segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Plantão CAHIS de férias

A UERJ está de férias, mas o trabalho da Gestão Filhos da Pública³ não pára. Confira as notícias do CAHIS.

INSCRIÇÃO EM DISCIPLINAS ABERTA
Já abriu o período de inscrição em disciplinas. Faça logo a sua inscrição: http://www.alunoonline.uerj.br/.

NOVA PORTA DO CAHIS
A equipe da Prefeitura dos Campi instalou as portas do CAHIS e do CACIS, fazendo também alguns reparos de pintura nas duas salas. Esse compromisso já tinha sido firmado pela Prefeitura no início de 2009, e finalmente é cumprido.

ROUBO DE LIVROS NA ESDI
Quando pensamos que já aconteceu de tudo na UERJ, surge a notícia de que 615 livros foram roubados da biblioteca da Escola Superior de Desenho Industrial. Informações na página <http://615livros.wordpress.com/>.

PALESTRAS NO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO BRASILEIRO
O Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) realiza toda semana palestras com grandes nomes da historiografia nacional, apresentando temática diversa. Há emissão de certificado para cada evento. confira no link a programação de setembro: http://www.ihgb.org.br/atividade1.php

ESTÁGIO NO COLÉGIO PEDRO II
O Colégio Pedro II oferece 5 vagas de estágio para estudantes de História. As aulas costumam acontecer às terças-feiras, quintas-feiras e sábados. O estágio começa em 08/09, indo até 12/11.
Colégio Pedro II – Unidade São Cristóvão
Campo de São Cristóvão, 177.
Prédio da Direção Geral – 3º andar
Horário: 09 às 17 h

Outras notícias a qualquer momento aqui no BLOG DO CAHIS.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

CAHIS recomenda - evento sobre os 30 anos da Anistia

“Apesar de você - 30 anos da Anistia Política no Brasil"


O Núcleo de Identidade Brasileira e História Contemporânea (NIBRAHC) da UERJ realizará o Simpósio “Apesar de você - 30 anos da Anistia Política no Brasil” durante os dias 26, 27 e 28 de agosto no auditório 13 a partir das 18:30h. O evento tem como principal objetivo garantir à comunidade acadêmica e à sociedade civil brasileira o acesso ao debate sobre este tema que se desdobra em outros, como por exemplo: defesa dos direitos humanos, a abertura dos arquivos do período (1964 até a década de 1980) e a polêmica sobre a tortura no Brasil.


As Inscrições são gratuitas e haverá emissão de certificados.


A programação completa está disponível no site do evento: http://sites.google.com/site/30anosdaanistia/


PROGRAMAÇÃO

26 de agosto de 2009 - Quarta-feira
17 horas/ Credenciamento
18:30h Mesa de abertura
Local: Auditório 11
Senador Rafael Michelini (República Oriental do Uruguai)
Ministro Paulo Vannuchi (Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República)
Magnífico Reitor Professor Ricardo Vieiralves de Castro
Prof. Dr. Adair Rocha (Minc)
Prof. Dr. Oswaldo Munteal (FACHA, PUC-Rio e UERJ)

19:30h Mesa – A luta pela anistia e os direitos humanos no Brasil
Local: Auditório 11
Coordenadora: Profa. Ms. Vivian Zampa (FEUC e PMERJ)
Conferencistas:
Prof. Dr. Antônio Carlos Peixoto (UERJ)
Prof. Dr. Gilberto Marinigoni (Fac. Casper Líbero / IPEA)
Cecília Maria Coimbra (Presidente do Tortura Nunca Mais)
Prof. Dr. Marcos Antonio Pedlowski (Uenf)
Prof. Dr. Luiz Eduardo Motta (UFRJ)

27 de agosto – Quinta-feira
18:30h – Mesa: Tortura, repressão e luta armada na Ditadura Militar
Local: Auditório 11
Coordenador: Prof. Dr. Luiz Edmundo Tavares (UERJ)
Conferencistas:
Prof. Dr. Fernando Sá (FACHA, PUC-Rio)
José Arbex Jr. (Editor Especial da Revista Caros Amigos)
Prof. Dr. George Tavares (Advogado)
Jacques Dornellas (Militar ex-Guerrilheiro de Caparaó)
Marcelo Freixo (Deputado Estadual)
Prof. Dr. Ivan Cavalcanti Proença (FACHA)

28 de agosto - Sexta-feira
18:30h - Mesa: Abertura de Arquivos: o Direito a verdade
Local: Capela Ecumênica
Coordenador: Verônica Dalcanal (UERJ)
Conferência Magna: Ministra Dilma Rousseff (Casa Civil)
Expositores:
Prof. Dr. Oswaldo Munteal (UERJ)
Profª. Drª. Lená Medeiros (Sub-reitora de Graduação da UERJ)
Conferencistas:
Gilberto Nascimento (Jornalista, Editor da revista Carta Capital)
Prof. Dr. Jaime Antunes (Diretor-Geral do Arquivo Nacional / UERJ)
Prof. Dr. Gustavo Senechal (PUC-Rio)
Profª. Drª. Iná Meireles (HUPE/UERJ)
Paulo Abrão (Presidente da Comissão de Anistia)
Prof. Dr. Técio Lins e Silva (Advogado)
João Vicente Goulart (Presidente do IPJG)


segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Bandejão: Mais uma vitória do Movimento Estudantil

No dia 03 de julho de 2009 houve a licitação final do restaurante universitário do campus Maracanã para a construção de sua infraestrutura. A empresa COZIL foi a vencedora, apresentando o menor preço, abaixo do estipulado pela UERJ inclusive.

O Reitor Professor Ricardo Vieiralves assinou o contrato com a empresa no dia 03 de agosto dando sinal verde para o início das obras. A partir da referida data, os trabalhos tem, de acordo com o contrato, 150 dias para terminarem. O Prefeito dos campi, Professor Ivair Lopes, também confirmou o início das obras. Foi informado também que a FEBF (Faculdade Estadual da Baixada Fluminense, em Duque de Caxias) terá o início do processo licitatório de seu Bandejão no segundo semestre.

O Restaurante Universitário é uma reivindicação antiga do movimento estudantil, já que os alunos da UERJ gastam muito dinheiro com alimentação. Sendo assim, um local para refeições a baixo custo e de qualidade é essencial. Nossa universidade também ganha como instituição, tendo agora o Bandejão como chamariz.


Aviso Colocado no local onde será o Bandejão
Há muito tempo o movimento estudantil cobra a construção do restaurante universitário, sempre colocado de lado por reitorias e governos estaduais. Graças ao empenho dos alunos e suas entidades representativas podemos comemorar que enfim esse sonho se encontra muito perto de se materializar. Momentos como esse demonstram o quanto vale a pena lutar por condições melhores de ensino e como nossas propostas se transformam em feitos concretos.



Protesto pelo bandejão na ocupação da reitoria da UERJ (setembro 2008), quando alunos serviram almoço grátis a todos no hall do queijo

Gostaríamos de agradecer a todos os estudantes que ao longo de décadas lutaram por esse direito básico que, constantemente, nos foi negado e a todos que participaram da ocupação da reitoria, movimento que tirou a proposta do Bandejão do limbo e nos permitiu agora, quase um ano depois, noticiar essa grande vitória. O DCE, gestão “Nada Será como Antes”, os Centros Acadêmicos e todos os alunos que lutaram ao longo dos anos estão de parabéns.
Em tempo, o Restaurante Universitário ficará no prédio dos alunos, em cima do banco Itaú. Vitória dos estudantes!

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Reunião do CSEPE

Em 5 de agosto, foi realizada mais uma reuni]ao do Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão, CSEPE.

Nessa sessão, o reitor Ricardo Vieiralves comunicou que assinou, dois dias antes, o contrato do bandejão do maracanã e as obras já iniciaram. A partir de agora, a obra tem 150 dias pra terminar (até janeiro aproximadamente). O reitor avisou avisou que o processo de licitação do bandejão da FEBF se iniciará ainda esse ano, já a FFP demorará mais, pois, alegou o reitor, não há estrutura nenhuma lá, ao contrário da FEBF.´O BANDEJÃO É MAIS UMA VITÓRIA DOS ALUNOS, A CUSTO DE MAIS DE 30 ANOS DE ESPERA, GREVES E OCUPAÇÃO DA REITORIA.

Vieiralves também disse que trarápara o CSEPE no próximo semestre letivo a proposta que a prova de primeira fase do vestibular da UERJ, seja a prova do ENEM, como está acontecendo nas universidades federais que seguem o famigerado REUNI.

O Conselho também aprovou mudanças no calendário devido ao cancelamento das aulas por causa da gripe suína. Provas finais dia 10 e 11 de agosto, lançamento das RNF's até o dia 13/08. inscrição em disciplinas de 27/08 a 04/09 e início das aulas dia 14/09.

Também foi informado pelo reitor que a UERJ terá uma livraria na Rua das Palmeiras (Botafogo?!?!) e que a onde havia uma papelaria no hall do campus maracanã, será licitado uma livraria, com espaço para leitura. Todo o valor do aluguel será revertido para a editora da UERJ.

Devemos comemorar o bandejão que somente se tornará realidade devido a luta dos estudantes da UERJ ao longo do tempo. E continuar cobrando da reitoria e, principalmente, da representação dos alunos nos conselhos superiores.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Golpe em Honduras


Presidente Zelaya
O povo nas ruas


No último dia 28 de junho ocorreu um golpe de estado em Honduras, país localizado na América Central. O fato nos relembra a sucessão de interrupções violentas sobre regimes democraticamente eleitos na América Latina que aconteceram ao longo do século XX.

No entanto, o golpe em Honduras é o primeiro naquela região do globo desde o fim da guerra fria. Os países do istimo presenciaram uma série de golpes promovidos pelos Estados Unidos e as elites locais atreladas ao mercado financeiro mundial, com o objetivo de retirar do poder, governos com projetos liberais de desenvolvimento autônomo e frear a crescente influência do socialismo, mais forte após a Revolução cubana de 1959 e sua posterior opção pelo socialismo e a parceria com a União Soviética.
Resistência popular ao golpe


Nos anos 1970 e 1980, a situação se radicalizou ainda mais, com as guerrilhas em diferentes países como Guatemala, El Salvador e Nicarágua, sendo esse último, palco da tomada do poder pelo Exército Sandinista de Libertação Nacional. O então presidente estadunidense, Ronald Reagan, declarou guerra aberta aos movimentos guerrilheiros, através dos irãs-contras (paramilitares de direita que confrontavam os guerrilheiros) e esquadrões da morte, que chacinaram milhões de pessoas em várias nações da região.

A Nicarágua, liderada pelos sandinistas, ganhou na corte mundial o direito a uma indenização dos Estados Unidos por o envolvimento deste último nos ataques a seu país. Obviamente, os norte-americanos não pagaram. Enquanto isso, Honduras servia justamente como base para os paramilitares de direita que devastavam os países vizinhos. O perfeito retrato da república das bananas: país miserável, com boa parte de suas propriedades fundiárias nas mãos de companhias estadunidenses, além de várias bases militares norte-americanas, com produção econômica e determinações políticas de acordo com as diretrizes de Washington.

Contudo, nos últimos anos o cenário político hondurenho modificou-se um pouco. O atual presidente Manuel Zelaya guinou seu governo cada vez mais à esquerda, contrariando as diretrizes liberais de seu próprio partido, o Partido Liberal. Mesmo sendo cria das elites hondurenhas, Zelaya iniciou projetos de cunho popular, ganhando grande respaldo entre os desfavorecidos de seu país. Em 2008, Honduras aderiu definitivamente à ALBA (Alternativa Bolivariana para nossa América), aliança político-econômica criada pelo presidente venezuelano Hugo Chávez.

A ALBA foi criada há alguns anos atrás em resposta ao projeto estadunidense da ALCA (Área de Livre Comércio das Américas), projeto que criaria uma zona de livre comércio no continente, o que acarretaria em um desastroso quadro para as economias latino-americanas. Em contra partida, a ALBA se constitui em uma alternativa dentro da realidade latino-americana, onde as trocas comercias são realizadas de acordo com as necessidades de cada nação. No caso hondurenho, o país exporta alimentos e recebe petróleo venezuelano abaixo do preço de mercado, além de ajuda médica e educacional cubana. Além de Venezuela, Cuba e Honduras, também aderiram à ALBA Nicarágua, Equador, Bolívia, Dominica, Antigua e Barbuda e São Vicente e Granadinas, além de dois países observadores, Granada e Paraguai.

O golpe realizado em 28 de junho ocorreu devido à proposta do presidente Zelaya em realizar um referendo. O povo escolheria, no dia em que o golpe foi dado, se as eleições de novembro teriam uma quarta urna, perguntando aos hondurenhos se eles concordariam com a convocação de uma Assembleia Constituinte.


Resistência popular ao golpe contra a polícia

Ou seja, o golpe foi dado sobre um referendo que consultaria a população sobre a realização de outro referendo (!). Dias antes do golpe, os militares sumiram com as urnas da votação, que somente foram recuperadas quando Zelaya marchou com partidários até o local onde as urnas se encontravam. A conservadora Corte Eleitoral do país declarou o plebiscito ilegal, assim como boa parte do legislativo se manifestou contra.

É inconcebível que, em um pretenso regime democrático, um plebiscito seja ilegal. O que será que a elite hondurenha (representado por empresários, militares, igreja católica e evangélica que apoiaram o golpe) tanto teme em uma possível mudança na constituição? Com certeza, o olhar dos que detém o poder está dividido entra as mudanças propostas por Zelaya e o quadro em que se encontra a América Latina, onde governos de esquerda, como na Venezuela e na Bolívia estão mudando radicalmente as estruturas sociais.
Manifestantes bloqueiam as ruas

O golpe foi internacionalmente condenado, nenhum país reconheceu o governo empossado em 28 de junho, nem mesmo a máquina de fazer golpes na América Latina chamada Estados Unidos da América. No entanto, a posição norte-americana se mostra de maneira dúbia. Enquanto Obama diz que só reconhece Zelaya como presidente, indícios de que elementos diplomáticos e militares estadunidenses com conexões ao partido republicano estão ligados ao golpe começam a aparecer. Além do mais, uma roda de imprensa para os golpistas nos E.U.A. foi montada por ninguém menos que John Macain, ex-adversário de Obama à casa branca.

A Secretária de Estado norte-americana, Hilary Clinton, nomeou o presidente da Costa Rica, Oscar Árias, para mediar a situação entre Zelaya e os golpistas, contudo as partes não chegaram a um acordo. Árias propôs que Zelaya fosse reposto, mas que abandonasse a ideia do plebiscito e ainda anistiasse os golpistas, em uma manobra para retirar os poderes do presidente de direito.

A situação em Honduras é preocupante. Os movimentos sociais se posicionaram todos contra o golpe e promovem diários protestos pacíficos contra os golpistas. Por sua vez, os militares e a polícia parecem apoiar fortemente Roberto Micheletti, parlamentar empossado como presidente interino e acusado de ter relações com o tráfico de drogas.

Há nitidamente um corte de classe no caso hondurenho. Centrais sindicais, movimentos de trabalhadores rurais e estudantes se posicionaram contra o golpe. Do outro lado, empresários, o Estado maior do exército, a igreja católica e algumas evangélicas, além dos meios de comunicação. Os canais de TV hondurenhos durante vários dias exibiam desenhos animados ao invés do que acontecia nas ruas. Rádios de oposição foram fechadas pelos golpistas.

A resistência popular se dá por meio de greves gerais, fechamento de estradas e passeatas pelas ruas das principais cidades hondurenhas. Os meios de comunicação já foram censurados e trabalhadores grevistas são ameaçados de demissão. O não respaldo internacional também mina os golpistas: a Venezuela já cortou o petróleo, os bancos de desenvolvimento da América Latina e da União Europeia também interromperam o repasse de verbas que são cruciais para o funcionamento do país. Mesmo assim, os golpistas não largam o osso e parecem dispostos a levar a nação à bancarrota total. Ao que parece, até empresas com a NIKE e a ADIDAS já pediram a volta de Zelaya e uma ação mais enfática dos Estados Unidos.
http://www.publico.es/internacional/241816/huelgas/acorralan/golpistas/hondurenos

A repressão cresce sobre os manifestantes cada dia mais numerosos e a situação em Honduras parece se encaminhar para o colapso. A pergunta que fica é até quando a América Latina será impedida de trilhar seu próprio caminho? Fomos “presenteados” com golpes militares pelos Estados Unidos e nossas elites entreguistas durante a guerra fria. Agora que uma nova alternativa aparece em nosso horizonte, está já é a segunda tentativa de golpe (Chávez sofreu um em 2002, mas retornou literalmente nos braços do povo), sem contar a ideia transloucada de repartir a Bolívia devido à vitória de Evo Morales. Será que mais uma vez ficaremos reféns de quarteladas?

Para um resumo do porquê do golpe http://www.rebelion.org/noticia.php?id=89600. Para uma cobertura midiática diferente daquela vista na rede globo e afins, acesse http://www.telesurtv.net/index.php ou www.rebelion.org.