsky, que não estavam na padaria naquele dia, foram os únicos que sobreviveram, escondidos, até a libertação de Kiev em novembro de 1943. O resto da equipe foi torturada até a morte.
Ainda hoje, os possuidores de entradas daquela partida têm direito a um assento gratuito no estádio do Dinamo de Kiev. Nas escadarias do clube, custodiado em forma permanente, conserva-se atualmente um monumento que saúda e recorda àqueles heróis do FC Start, os indomáveis prisioneiros de guerra do Exército Vermelho aos quais ninguém pôde derrotar durante uma dezena de históricas partidas, entre 1941 e 1942.
Foram todos mortos entre torturas e fuzilamentos, mas há uma lembrança, uma fotografia que, para os torcedores do Dinamo, vale mais que todas as jóias em conjunto do Kremlin. Ali figuram os nomes dos jogadores. Abaixo a única foto que se conserva da heróica equipe do Dinamo e o nome de seus jogadores.
Goncharenko e Sviridovsky, os únicos sobreviventes, junto ao monumento que recorda a seus colegas.
Na Ucrânia, os jogadores do FC Start hoje são heróis da pátria e seu exemplo de coragem é ensinado nos colégios. No estádio Zenit uma placa diz "Aos jogadores que morreram com a cabeça levantada ante o invasor nazista".
Poster propaganda da revanche.
Esta é a história da dramática "Partida da Morte". O cineasta John Huston inspirou-se neste fato real para rodar seu filme "Fuga para a vitória" (Escape to Victory) de 1982 que chamou muita atenção à época do lançamento porque dele participaram grandes nomes do cinema como Michael Caine, Sylvester Stallone e Max Von Sydow, mas muito mais pela participação de algumas estrelas do futebol, como Bobby Moore, Osvaldo Ardiles, Kazimierz Deyna e Pelé. No filme John Huston fez o que não pôde o destino: salvar os heróis.
segunda-feira, 12 de julho de 2010
CAHIS homenageia trabalhadores da UERJ
Homenagem aos Assessoristas
Baiano recebe homenagem do CAHIS. Sempre simpático!
O CAHIS também concedeu um certificado de agradecimento aos assessoristas "Baiano" e "Bigodinho" que sempre nos salvam com o elevador a postos a altas horas da noite no 9º andar. Mesmo trabalhando muito e ganhando pouco, essa galera transmite a maior simpatia!
Bigodinho! Sempre pontual com o elevador! Uma lenda da UERJ!
quinta-feira, 8 de julho de 2010
Para quem acredita na "imparcialidade" da imprensa burguesa
CNN DEMITE EDITORA POR FRASE NO TWITTER
Transcrito integralmente de http://g1.globo.com/mundo/noticia/2010/07/cnn-demite-editora-por-frase-no-twitter.html
A CNN demitiu uma editora de noticiário do Oriente Médio por causa de uma mensagem no Twitter em que ela manifestava "respeito" pelo aiatolá do Hezbollah Mohamed Hussein Fadlalah, morto no fim de semana, disseram jornais na quinta-feira (8).
Octavia Nasr trabalhou durante 20 anos na emissora. No domingo, repercutindo a morte de uma das principais autoridades religiosas xiitas, ela escreveu no microblog: "(Fiquei) triste por saber do falecimento do Sayyed Mohammed Hussein Fadlallah ... Um dos gigantes do Hezbollah que eu respeito muito."
Segundo relato do jornal "The New York Times", alguns simpatizantes de Israel viram a mensagem quase imediatamente e ficaram indignados.
Parisa Khosravi, vice-presidente-sênior da CNN International Newsgathering, afirmou em um memorando interno citado pelo "Times" que "teve uma conversa" com a editora e "decidimos que ela irá deixar a companhia".
Procurada pela Reuters, a CNN não se manifestou. Ao "Times", um porta-voz da emissora disse que "a CNN lamenta qualquer ofensa que a mensagem dela pelo Twitter possa ter causado".
"Ela não atendeu aos padrões editoriais da CNN. Este é um assunto sério que será tratado adequadamente."
Fadlallah apoiou a República Islâmica do Irã e tinha contatos também com políticos xiitas do Iraque. Foi também líder espiritual e mentor do Hezbollah quando da sua formação em 1982, logo depois da invasão israelense no Líbano. Posteriormente, deixou o grupo por discordar da sua aproximação com o Irã. Os EUA e Israel consideram o Hezbollah como um grupo terrorista.
Desabafo de uma vítima do caos do Rio Cabral-Paes
terça-feira, 6 de julho de 2010
Eduardo Galeano entrevistado por jornal gaúcho
EDUARDO GALEANO
“O Uruguai tem um dever de gratidão com o futebol”
A tarde começava a avisar que o frio não tardaria quando ele abriu a porta do Café Brasilero, fundado em 1877 na nostálgica Ciudad Vieja, em Montevidéu. O local foi um pedido seu. É um pouco a extensão de casa, ainda que ultimamente tenha preferido chá com leite enquanto o velho amigo engraxate (com o qual tem conta: vida de escritor não é de muitos dinheiros) lustra seus sapatos. Era preciso um tradutor à altura deste Uruguai que flana com as façanhas da Celeste que hoje encara a Holanda por vaga na final da Copa do Mundo, 60 anos depois do Maracanazo.
– Olá, você que é o repórter da Zero Hora? Quer um café?
Assim, com a mesma elegância esculpida em 40 livros traduzidos para diversos idiomas, começou a conversa com o jornalista, escritor e ótimo papo Eduardo Hugues Galeano, 69 anos de pura lucidez, talento e, claro, paixão pelo futebol.
Galeano ama o futebol como parte da sua vida, como todos os 3,5 milhões de uruguaios. Histórias como as contadas com entusiasmo incomum nesta entrevista de 50 minutos estão em livro editado pela L&PM, que publica suas obras no Brasil: Futebol ao Sol e à Sombra. Ali, Galeano oferece uma prova da sua obsessão. Uma placa pendurada na porta de casa em períodos de Copa advertiria: “Cerrado por fútbol”. Julguei que fosse lenda. Duvidei.
– Vai lá em casa para ver, então! – respondeu-me Galeano.
Desafiado, fui até a casa no bairro Malvín. E lá estava a placa. Na soleira da porta, bandeiras do Uruguai e do Nacional, time do coração.
Confira, nesta entrevista, o que significa o futebol para os uruguaios, hoje orgulhosos representantes da América do Sul na Copa da África.
Zero Hora – Como explicar esta celebração tão grandiosa dos uruguaios?
Eduardo Galeano – Parece um pouco inexplicável para um país como o Brasil, mais treinado do que nós nesta difícil arte que é ganhar uma Copa do Mundo. Nós temos a de 1930 e o Maracanazo, em 1950. Vocês têm algumas mais (risos). Mas para nós é uma façanha ficar entre os quatro melhores. Chegamos às semifinais em 1954 e 1970. Depois disso, nunca mais.
ZH – O importante nem é tanto ganhar ou perder, a esta altura?
Gaelano – Isso. Claro que é melhor ganhar do que perder. É melhor ser um jovem são do que um velho doente. Sou ruim de datas, mas houve um Mundial Sub-20 (em 1997) em que as pessoas também saíram às ruas e fomos vice. Houve um período longo e triste no qual o futebol uruguaio misturou coragem e violência. A garra charrua foi reduzida a pancadas. Na final de 1950, o Brasil cometeu o dobro de faltas do Uruguai. Foi depois que começamos a nos sujar, entrando nesta história de que ser valente é ser bruto. Por isso a importância desta seleção: ela promove o nosso reencontro com o bom futebol, sem violência e com humildade de espírito.
ZH – Há uma conexão desta celebração com o bom momento político e econômico vivido pelo país?
Galeano – Pode ser. A vitória da Frente Ampla, há alguns anos, abriu perspectivas de mudanças. Mas a verdade é que o nosso país é futebolizado. Os nenês nascem gritando gol. Por isso nossas maternidades são tão barulhentas.
ZH – O que é o futebol para um uruguaio?
Galeano – É uma religião nacional. A única que não tem ateu. Somos poucos: 3,5 milhões. É menos gente do que um bairro de São Paulo. É um país minúsculo. Mas todos futebolizados. Temos um dever de gratidão com o futebol. O Uruguai foi colocado no mapa mundial a partir do bicampeonato olímpico de 1924 e 1928, pelo futebol. Ninguém nos conhecia.
ZH – Houve uma falsa ilusão de que nada podia ser melhor do que o Uruguai, seguida de depressão depois, a partir das tantas vitórias no começo do século passado?
Galeano – Não. No mundo guiado pelas leis do lucro, onde o melhor é quem ganha mais, eu quero ser o pior. Não poderíamos sequer cometer o desagradável pecado da arrogância. Seria ridículo para um país pequeno como o nosso. Não somos importantes, o que é bom. Neste mundo de compra e venda, se você é muito importante vira mercadoria. Está bom assim.
ZH – Mas no futebol mundial há muitos bons jogadores uruguaios.
Galeano – Sim, temos 250 jogadores fora daqui. Mas nenhum Messi, Kaká ou Cristiano Ronaldo. Que, aliás, não vi na Copa. Talvez por que ele tenha passado mais tempo se vendo na TV.
ZH – Nem depois do bi olímpico nos anos 1920, seguido da Copa de 1930, houve euforia?
Galeano – E mais 1950... Não. Festejamos como merecíamos. Obdulio Varela, nosso grande capitão, passou a noite inteira bebendo nos bares do Rio com os vencidos. Este é o Uruguai de verdade: de um homem capaz de passar a noite inteira abraçado aos vencidos. Este é o Uruguai que eu amo. Do contrário, mudaria de país.
ZH – Você o conheceu?
Galeano – Perguntei a ele uma vez: “Obdulio, me diga uma coisa. Prometo não publicar. Você se drogou alguma vez para jogar?” E ele, sério: “Sim: vinho”. Eram outros tempos. E outras pessoas.
ZH – Qual a sua lembrança de 1950?
Galeano – Escutei o jogo pelo rádio. Quando o Brasil abriu o placar, caí de joelhos. Eu era um menino muito católico. Pedi: “Deusinho, faça um milagre, por favor”. Fiz uma promessa. E o Uruguai ganhou. Aí saí para a rua com a população inteira. Até os paralíticos apareceram. Até os mortos ressuscitaram. Festejei a noite inteira e esqueci da promessa. O que me salvou a vida, senão eu seria um destes loucos a vagar pela rua rezando (risos).
ZH – Será que foi por isso que o Uruguai ficou tanto tempo sem ganhar depois?
Galeano – Pode ser... Deus deve ter pensado: “Puxa, neste povo não dá para confiar mesmo” (risos). Mas veja: quando ganhamos muito no começo do século, não foi tão milagre assim. O Uruguai teve jornada de trabalho de oito horas antes dos EUA, voto feminino antes da França, divórcio 60 anos antes da Espanha. Minha avó era divorciada. Tínhamos educação gratuita concedida por um Estado laico.
ZH – E admitiu negros no começo do século passado.
Galeano – Fomos a primeira seleção a admitir negros, em 1916. O primeiro poema da história da literatura foi feito pelo peruano Jose Parra para Andrade, ídolo nosso nos anos 1920 e na Copa de 1930, chamado pelos franceses de “A Maravilha Negra”. Fomos precursores em muitas coisas. Inclusive na criação de um futebol inexplicável.
ZH – É possível ser campeão do mundo de novo?
Galeano – Tenho um amigo técnico que me disse certa vez uma frase inesquecível: o futebol é um reino mágico, onde tudo pode acontecer. Então o Uruguai pode ganhar da Holanda e depois vencer da Espanha ou Alemanha. Seria maravilhoso, porque o bom que a vida tem é a capacidade de sofrer. Se fosse tudo previsível não teria graça.
Horário 2010/2
O horário 2010/2 já está na xérox do CAHIS para cópia.
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Saudações estudantis,
Centro Acadêmico de História - Gestão Filhos da Pública IV
Dez anos após voltar a Cuba, Elián se diz feliz por viver na ilha
Nesta quarta-feira (30/6), os cubanos comemoraram os dez anos da volta do menino Elián González ao país, depois de uma longa disputa diplomática entre o seu país e os Estados Unidos. Agora um adolescente, ele disse que ficou feliz por ter sido criado na ilha comunista. Elián ainda agradeceu aos povos de Cuba e dos EUA que acompanharam seu pai na luta para devolvê-lo ao seu país.
Elián, ao lado de Raúl Castro, nos 10 anos de sua volta a Cuba
Nas suas primeiras declarações públicas em vários anos, Elian, 16 anos, disse também que não guarda mágoas dos seus parentes de Miami, que o sequestraram alegando que lá ele teria uma vida melhor. Na época, o fato desencadeou uma batalha legal entre Cuba e Estados Unidos. "Embora eles não tenham nos apoiado em tudo, não tenho nenhuma amargura em relação a eles", disse Elián sobre os familiares radicados nos EUA.
O presidente do país, Raúl Castro, acompanhou a cerimônia ao lado de Elián, hoje estudante pré-universitário em uma escola militar, que compareceu vestindo calça jeans e camisa listrada de manga curta. O pai dele, Juan Miguel González, disse ter "mais certeza hoje do que naquele momento" sobre o acerto em trazer o menino de volta. "Vê-lo hoje se saindo bem, com boas notas na escola, mostra que o que fizemos não foi sem razão."
Ao contrário do filho, González-pai ainda tem ressentimentos em relação à família de Miami. "Aqui estamos unidos, com minha gente, que se comportou bem melhor que eles."
Elián era um menino de 5 anos quando foi encontrado boiando dentro de uma câmara pneumática, na costa da Flórida, em novembro de 1999. Sua mãe e outros cubanos que acompanhavam o menino haviam morrido no naufrágio de uma frágil embarcação na qual o grupo tentava viajar clandestinamente de Cuba para os EUA.
Elián foi resgatado por pescadores e levado à casa de uma prima, que morava em Miami. Mas o pai, Juan Miguel, que residia em Cuba, queria o filho de volta. Fidel Castro, então presidente cubano, apoiou a exigência do pai e, apesar de o governo dos Estados Unidos também considerar a volta da criança para seu país a melhor solução, a justiça da colônia cubana da Flórida não queria ceder. O regime comunista realizou uma campanha internacional para que Elián fosse devolvido a Cuba e criado pelo pai e os avós
Após uma longa disputa judicial, os tribunais norte-americanos determinaram que o menino Elián Gonzáles deveria voltar à ilha comandada então por Fidel.
Na madrugada de 22 de abril de 2000, agentes do FBI foram obrigados a resgatar o menino, já que a família da mãe se negava a devolvê-lo. Elián foi levado para uma base militar onde se encontrou com Juan Miguel e seguiu, finalmente, em junho de 2000, para Cuba, onde foi recebido com festa por milhares de pessoas e reencontrou o pai.
Transcrito integralmente de http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=132531&id_secao=7