terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Homenagem (In Memorian) ao combatente contra a ditadura

Eduardo Collen Leite, o BACURI

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Eduardo Leite, o Bacuri, militante revolucionário que participou da resistência armada contra a ditadura militar. Preso no dia 21 de agosto de 1970 e barbaramente torturado e mutilado durante 109 dias. Não forneceu nenhuma informação aos seus algozes.

Foi sequestrado em 27 de outubro de 1970: “Às 0h50 da madrugada de 27 de outubro de 1970, Bacuri foi retirado da cela, sendo carregado, pois já não conseguia andar devido às torturas que sofrera. Ao perceberem o que acontecia, cerca de cinquenta presos que se encontravam no Dops, começaram a gritar e bater nas portas de metal com pratos e canecos. Bacuri jamais foi visto outra vez por qualquer preso político. Sua vida estava nas mãos dos torturadores. Um policial do esquadrão da morte, Carlinhos Metralha, disse que Bacuri tinha sido levado para o sítio particular de Fleury, usado para torturar os presos especiais e os que deveriam ser executados. (...)”.

Em 7 de dezembro, 42 dias após seu sequestro do DEOPS, Bacuri é assassinado e a ditadura monta uma farsa: em 8 de outubro "os jornais do país publicavam nota oficial informando a morte de Eduardo em um tiroteio nas imediações da cidade de São Sebastião, no litoral paulista."

“O corpo de Eduardo Leite foi entregue à família coberto de hematomas, cortes profundos, escoriações, queimaduras generalizadas por toda a parte, dentes arrancados ou quebrados, orelhas decepadas e olhos vazados, dois tiros no peito e outros dois na cabeça”.

Bacuri, exemplo de militância revolucionária, de determinação e coragem no combate à ditadura e ao seu aparelho repressivo.

Bacuri, presente!

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