quinta-feira, 8 de março de 2012

No dia Internacional da mulher, lembremos das que lutaram e sonharam.


“Nada causa mais pavor à ordem do que mulheres que lutam e sonham” José Martí
José Martí respondeu uma pergunta que nunca foi feita, mas que sempre esteve na ponta da língua. Por que as mulheres são oprimidas?
As mulheres sempre estiveram na vanguarda da luta por uma sociedade melhor, almejando um mundo onde a igualdade pudesse imperar mesmo nas diferenças. A luta feminista tem que ser encampada por tod@s, não apenas em textos, faixas, panfletos ou no que chamamos de “frasiologia”. Nós do Centro Acadêmico de História sempre acreditamos na tese de que a mulheres devem ser a vanguarda dessa sociedade e, principalmente, da luta pela superação da mesma. Porém, a facilidade do discurso engana. E muito! Por isso resolvemos escrever um texto prático em homenagem as mulheres do nosso Brasil, exercendo a função de historiadores que somos. Lembraremos de algumas das tantas e tantas brasileiras que lutaram para revolucionar o Brasil, a América e o mundo.
Comecemos por:
Leocádia Prestes (Mãe coragem)– Patriota e lutadora da Anistia Internacional.
“Uma trajetória de vida marcada pela indignação com as injustiças sociais e de apoio às posições revolucionárias de seu filho Luiz Carlos Prestes. Leocádia aderiu conscientemente às ideias marxistas, à luta pelo socialismo e à defesa da União Soviética. Depois do levante antifascista de novembro de 1935 e da prisão de Prestes em 1936, Leocádia esteve à frente de uma campanha internacional pela libertação de seu filho e de todos os presos políticos no Brasil. Com a extradição de Olga Benário para a Alemanha, liderou também a campanha para salvar a vida de Olga e de sua filha que estava para nascer. Leocádia, expressão da determinação e combatividade da mulher brasileira, nas palavras do poeta chileno Pablo Neruda fez “grande, más grande, a nuestra América”.”
      
Olga Benário Prestes – Revolucionária.
“Olga, segundo os depoimentos de todos que a conheceram e conviveram com ela, nunca vacilou diante das grandes provações que teve que enfrentar. Até o último dia de sua trágica existência, manteve-se firme perante o inimigo e solidária com as companheiras. Ao despedir-se do marido e da filha, antes de ser levada para a morte, escreveu: ”Lutei pelo justo, pelo bom e pelo melhor do mundo”; “até o último momento manter-me-ei firme e com vontade de viver” . A vida e a luta de uma revolucionária como Olga, comunista e internacionalista, não foi em vão; seu heroísmo serve de exemplo e de inspiração para os jovens de hoje.” Anita Prestes
 Por Cândido Portinari



Iara Iavelberg - Ativista política, guerrilheira e vítima da ditadura militar.

“Nasceu em 7 de maio de 1944, na cidade de São Paulo. Após o golpe militar de 1964, iniciou sua militância política, ingressando na Organização Revolucionária Marxista Política Operária (Polop), e depois no Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8). Conheceu Carlos Lamarca, em 1962, através de um amigo de faculdade, só voltando a reencontrá-lo em 1968, quando iniciaram seu romance, tendo sido sua companheira até sua morte.
Morreu aos 27 anos de idade, em circunstância ainda não esclarecidas. A versão oficial fala em suicídio, durante o cerco dos agentes do DOI-CODI, em Salvador. Porém, testemunhas relatam que ela teria sido presa com vida e levada à sede do DOPS local. Vários presos que se encontravam ali ouviram os gritos de uma mulher sendo torturada, identificando-a como Iara.” Dicionário de mulheres do Brasil: de 1500 até a atualidade (organizado por Shuma Schunaker, Érico Vital Brazil - Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed. , 2000, p.269).



Dandara – Guerreira e uma das líderes do Quilombo dos Palmares

“Dandara foi uma guerreira negra do período colonial do Brasil, esposa de Zumbi dos Palmares  e mãe de seus três filhos. As circunstâncias da sua morte não foram esclarecidas.” Reginado Souza Santos (Livro – Damas negras)



Vilma Espin – Revolucionária cubana e fundadora da Federação das Mulheres Cubanas
Ocupou posições políticas revolucionárias e participou no levantamento armado de Santiago de Cuba a 30 de Novembro de 1956, em apoio aos expedicionários de Granma, convertendo-se a sua casa em quartel-general do movimento revolucionario em Santiago de Cuba. Em 1958 tornou-se membro do Exército Rebelde e após o triunfo da Revolução, em 1959, encabeçou a unificação das organizações femininas e a constituição da Federação das Mulheres Cubanas. Além disso, integrou o Comité Central do Partido desde a respectiva fundação, em 1965, «condição em que foi ratificada em todos os Congressos», salienta o comunicado, assinalando também que Espin «presidiu desde a sua criação à Comissão Nacional de Prevenção e Atenção Social, e à Comissão da Infância, Juventude e da igualdade de direitos da Mulher, da Assembleia Nacional do Poder Popular».
"Firmes em suas posições de um lado para o outro  do país, determinado a lutar pelas vitórias alcançadas, para acabar com o mito da invencibilidade do imperialismo no continente, a milícia, a brigada de saúde, que ocupou a federação na fábrica de posições daqueles mobilizados para a frente, mostrou que, de fato, as mulheres eram, como disse Fidel, uma força decisiva na revolução." ( Espín, Vilma. La gesta revolucionaria: acciones y héroes.  Editorial de la Mujer, Ciudad de La Habana, 1990.  P. 6)


Simone de Beauvoir - À frente de seu tempo, a filósofa francesa é autora de “O Segundo Sexo”, considerado pioneiro manifesto feminista.

“Não são as pessoas que são responsáveis pelo fracasso do casamento, é a própria instituição que é pervertida desde a origem.Simone de Beauvoir



Essa é a homenagem do CAHIS à todas as mulheres do mundo.
“Quando uma mulher avança, nenhum homem retrocede”


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