sexta-feira, 29 de outubro de 2010

COMUNICADO

Carta Aberta do Centro Acadêmico de História UERJ

Gestão Filhos da Pública IV


Nas últimas semanas, o CAHIS-UERJ tem estado sob constante ataque de determinados grupos políticos que espalharam mentiras e calúnias não só pelo corredor do 9º andar, mas também pela Internet. Cientes de que os estudantes do nosso curso conhecem muito bem a índole e o trabalho da gestão de nosso Centro Acadêmico, vendo que não há o mínimo eco dentro da História para tais inverdades e sem a menor vontade de colocar mais lenha na fogueira para algo que os estudantes do nosso curso não deram a menor importância, nos mantivemos calados até o momento.

Contudo, após panfletagens no corredor nos difamando e traições pelas costas de pessoas as quais confiamos durante muito tempo, chegou a hora de respondermos e revelarmos alguns fatos que podem não estar claros para todo o corpo discente. O ataque que vem ocorrendo sistematicamente nas últimas semanas não é produto de loucura, nem se restringe à gestão, mas sim, é muito bem arquitetado e ameaça toda a luta dos estudantes de história.

Toda a confusão se inicia devido à matéria “ENEH 2010-Sem Limites”, publicada no "Caderno de Segunda" do “Jornal do CAHIS” número 22, edição de setembro de 2010. As queixas de uma aluna do curso são de que a matéria traz conteúdo machista, homofóbico, racista e xenófobo, ao se referirem à cidade de Fortaleza e aos participantes do encontro. Disse a estudante que taxamos os presentes ao ENEH de “bandido” e “viciado”.

Qualquer pessoa com o mínimo de bom senso e que frequenta o curso, sabe que “bandido” e “viciado” foram palavras usadas no texto se referindo a brincadeiras internas com participantes da delegação da UERJ no ENEH. Pessoas (inclusive uma delas membro da Gestão) que em nenhum momento se sentiram ofendidas, nem com as brincadeiras dos seus colegas, nem com a matéria do jornal. Provavelmente por saberem distinguir brincadeiras de reais ofensas.

Em moção de repúdio entregue pela aluna queixante à Gestão do CAHIS, há uma clara manipulação de palavras para demonstrar o nosso texto como preconceituoso. A aluna, e quem mais a apoiou a fazer a moção, mexe no texto original do jornal para dizer que taxamos a homossexualidade de anormal e depreciamos a população nordestina. Curioso como os estudantes homossexuais que foram ao ENEH e são alunos do nosso curso nos procuraram para dizer que não se sentiram ofendidos. Mais curioso que membros destacados da Gestão (responsável pela publicação do jornal), como Roberto e Bruno, são filhos ou netos de retirantes nordestinos, cometendo assim, na visão de alguns, um insano ato de autopreconceito.

Quanto ao suposto machismo em nos posicionarmos contra a criação da disciplina obrigatória “história da mulher”, aprovada na plenária final do encontro, realmente trata-se de um posicionamento político nosso. Na opinião, não só da gestão, mas de toda a delegação da UERJ presente ao ENEH e que acompanhou as plenárias, a história da mulher deve ser incorporada à história do Brasil e não figurar como disciplina à parte.

Não somos a favor de sectarizar as lutas. Não somos a favor de estudarmos a “história do pensamento vago”, enquanto poderíamos preencher o programa das nossas disciplinas com a resistência feminina e negra, por exemplo. Por que, ao estudarmos Brasil Império, não vemos a resistência negra? Parece que a abolição foi um presente da Princesa Isabel. Ou por que, em história contemporânea, não aprendemos que foi o movimento feminino operário que criou o Dia Internacional da Mulher (08 de março)? Será que teríamos que fazer disciplinas a parte para estudarmos esses tópicos, ou, na nossa proposta, esses temas é que deveriam ser os pontos abordados nas disciplinas que já possuímos?

Fato é que nada disso justifica nos tachar de machistas, racistas ou qualquer outra coisa que fomos covardemente chamados nos últimos dias pela UERJ. “A Prática Como Critério da Verdade”, já dizia Lenin. Vemos quem é quem no dia a dia, a partir das nossas ações. Vejamos, portanto, algumas ações racistas, homofóbicas e machistas do CAHIS. Exatamente na mesma edição do "Jornal do CAHIS", no Editorial, lamentamos a pichação homofóbica (“fulano de tal é um ‘viado’ aidético”) surgida no banheiro masculino há alguns meses, e a classificamos como “preconceito medieval que insiste em persistir”.

Os apressados em crucificar o CAHIS também, deliberadamente, não leram, ainda na mesma edição machista, racista e homofóbica do jornal, o texto do membro da Gestão Gabriel (“A marcha fúnebre prossegue”), em que o mesmo convoca todos os estudantes do curso, entre outras coisas, a estarem de luto por aquelas “vítimas de todo o tipo de opressão”. Meses atrás, o CAHIS denunciou, no mesmo jornal taxado de "racista, machista e homofóbico", o ataque às cotas por figuras nefastas da cena política brasileira, como Demétrio Magnoli e a família Bolsonaro, não como simples posição acadêmica, mas pelo racismo que não conseguem esconder. E, para finalizar, uma das mesas-redondas da VIII Semana de História promovida pelo CAHIS recentemente foi (vejam só que opressivo!) “Direitos Civis, história e ‘minorias’: mulheres, negros e LGBTT”. Vamos esperar agora que os detratores do CAHIS apresentem suas mobilizações feitas na UERJ contra as opressões, sabendo que provavelmente iremos esperar em vão.

Mas há um problema mais grave. Existe uma linha tênue entre a inocência e a falta de caráter. A aluna pivô das críticas contra o CAHIS estava presente no ENEH, votou a favor da nossa proposta contra a sectarização das lutas, segundo os demais presentes alunos da UERJ, e sabe muito bem que as referidas brincadeiras não são “um ataque aos estudantes no encontro”, mas sim, típicas piadas individuais de colegas de curso em um ônibus na estrada. Por que ela escreveu tudo isso, sendo que estava presente em todos os momentos em que essas brincadeiras nasceram?

Por que, nos perguntamos, tais críticas aparecem bem no momento em que são anunciadas as eleições do CAHIS? Por que, antes de qualquer discussão interna, a referida aluna escreveu uma carta de ameaça à gestão, exigindo retratações, panfletou uma moção de repúdio no corredor e divulgou a tal moção para vários C.A.s do Brasil afora pela Internet, a qual só tomamos notícia por busca no Google? Trata-se de um plano deliberado de desestabilização e difamação da Gestão que dirige o CAHIS.

Bem, comunicamos a todos os interessados que a referida aluna que criou toda essa discussão procurou, por mais de uma vez, os membros da Gestão, antes e depois do ENEH, pedindo para fazer parte da próxima direção do CAHIS. Nada de novo, visto que nos últimos anos fomos assediados por vários partidos políticos que “pediram” para que “colocássemos” o aluno X ou Y na gestão do CAHIS. Sempre obtiveram um não como resposta.

Em nosso projeto de Centro Acadêmico, só há espaço para o trabalho sério e honesto. O CAHIS, enquanto estivermos à frente da direção, nunca se tornará correia de transmissão partidária, nem espaço de aparelhismo por parte de grupos políticos, como outros C.A.s se tornaram. Não adianta se colocar como representante do partido político tal e não ter prática dentro do curso.

Para participar de uma chapa e consequentemente de uma gestão conosco, é preciso mostrar, no cotidiano do curso, seriedade e vontade de trabalhar. Pertencer a partidos ou ter experiência de militância fora da universidade de forma alguma supera a dedicação diária no curso. E é isso que legitima uma gestão frente ao corpo que ela representa As lutas e a confiança se constroem na coletividade. Dessa forma é que as assembleias do CAHIS estão cada vez mais cheias e alunos de fora da gestão pegam tarefas para realizarem, como ocorreu recentemente com o Cine-Clube, a revista acadêmica, as reivindicações como a RAV-92 e a produção de artigos para o "Jornal do CAHIS", sem contar a participação nos eventos.

O oportunismo eleitoreiro de certos grupos políticos chegou ao curso de História da UERJ. Mas nada há a temer. Por mais que se utilizem da difamação e da covardia, os “militantes profissionais” não sobrepujarão nosso trabalho construído ao longo dos anos, nem as calúnias proferidas pelos corredores nos desanimarão. “Os cães ladram, mas a caravana passa”. Nos vemos na luta, porque podem ter certeza, é onde sempre nos encontrarão.

Centro Acadêmico de História UERJ – Gestão Filhos da Pública IV

ESTÁGIO NO ARQUIVO NACIONAL

Em novembro será feita uma grande seleção de estágio para o Arquivo Nacional. Informações:

BOLSA: Bolsa-UERJ (350 reais)

HORÁRIO: flexivel (dias a combinar - de acordo com a disponibilidade do estagiário e do Arquivo)

TRABALHO: Organização e descrição de documentos; alimentação de base de dados online.

REQUISITO: Estar cursando História, Ciências Sociais ou Filsofia (Maracanã ou FFP)

PERÍODO: Qualquer um .

INÍCIO: convocação a partir de janeiro de 2011. Ao longo do ano serão chamados por ordem de colocação.

Interessados, favor enviar email com currículo vitae para thiagocavaliere@arquivonacional.gov.br

Chamada Para a Comissão Eleitoral do CAHIS

Alun@s que se interessam por auxiliar o processo eleitoral, participando da comissão eleitoral, por favor, comparecer à reunião no dia 03 de novembro às 12:30 (sala 9038 F) ou 19:30 (sede do CAHIS), para divisão de tarefas e escalas de horários.


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Calendário eleitoral aprovado na última Assembleia do dia 21/10

08 a 12 de novembro: inscrição de chapas

16 a 22 de novembro: campanha

23, 24 e 25 de novembro: eleição

Os interessados em inscrever chapas enviar um e-mail para cahisuerj@hotmail.com, no período acima indicado, com nome completo e matrícula dos componentes. Além de, no mesmo período, entregar o RID (impresso) de todos os componentes para algum membro da comissão eleitoral.

ALUNOS DE HISTÓRIA DA UERJ CRIAM BLOG

Os estudantes de História Mariana Albuquerque, Fernanda Carvalho, Bruno Misceno, Vinicius Vieira e Alex Carneiro criaram o blog Ítaca.

Leiam e comentem: http://www.itaca-historia.blogspot.com/

Aqueles que quiserem divulgar seus blogs entrem em contato com a "Gestão FILHOS DA PÚBLICA IV": cahisuerj@hotmail.com

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

JORNAL DO CAHIS EDIÇÃO 23

Já está circulando a edição de outubro do JORNAL DO CAHIS.

Leia esse mês:

-CAHIS REALIZA MAIS UMA SEMANA DE HISTÓRIA: DISCUSSÕES ABRANGENDO A REALIDADE DE TODOS OS PÚBLICOS, ATIVIDADES CULTURAIS, APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS DOS ALUNOS, MINI-CURSOS, UMA SEMANA CHEIA DE ATIVIDADES

-UNIVERSO EM DESENCANTO, UNIVERSIDADE NA CONTRA-MÃO DO PROCESSO CIENTÍFICO

-PENSAMENTO LIVRE: AS ALUNAS FERNANDA CARVALHO E MARIANA ALBUQUERQUE COLABORAM PARA ESSA EDIÇÃO

-INCOMPETÊNCIA DAS ESQUERDAS EM PROMOVER UMA CANDIDATURA AMPLA E POPULAR OBRIGA O POVO A VOTAR EM DILMA, UM VOTO ANTI-SERRA

-TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO: CONTINUAÇÃO DA SÉRIE DE MATÉRIAS ESCRITA POR GERALDO SERGIUS ALVIM GUIMARÃES

-MOÇÕES, FALÁCIAS E BRINCADEIRAS PARTIDÁRIAS: AQUELES QUE SE CONSIDERAM DE ESQUERDA E FAZEM CORO COM A DIREITA PROCURAM MOTIVO PARA CRITICAR O CAHIS, MAS SE ESQUECEM DE CRITICAR O GOVERNADOR E O REITOR, VERDADEIROS OPRESSORES DOS ESTUDANTES DA UERJ

E ainda
CONJUNTURA INTERNACIONAL, BOLETIM DA LUTA, PRESTAÇÃO DE CONTAS

Dividir informação é combater a opressão
JORNAL DO CAHIS - o único jornal mensal editado por um Centro Acadêmico na UERJ

CENTRO ACADÊMICO DE HISTÓRIA
Gestão FILHOS DA PÚBLICA IV

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

ESCRITO POR THEOTONIO DOS SANTOS

Transcrito integralmente de http://theotoniodossantos.blogspot.com/2010/10/carta-aberta-fernando-henrique-cardoso.html

CARTA ABERTA A FERNANDO HENRIQUE CARDOSO.

Meu caro Fernando

Vejo-me na obrigação de responder a carta aberta que você dirigiu ao Lula, em nome de uma velha polêmica que você e o José Serra iniciaram em 1978 contra o Rui Mauro Marini, eu, André Gunder Frank e Vânia Bambirra, rompendo com um esforço teórico comum que iniciamos no Chile na segunda metade dos nos 1960. A discussão agora não é entre os cientistas sociais e sim a partir de uma experiência política que reflete comtudo este debate teórico. Esta carta assiada por você como ex-presidente é uma defesa muito frágil teórica e politicamente de sua gestão. Quem a lê não pode compreender porque você saiu do governo com 23% de aprovação enquanto Lula deixa o seu governo com 96% de aprovação. Já discutimos em várias oportunidades os mitos que se criaram em torno dos chamados êxitos do seu governo. Já no seu governo vários estudiosos discutimos, já no começo do seu governo, o inevitável caminho de seu fracasso junto à maioria da população. Pois as premissas teóricas em que baseava sua ação política eram profundamente equivocadas e contraditórias com os interesses da maioria da população. (Se os leitores têm interesse de conhecer o debate sobre estas bases teóricas lhe recomendo meu livro já esgotado: Teoria da Dependencia: Balanço e Perspectivas, Editora Civilização Brasileira, Rio, 2000).

Contudo nesta oportunidade me cabe concentrar-me nos mitos criados em torno do seu governo, os quais você repete exaustivamente nesta carta aberta.

O primeiro mito é de que seu governo foi um êxito econômico a partir do fortalecimento do real e que o governo Lula estaria apoiado neste êxito alcançando assim resultados positivos que não quer compartir com você... Em primeiro lugar vamos desmitificar a afirmação de que foi o plano real que acabou com a inflação. Os dados mostram que até 1993 a economia mundial vivia uma hiperinflação na qual todas as economias apresentavam inflações superiores a 10%. A partir de 1994, TODAS AS ECONOMIAS DO MUNDO APRESENTARAM UMA QUEDA DA INFLAÇÃO PARA MENOS DE 10%. Claro que em cada pais apareceram os “gênios” locais que se apresentaram como os autores desta queda. Mas isto é falso: tratava-se de um movimento planetário.

No caso brasileiro, a nossa inflação girou, durante todo seu governo, próxima dos 10% mais altos. TIVEMOS NO SEU GOVERNO UMA DAS MAIS ALTAS INFLAÇÕES DO MUNDO. E aqui chegamos no outro mito incrível. Segundo você e seus seguidores (e até setores de oposição ao seu governo que acreditam neste mito) sua política econômica assegurou a transformação do real numa moeda forte. Ora Fernando, sejamos cordatos: chamar uma moeda que começou em 1994 valendo 0,85 centavos por dólar e mantendo um valor falso até 1998, quando o próprio FMI exigia uma desvalorização de pelo menos uns 40% e o seu ministro da economia recusou-se a realizá-la “pelo menos até as eleições”, indicando assim a época em que esta desvalorização viria e quando os capitais estrangeiros deveriam sair do país antes de sua desvalorização, O fato é que quando você flexibilizou o cambio o real se desvalorizou chegando até a 4,00 reais por dólar. E não venha por a culpa da “ameaça petista” pois esta desvalorização ocorreu muito antes da “ameaça Lula”. ORA, UMA MOEDA QUE SE DESVALORIZA 4 VEZES EM 8 ANOS PODE SER CONSIDERADA UMA MOEDA FORTE? Em que manual de economia? Que economista respeitável sustenta esta tese?

Conclusões: O plano real não derrubou a inflação e sim uma deflação mundial que fez cair as inflações no mundo inteiro. A inflação brasileira continuou sendo uma das maiores do mundo durante o seu governo. O real foi uma moeda drasticamente debilitada. Isto é evidente: quando nossa inflação esteve acima da inflação mundial por vários anos, nossa moeda tinha que ser altamente desvalorizada. De maneira suicida ela foi mantida artificialmente com um alto valor que levou à crise brutal de 1999.

Segundo mito; Segundo você, o seu governo foi um exemplo de rigor fiscal. Meu Deus: um governo que elevou a dívida pública do Brasil de uns 60 bilhões de reais em 1994 para mais de 850 bilhões de dólares quando entregou o governo ao Lula, oito anos depois, é um exemplo de rigor fiscal? Gostaria de saber que economista poderia sustentar esta tese. Isto é um dos casos mais sérios de irresponsabilidade fiscal em toda a história da humanidade.

E não adianta atribuir este endividamento colossal aos chamados “esqueletos” das dívidas dos estados, como o fez seu ministro de economia burlando a boa fé daqueles que preferiam não enfrentar a triste realidade de seu governo. UM GOVERNO QUE CHEGOU A PAGAR 50% AO ANO DE JUROS POR SEUS TÍTULOS, PARA EM SEGUIDA DEPOSITAR OS INVESTIMENTOS VINDOS DO EXTERIOR EM MOEDA FORTE A JUROS NORMAIS DE 3 A 4%, NÃO PODE FUGIR DO FATO DE QUE CRIOU UMA DÍVIDA COLOSSAL SÓ PARA ATRAIR CAPITAIS DO EXTERIOR PARA COBRIR OS DÉFICITS COMERCIAIS COLOSSAIS GERADOS POR UMA MOEDA SOBREVALORIZADA QUE IMPEDIA A EXPORTAÇÃO, AGRAVADA AINDA MAIS PELOS JUROS ABSURDOS QUE PAGAVA PARA COBRIR O DÉFICIT QUE GERAVA. Este nível de irresponsabilidade cambial se transforma em irresponsabilidade fiscal que o povo brasileiro pagou sob a forma de uma queda da renda de cada brasileiro pobre. Nem falar da brutal concentração de renda que esta política agravou dráticamente neste pais da maior concentração de renda no mundo. VERGONHA FERNANDO. MUITA VERGONHA. Baixa a cabeça e entenda porque nem seus companheiros de partido querem se identifica com o seu governo...te obrigando a sair sozinho nesta tarefa insana.

Terceiro mito - Segundo você, o Brasil tinha dificuldade de pagar sua dívida externa por causa da ameaça de um caos econômico que se esperava do governo Lula. Fernando, não brinca com a compreensão das pessoas. Em 1999 o Brasil tinha chegado à drástica situação de ter perdido TODAS AS SUAS DIVISAS. Você teve que pedir ajuda ao seu amigo Clinton que colocou à sua disposição ns 20 bilhões de dólares do tesouro dos Estados Unidos e mais uns 25 BILHÕES DE DÓLARES DO FMI, Banco Mundial e BID. Tudo isto sem nenhuma garantia.

Esperava-se aumentar as exportações do pais para gerar divisas para pagar esta dívida. O fracasso do setor exportador brasileiro mesmo com a espetacular desvalorização do real não permitiu juntar nenhum recurso em dólar para pagar a dívida. Não tem nada a ver com a ameaça de Lula. A ameaça de Lula existiu exatamente em conseqüência deste fracasso colossal de sua política macro-econômica. Sua política externa submissa aos interesses norte-americanos, apesar de algumas declarações críticas, ligava nossas exportações a uma economia decadente e um mercado já copado. A recusa dos seus neoliberais de promover uma política industrial na qual o Estado apoiava e orientava nossas exportações. A loucura do endividamento interno colossal. A impossibilidade de realizar inversões públicas apesar dos enormes recursos obtidos com a venda de uns 100 bilhões de dólares de empresas brasileiras. Os juros mais altos do mundo que inviabilizava e ainda inviabiliza a competitividade de qualquer empresa. Enfim, UM FRACASSO ECONOMICO ROTUNDO que se traduzia nos mais altos índices de risco do mundo, mesmo tratando-se de avaliadoras amigas. Uma dívida sem dinheiro para pagar... Fernando, o Lula não era ameaça de caos. Você era o caos. E o povo brasileiro correu tranquilamente o risco de eleger um torneiro mecânico e um partido de agitadores, segundo a avaliação de vocês, do que continuar a aventura econômica que você e seu partido criou para este pais.

Gostaria de destacar a qualidade do seu governo em algum campo mas não posso faze-lo nem no campo cultural para o qual foi chamado o nosso querido Francisco Weffort (neste então secretário geral do PT) e não criou um só museu, uma só campanha significativa. Que vergonha foi a comemoração dos 500 anos da “descoberta do Brasil”. E no plano educacional onde você não criou uma só universidade e entou em choque com a maioria dos professores universitários sucateados em seus salários e em seu prestígio profissional. Não Fernando, não posso reconhecer nada que não pudesse ser feito por um medíocre presidente.

Lamento muito o destino do Serra. Se ele não ganhar esta eleição vai ficar sem mandato, mas esta é a política. Vocês vão ter que revisar profundamente esta tentativa de encerrar a Era Vargas com a qual se identifica tão fortemente nosso povo. E terão que pensar que o capitalismo dependente que São Paulo construiu não é o que o povo brasileiro quer. E por mais que vocês tenham alcançado o domínio da imprensa brasileira, devido suas alianças internacionais e nacionais, está claro que isto não poderia assegurar ao PSDB um governo querido pelo nosso povo. Vocês vão ficar na nossa história com um episódio de reação contra o vedadeiro progresso que Dilma nos promete aprofundar. Ela nos disse que a luta contra a desigualdade é o verdadeiro fundamento de uma política progressista. E dessa política vocês estão fora.

Apesar de tudo isto, me dá pena colocar em choque tão radical uma velha amizade. Apesar deste caminho tão equivocado, eu ainda gosto de vocês ( e tenho a melhor recordação de Ruth) mas quero vocês longe do poder no Brasil. Como a grande maioria do povo brasileiro. Poderemos bater um papo inocente em algum congresso internacional se é que vocês algum dia voltarão a freqüentar este mundo dos intelectuais afastados das lides do poder.

Com a melhor disposição possível mas com amor à verdade, me despeço

Theotonio Dos Santos
thdossantos@terra.com.br, /theotoniodossantos.blogspot.com/

Theotonio Dos Santos é Professor Emérito da Universidade Federal Fluminense, Presidente da Cátedra da UNESCO e da Universidade das Nações Unidas sobre economia global e desenvolvimentos sustentável. Professor visitante nacional sênior da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Palestra com a Professora Anita Prestes Dia 27/10


Nem passou um mês da Semana de História e o CAHIS produz mais um evento de grande expressão valendo certificado. Melhor do que trazer gente pra falar de História, a "Gestão FILHOS DA PÚBLICA IV" traz quem fez a História.

A Professora Anita Leocádia Prestes, filha de Luiz Carlos Prestes e de Olga Benário, falará sobre a Coluna Prestes, a grande epopeia da História do Brasil liderada por seu pai.


"Coluna Prestes: uma epopeia brasileira"
Palestra com a Professora Anita Leocádia Prestes
27/10/2010
RAV-94
19:30.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

ASSEMBLEIA DO CAHIS

Pauta:

-REVISTA ACADÊMICA
-PRINCIPAIS REIVINDICAÇÕES:
1-RAV-92
2-CASO ASPÁSIA: ABERTURA DE SINDICÂNCIA
3-BIBLIOTECA DA PÓS
-ELEIÇÕES DO CAHIS 2010/2011

21 de outubro de 2010, 12h30 (Sala 9038 F) e 19h30 (Sede do CAHIS)

Serra e tucanos são vaiados ao fazer campanha dentro de igreja durante romaria

Transcrito de http://www2.tijolaco.com/28775

Tasso tenta agredir padre que denunciou uso da fé

José Serra, o candidato que não faz propaganda em comício, faz propaganda “com a missa” foi colocado numa saia justa hoje (16 de outubro).

Ele quis se aproveitar dos festejos em homenagem a São Francisco no município de Canindé, no sertão do Ceará e lá desembarcou com Tasso Jereissati, o “coronel-senador” abatido nas urnas pelo povo cearense.

Não contava, porém, com que o padre que oficiou a missa não estivesse na turma dos fariseus.

Segundo o relato do repórter Ítalo Coriolano , do jornal O Povo , “o padre Francisco, que celebrava a cerimônia, começou a se queixar. Disse que quem estava lá para causar tumulto se retirasse, porque o povo lá estava para ouvir São Francisco, e não políticos.

Serra e Tasso estavam na plateia, em local de destaque.

Já no fim da missa, o padre mostrou panfleto de Serra com críticas a Dilma em temas relativos a religiosidade. E disse que ninguém podia falar em nome da Igreja e que aquela não era a posição da Igreja.

Tasso, que estava na frente, não se conteve e partiu para cima do padre, chamando-o de petista. Foi contido por assessora e por sua esposa.”

Os panfletos a que se referiu o padre estão sendo impressos aos milhões É vergonhoso o que estão fazendo com a devoção e a fé das pessoas. As igrejas, católicas ou protestantes, estão sendo vilipendiadas por gente farisaica, que quer usar sordidamente os templos como comitês eleitorais.

domingo, 17 de outubro de 2010

Partido da Imprensa Golpista

Ontem eles defenderam o golpe civil-militar de 1964. Hoje eles querem Serra presidente. Este é o "Partido da Imprensa Golpista". E você, ainda acredita na "impren$a burgue$a"?

sábado, 16 de outubro de 2010

O sucesso da Semana de História

Entre 4 e 8 de outubro de 2010, o CAHIS realizou o maior evento de sua história. A VIII Semana de História UERJ 2010 foi um grande sucesso.

A RAV-94 ficou lotada em todos os eventos. Foi uma semana cheia de compromissos: mini-curso da Professora Maria Regina Candido durante a manhã, seguido pelas mesas-redondas, apresentação de trabalho dos estudantes durante a tarde e de noite, outras mesas de debates.


Panorama da RAV-94 durante um dos debates da Semana de História.

Mostramos a História que interessa ao povo brasileiro. Não teve espaço para "história do caco de vidro", "história das nádegas na Viena dos oitocentos" ou "história das relações entre os públicos leitores internacionais".

Recebido pelos membros da Gestão FILHOS DA PÚBLICA IV na sala do CAHIS, Adalberto Cândido aparece na foto ao lado do grafite que representa seu pai, João Cândido, herói do povo brasileiro.

Prova desse interesse é ver as salas lotadas durante todo o evento. Gente que viu as ilustres presenças dos principais professores da UERJ, de grandes nomes das outras Universidades, de representantes do MST e do MTST e até de Adalberto Cândido, filho do Almirante Negro e herói nacional João Cândido. O encerramento da Semana de História contou com o lançamento do CD do nosso colega Bruno Alemão (8ºP/N), que cantou seus raps ao vivo na entrada do 9º andar.

A "Gestão FILHOS DA PÚBLICA IV" agradece a todos os palestrantes, monitores e às dezenas de alunos que prestigiaram a Semana de História. O CAHIS continuará se esforçando em esclarecer os cidadãos para uma Universidade pública, laica e transformadora.

Salas lotadas: uma constante durante os cinco dias de evento.

Confiram algumas imagens do evento em http://www.flickr.com/photos/cahisuerj2010

Em breve, serão emitidos os certificados. Entraremos em contato por Correio Eletrônico, pelo Blog e nas salas de aula.

Apoio
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
SR-1
Realização

CENTRO ACADÊMICO DE HISTÓRIA
"Gestão FILHOS DA PÚBLICA IV"

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

9º ANDAR QUER RAV-92 FUNCIONANDO



Em 28 de setembro, os Centros Acadêmicos de Ciências Sociais, História e Filosofia mais uma vez se uniram em prol de uma causa dos alunos do IFCH. Protestos de manhã e de noite mostraram a insatisfação dos alunos com o abandono da RAV-92, usada pela SR-3 e pelo CTE como depósito de entulho.

Depois de várias reuniões dos alunos com a Prefeitura dos Campi e com a Reitoria, a RAV-92 teve uma data de reabertura: março... de 2009. Desde então, a sala continua fechada, e os alunos são obrigados a dividir a minúscula e arcaica RAV-94.

Os alunos continuarão cobrando a reabertura de mais esse feudo intocado da UERJ.

UNIÃO DAS REPÚBLICAS SOCIALISTAS DO 9º ANDAR CACIS-CAFIL-CAHIS