RAV 92, reaberta após 10 anos fechada e inoperante, recebeu cadeiras e mobiliário inteiramente novos graças a luta do CAHIS, dos estudantes e a ajuda do novo Departamento de História – DHIS UERJ
A RAV 92 – Marilena Ramos Barboza* enfim começa a ser aparelhada para utilização plena dos estudantes de TODO IFCH. A Sala de Recursos Áudio Visuais – 92 (Rav-92) foi batizada com o nome da grande lutadora e professora do Departamento de História, Marilena Barboza, pelo fato de personificar toda a luta necessária para reabrir a sala após mais de 10 anos fechada, quando servia de depósito de aparelhos elétricos velhos. Essa foi e é uma luta inteiramente nossa, desde a reabertura da sala até a ‘romaria’ por recursos que transformassem um local abandonado numa sala de aula de fato.
Temos que lembrar que esta sala é um SÍMBOLO da luta dos estudantes pela Universidade Pública, ou melhor, pela Universidade Necessária, pois sabemos que o desmanche da universidade brasileira é fruto do modelo neoliberal implementado em nosso país, inclusive na educação pública.
Hoje temos muito orgulho, pois, após alguns anos de luta, a Rav Marilena Barboza foi transformada, através da luta dos estudantes, do CAHIS e da chefia séria e comprometida do Departamento de História, de um latifúndio improdutivo em uma sala de aula dos estudantes de todo IFCH. É mais um gol de placa do CAHIS em nome dos estudantes do 9° Andar.
Essa sala é um exemplo pedagógico para todos nós, pois é a certeza de que a luta e o compromisso com a nossa UERJ NECESSÁRIA garantirão as conquistas para TOD@S!
"Creio no sonho. Creio no trabalho. Sonhei com paixão e ousadia as utopias maiores que podia sonhar e não me arrependo. Utopias impensáveis para os incrédulos. Utopias impossíveis para os pobres de coração" Darcy Ribeiro
Marilena Ramos Barboza (In memoriam) – Professora de História do Brasil da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, fundadora da ANPUH e do Grupo Tortura Nunca Mais (GTNM-RJ).
Nome completo do autor, abaixo do título, com nota explicativa de filiação institucional e email para divulgação na revista ( telefone e link para currículo lattessão opcionais );
Forma genérica de apresentação do SOBRENOME, Nome, apenas para formatação da versão em .pdf;
Texto entre 10 e 25 páginas (incluindo bibliografia);
Espaço 1,5 entre linhas, Times New Roman ou Arial, tamanho 12, margens em 2,5 cm.
Citações além de três linhas destacadas do texto, com margem de 4 cm, tamanho 10;
Resumo [obrigatório] em, no máximo, 10 linhas;
Palavras-chave [obrigatório]: 5 no máximo;
Referências no corpo do texto (AUTOR, ano), mesmo nas citações;
Notas explicativas, apenas. Notas sugerindo leitura, semelhantes às referências no corpo do texto. [ex.: Ver em (AUTOR, ano)]
Referências bibliográficas no final do texto, de acordo com as normas da ABNT.
- Eneh 2013 será realizado na UERJ Maracanã
- Evento em comemoração dos 10 anos das cotas no dia 19/09
- Semana de História 15 a 19/10 , inscrições para entrega de trabalhos já abertas. Os trabalhos da semana de História serão publicados na Revista do CAHIS.
Pautas :
- Situação da Greve: Sem prazo para terminar, a D.E ainda não foi encaminhada para votação na ALERJ.
Informe sobre o caso dos professores contratados: O Reitor responsabilizou os diretores de unidades quanto a renovação dos contratos.
- Calendário de Atividades :
. 27 a 31/08 - Congresso Nucleas
. 03/09 - Piquete na Pós-Graduação
.06/09 - Cineclub
Proposta para se fazer um abaixo assinado pela ampliacação do bandejão para onde era uma Agência do Itaú e se encontra em obras para virar uma do Agência do Bradesco.
"Um proletariado sem outro
ideal a não ser a redução das horas de trabalho e o aumento de centavos no salário não será capaz de uma grande ação
histórica." José Carlos Mariátegui
Caros amigos UERJIANOS,
Após diversas perguntas
e ponderações feitas pelos estudantes do nosso curso, o Centro Acadêmico –
Gestão Filhos da Pública sistematiza alguns esclarecimentos sobre a greve geral
na UERJ:
·Ao
Centro Acadêmico de História coube o difícil papel de seguir coerente ao
pensamento da maioria do curso presente na assembleia, votando pela manutenção
do ‘estado de greve’ até o presente mês agosto.
Desta forma, gerando o tempo necessário para articulação e mobilização em torno
da pauta grevista. Para parafrasear Carlos Marx, vimos que a crítica roedora
dos ratos se voltou contra a direção do CAHIS. Contudo, não temos medo dessas,
pois tivemos se não a mais cheia, uma das mais cheias assembleias de curso
deliberando uma posição a ser seguida. Nesse ponto, todos estão de parabéns,
pois apesar de a greve imediata ter vencido com mais largura entre os docentes,
a assembleia estudantil mostrou que não havia consenso na proposta do DCE. Por
fim, o valor das escolhas e análises estará posto ao final desse processo.
Coube-nos votar e se comportar como bancada do curso nos fóruns privilegiados
de discussão da greve.
·As
críticas feitas pelos alunos de história à forma como a
greve foi encaminhada, incluindo falta de diálogo da ASDUERJ
para com os estudantes, excesso de paralisações desinformadas, etc.; não
impossibilitaram a nossa participação nas atividades de greve como, por
exemplo, ato pela paralisação do calendário em torno da UERJ, o cerco à
reitoria em favor da negociação pela paralisação do calendário, exibição de
filmes e aulas públicas e, por fim, o grande ato e doação de sangue realizado
no Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE) com o apoio de vários Centros
Acadêmicos - (CAENF- ENFERMAGEN/
CASAF-MEDICINA/CANUT-NUTRIÇÃO/CACOS-COMUNICAÇÃO/CAIA-ARTES/CAPF-PEDAGOGIA/DALB-LETRAS/COLETIVO
SOMOS TOD@S NÓS)
·Os fóruns
de discussão (assembleias) - do curso continuarão sendo viabilizados pelo
CAHIS e, para isso, estamos marcando novas assembleias que servirão para nos
mantermos informados e discutirmos a situação não só da greve, mas da
universidade como um todo.
·Prazo de validade da Greve - As
últimas assembleias de docentes e de técnicos administrativos votaram pela
manutenção da greve praticamente por aclamação. Diante disso, acreditamos que a
greve ainda não tem data para terminar, crendo que ela ainda perdurará o mês de
agosto.
·Em
que “pé” estão as negociações?! - Nesse momento existem
algumas propostas unilaterais da reitoria de atender algumas demandas, mas após
avaliar a publicação da reitoria sobre as reivindicações da greve unificada,
divulgada na última semana, e a reunião da comissão de negociação da
administração central com o comando de greve unificado, realizada na segunda-feira,
06/08, professores reunidos em assembleia, na tarde desta terça-feira, 07/08,
decidiram por ampla maioria manter a greve da categoria.
·Com
a assinatura de 191 professores no livro de presença, houve quatro votos
contrários à manutenção da greve e três abstenções.
·Dedicação Exclusiva - A
reitoria admitiu que está negociando uma proposta de Dedicação Exclusiva com o
governo, que poderá ser apresentada em até 10 dias à Alerj.
·Reunião entre conselheiros -
reuniram-se nesta quarta-feira, 08/08, às 14 h, com os membros dos conselhos
superiores que estão saindo e com os que ainda não tomaram posse. O Conselheiro Gabriel Siqueira (Diretor do
CAHIS e Membro do CSEPE) esteve presente e reiterou o apoio às pautas das três
categorias, dando ênfase ao aumento da bolsa-Cetreina que mais interessa aos
estudantes.
·Conselho Superior de Ensino
Pesquisa e Extensão (CSEPE) se reúne na sexta-feira, 10/8 - Os
novos membros do Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão deverão,
finalmente, tomar posse nesta sexta-feira, 10/08. A bancada estudantil terá
mandato até dezembro deste ano. A sessão do Csepe começa às 9h.
Assim vamos atualizando
tod@s sobre o andamento da greve.
Vale lembrar que as críticas feitas a Associação dos docentes não são
exclusivas do estudantes de história. Algumas divergências foram colocadas por
diversos estudantes dos mais diversos cursos, mas todas estas seguiram no
âmbito fraterno da discussão, buscando alternativas para luta contra o
desmanche neoliberal da Universidade promovido pela Reitoria e pelo Governo do
Estado.
A delegação do Rio de Janeiro, que saiu em direção Encontro Nacional dos Estudantes de História (ENEH 2012) – UNIFESP GUARULHOS trouxe na bagagem a missão de sediar tal Encontro no ano de 2013. Aceitamos o desafio de sediar o Encontro Nacional no Rio de Janeiro e contamos com a contribuição de tod@s!
*Por hora, estamos divulgando a carta de intenções aprovada na plenária final do ENEH 2012 :
A UNIVERSIDADE NECESSÁRIA E OS DESAFIOS DO HISTORIADOR: REFORMA CURRICULAR E A UTILIDADE DA HISTÓRIA
A Universidade do Estado do Rio de Janeiro possui hoje a experiência mais popular de todo o sistema de Ensino Superior no Brasil. No ano de 2012 comemora-se 10 anos da implantação do sistema de reserva de vagas para negros, índios, portadores de necessidades especiais, filhos de militares mortos em combate e estudantes oriundos da rede pública de ensino. Inovadora na implementação das cotas, a UERJ conta em seu corpo discente com parcelas da população historicamente alijadas do ensino superior. Com todos os limites e deficiências de tal sistema, indubitavelmente, a reserva de vagas permitiu uma importante democratização do acesso à Universidade que entra em choque, inclusive com a lógica excludente do vestibular.
No entanto, a ampliação do acesso não garante, por si mesma, a formação crítica do sujeito. É por isso que se faz necessário um projeto político ideológico que contemple a produção de um conhecimento transformador, forjando a consciência questionadora, propositiva e militante dos estudantes. Para que enfim, o alerta de Darcy Ribeiro não permaneça vigente: “Eles bem sabem que, quando diplomados, também serão aquietados pelo poder disciplinador do trabalho e da fadiga; dissuadidos pelos seus próprios ideais, pelas responsabilidades da família e pela compostura profissional; e degradados pela ferocidade da competição econômica em que terão de mergulhar e pela qual serão, afinal, convertidos em tranquilos guardiões da ordem”.
Este debate perpassa, sem dúvida, pelo conteúdo curricular aplicado na formação do historiador. Cabe lembrar, ainda, que o profissional da História cumpre dupla função social. Ao mesmo tempo que investiga os processos de formação da sociedade, em seus diversos aspectos, é responsável pela difusão desse saber para um grande contingente da população nas salas de aula. Para que formemos um pesquisador e educador crítico precisamos de uma formação do mesmo nível. Isso impõe a necessidade do debate e da construção de uma REFORMA CURRICULAR.
O currículo do curso de História nas IES do Brasil é o mesmo da ditadura, mascarado pela falsa ‘redemocratização’. As ementas das disciplinas baniram de seus estudos os pensadores brasileiros (e de outras nações) mais críticos, tais como Darcy Ribeiro, Ruy Mauro Marini, Nelson W. de Sodré, Guerreiro Ramos, Álvaro Vieira Pinto e tantos outros. Além disso, os substituíram por um sem fim de autores franceses, estadounidenses, britânicos e etc. que nunca escreveram sequer uma linha sobre o Brasil. Chegamos ao final da faculdade sabendo mais da Revolução Gloriosa do que da Conjuração Baiana, da Sabinada ou da Balaiada. Sem contar a discussão superficial – ou sua completa ausência – do período que abrange desde os anos 30 até os dias de hoje.
Sendo assim, cabe ao ESTUDANTE DE HISTÓRIA discutir e lutar pela reformulação dos currículos dos cursos, de modo que o conhecimento produzido possa interferir drasticamente em prol da melhoria das condições de vida daqueles que mais necessitam em nossa sociedade: a classe trabalhadora e as massas populares.
Dialeticamente este debate não foge do enfrentamento e do combate por uma Universidade que seja popular em sua prática, que sirva ao povo: a Universidade Necessária.
Convidamos, então, os ESTUDANTES DE HISTÓRIA, reunidos neste Encontro Nacional a construir o ENEH 2013, na cidade do Rio de Janeiro, tendo sua sede na UERJ. Nossa Universidade (Campus Maracanã) se localiza no caminho diário da classe trabalhadora. É a única universidade pública do Estado pela qual passa a linha de trens urbanos que ligam o centro da cidade aos bairros mais afastados e à Baixada Fluminense. Além disso, está de frente para o morro da Mangueira e para a Favela do Metrô – que está sendo brutalmente removida para as obras do Maracanã. Sua localização geográfica, portanto, permite uma experiência política inigualável.
Pela reconstrução do ENEH! Pela reconstrução coletiva da FEMEH! Por um movimento estudantil crítico e transformador!
RIO ENEH 2013 – UERJ – Campus Maracanã
“Ou conseguiremos na luta tudo aquilo que reivindicamos ou arrasaremos o mundo com nossas tentativas.” Huey Newton – Partido dos Panteras Negras
Segue abaixo o vídeo que anuncia a candidatura do CAHIS UERJ para sediar o ENEH 2013.