segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Resposta da Telesur - Brasil ao editorial da Folha de São Paulo

Reproduzimos abaixo artigo de Beto Almeida, diretor da Telesur no Brasil, sobre os ataques do jornal Folha de São Paulo a Telesur em relação à cobertura das revoluções árabes.
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Por Beto Almeida

Com o título de "TV Companheira", o jornal Folha de São Paulo – que tem o nome marcado por ter defendido e colaborado com operações da ditadura em torturas e mortes de prisioneiros políticos - publicou, nesta sexta-feira, artigo de Eliane Cantanhede tentando atingir, sem o lograr, a credibilidade jornalística da Telesur, La nueva televisión del sur, em seu esforço de cobrir a crise na Líbia.
Há muitas lições a partir da precária nota da jornalista. Primeiramente, está escancarado que a grande mídia comercial brasileira, seguindo orientações dos conglomerados internacionais midiáticos, editorialmente controlados pelas indústrias bélicas, petroleiras e a ditadura financeira, sempre protegeram os ditadores do Oriente Médio que serviram e ainda servem a estes interesses. A Folha de São Paulo está dentro deste leque de proteção aos "ditadores amigos". Assim é que durante mais de 30 anos protegeu Mubaraki, tratando-o como o árabe moderado, porque transformou o Egito em cúmplice do massacre do povo palestino por Israel, com o apoio de Washington.
Durante 30 anos a Folha de São Paulo jamais cobrou eleições diretas ou democracia no Egito, mas, revelando a imensa hipocrisia da sua linha editorial de dois pesos, duas medidas, engajou-se na campanha dos oligopólios midiáticos mundiais contra o governo da Venezuela que, em 12 anos, eleito pelo voto, realizou mais de 15 eleições, plebiscitos e referendos livres, vencendo 14 deles e respeitando democraticamente o único resultado eleitoral adverso registrado.

"Ditaduras amigas" foram protegidas
A reportagem de Telesur está sim na Líbia, como esteve no Egito e na Tunísia, para oferecer uma cobertura com linha editorial diferenciada, sem qualquer influência do poder petroleiro comandado pelos países imperialistas. Telesur não descobriu somente agora que Mubaraki era um ditador e que saqueou recursos do povo egípcio, bem como seu comparsa Ben Ali, tunisiano, sempre protegidos pelos grandes países imperiais como EUA, França, Inglaterra etc, por se transformarem em peões da política que facilita a intervenção militar imperialista no mundo árabe, com o óbvio objetivo de rapina sobre suas imensas riquezas energéticas, das quais são tão dependentes.
A linha editorial que protegia Mubaraki era a mesma que sempre condenou a Kadafi. Não supreende. Kadafi nacionalizou a riqueza petroleira da Líbia e usou esta extraordinária receita para transformar o país, hoje possuidor do mais elevado IDH da África e dos mais elevados no mundo árabe. Este exemplo chocava com os interesses imperialistas. Preferiam que Kadafi fosse como a oligarquia que reina sobre a Arábia Saudita, a mais maquiavélica das ditaduras da região, sob a proteção da mídia comercial internacional, inclusive a Folha de São Paulo. E sem uma linha sequer da articulista que esboce qualquer reivindicação democrática para este país, cujo petróleo é rigorosamente controlado por empresas dos EUA. Portanto, rigorosamente diferente da Líbia, onde o petróleo foi estatizado permitindo uma elevação do padrão de vida do povo, com progressos reconhecidos internacionalmente nos serviços públicos e gratuitos de educação e saúde, com uma renda per capta e um salário mínimo que superam em muito os registrados no Brasil e na Argentina. Estas informações, nunca circularam nem no fluxo internacional da mídia comandada pelos poderes do petróleo, das armas ou do dinheiro, muito menos aqui na submissa Folha de São Paulo.
Ao contrário desta linha editorial complacente com os crimes que se comentem contra os povos árabes, em particular contra o povo palestino, a Telesur , em sua curta existência pouco mais de 5 anos de vida, procura revelar, com critérios jornalísticos, a falsidade e hipocrisia dos discursos pseudo-democráticos. Tais discursos servem sempre de parâmetros para as coberturas que tentam esconder, sob o palavreado democrático, o objetivo fundamental que esta mídia cumpre: dar suporte e favorecer o controle total das riquezas energéticas do Oriente Médio pelos trustes imperialistas. É por esta razão que a Folha de São Paulo tenta, inutilmente, atacar a Telesur, porque questiona e se diferencia do jornalismo obediente ao poder bélico-petroleiro que tantas vidas ceifa na região, inclusive na própria Líbia, tantas vezes bombardeada, agredida e boicotada pelos países membros da Otan.
É a subserviência a esta política imperial que leva a Folha e sua articulista a afrontarem as políticas externas soberanas que os países do eixo sul-sul estão desenhando, com o objetivo de libertarem-se das algemas da OTAN, inclusive postulando a criação de uma Organização do Tratado do Atlântico Sul. Tal proposta é defendida por Kadafi e vários outros países sistematicamente criticados pela linha editorial da Folha. Essa é, certamente, uma das tantas razões que levou Kadafi a ter sido sempre condenado pelos imperialistas, pela ONU, pela OTAN. Vale lembrar que Kadafi teve sua residência destruída por um bombardeio ordenado por Bill Clinton, no qual morreu sua filha recém-nascida. A articulista escreveu algum protesto na época? Ou lamentou que a pontaria poderia ter sido mais certeira?

Hipocrisia editorial
Mubaraki foi protegido e elogiado por este jornalismo tipo Folha de São Paulo - que, aliás, não chamava Pinochet de ditador, mas de presidente - porque comandou o retrocesso das conquistas socioeconômicas que o Egito havia alcançado durante a Era Nasser. Tal como aqui a Folha serve aos interesses estrangeiros e de seus prepostos internos que operaram para demolir as conquistas da Era Vargas.
A complacência e a tolerância para com a ditadura de Mubaraki devem-se ao fato dele desconstruir o nacionalismo revolucionário de Nasser, aliado da Líbia e da Síria, colocando o Egito na posição de ser um vergonhoso coadjuvante da macabra política israelense na região, a serviço da indústria petroleira imperial. Mas, os milhões de egípcios nas praças estão escrevendo outra história para aquele país!
Telesur conta esta história. Faz jornalismo para revelar o direito histórico da luta dos povos árabes por sua independência, por sua soberania. É por isso que incomoda tanto. É por isso que agressão da Folha não surpreende, faz parte da blitz midiática internacional que sustenta o intervencionismo militar dos grandes países imperialistas. Esta mídia atua como os clarins que anunciam e clamam pela guerra!
Independente do desfecho que esta crise na Líbia produzirá, a esta altura imprevisível, não há como não perceber a imensa hipocrisia jornalística dos que se calam diante dos sanguinários bombardeios que estão caindo agora mesmo sobre a população civil no Afeganistão, ilegalmente ocupado pelos EUA, ou no Iraque, onde mais de um milhão de vidas foram dizimadas a partir de uma guerra iniciada por meio de grosseiras falsificações de notícias sobre a existência de armas químicas naquele país, fraude jornalística que a Folha de São Paulo endossou, o que lhe retira qualquer moral, juntamente à assessoria que prestou à ditadura militar no Brasil, para reivindicar democracia ou clamar por direitos humanos.

Colônia petroleira
Provavelmente, a crise atual na Líbia tenha também explicação pelos erros cometidos pelo seu governo, entre eles, provavelmente o mais grave, o de ter realizado inesperados e improdutivos acordos com os EUA, com a Inglaterra, com o FMI, inclusive dando início a medidas de privatização injustificáveis e abrindo mão, unilateralmente, do programa de energia nuclear, bobagem que o Irã e o Brasil, mesmo sob pressão, indicam não estarem dispostos a cometer.
As concessões de Kadafi aos patrocinadores da morte e de opressão contra os povos iraquianos, afegão, palestino, entre eles Bush e Blair, aprofundou, certamente, os conflitos internos, agravando as disputas tribais, facilitando a infiltração dos que nunca aceitaram a nacionalização do petróleo líbio. Agora, a Folha de São Paulo, que se crê tão moderna, apresenta-se aliada aos que levantam novamente a bandeira da Líbia do Rei idris, demonstrando preferir operar para o retrocesso histórico da república à monarquia, o que faria da Líbia uma colônia petroleira controlada pelos conglomerados anglo-saxões.
Enquanto as grandes redes oligopólicas de tvs comerciais operam para justificar, auxiliar e assessorar a pilhagem dos recursos energéticos dos povos - por isso assumiram editorialmente as mentiras que justificaram a guerra de rapina contra o Iraque -, a Telesur coloca seu jornalismo a serviço do direito dos povos de conhecerem na íntegra a versão objetiva dos fatos, inclusive dando voz aos povos que lutam, que buscam construir modelos de sociedade em que a soberania sobre seus recursos e o seu uso em benefício da população sejam sagrados.
Telesur tem consciência de quão árdua é a meta de fazer um jornalismo não controlado pelos oligopólios da guerra, do dinheiro e do petróleo. E desta meta não se afastará, pois foi como expressão dos povos que se rebelam na América Latina contra a dominação imperial que nasceu e que assumiu como bandeira o princípio "O nosso Norte, é o Sul".

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

A Líbia não é o Egito


Somente os desavisados, alienados e reacionários podem comparar o Comandante Kadafi aos demais governantes títeres que dominam o Oriente Médio na função de gerentes dos interesses das multinacionais.

Muamar Kadafi é antes de tudo um revolucionários que a 40 anos luta contra o imperialismo e pagou o preço de ter uma filha morta por um covarde bombardeio estadunidense, Kadafi tornou-se governante após uma profunda transformação social e não por mostrar-se serviu ou vendilhão!

O dever do historiador é estar de plantão para jogar luz e verdade onde a imprensa burguesa tenta confundir e caluniar os exemplos de de construção de uma sociedade autônoma.

O que está havendo na Líbia é uma tentativa de golpe de Estado contra o governo popular da Revolução Verde, nessa empreitada estão juntos os imperialistas, os traidores nacionais e até a Al-Qaed.

O Centro Acadêmico de História apóia o Comandante Muamar Kadafi e seu governo revolucionário e conclama aos estudantes de história a estudar todo esse processo a partir de outras fontes que não as ligada ao grande capital!  

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La estrategia de "demonización"
Kadafi abortó el golpe de la CIA y ahora sufre un aislamiento internacional
 
 (IAR Noticias) 23-Febrero-2011
El jefe del régimen libio, Muammar Kadafi aplastó a sangre y fuego el golpe de la CIA (montado en las "revueltas populares"), controla la mayor parte del territorio libio (aunque quedan bolsones de rebelión militar como secuela) y enfrenta, en una segunda fase, una operación de aislamiento internacional y un intento de división interna de sus fuerzas en un escenario de parálisis económica y social.  
 
Informe especial

IAR Noticias/
E
se es el verdadero titulo desarrollado de los hechos que están sucediendo en Libia, silenciados y deformados por la prensa internacional, parte funcional y operativa del eje sionista USA-UE-Israel en su estrategia de apoderamiento de petróleo y recursos estratégicos en los países islámicos situados en el "eje del mal".
Según la prensa internacional, el jefe libio controla el grueso de su ejército, sus fuerzas policiales, y los mukhabarat (servicios de seguridad), y mantiene el mando sobre el movimiento llamado Comité Revolucionario, que monitorea y supervisa las actividades represivas del régimen contra sus enemigos internos.

Dentro de este dispositivo represivo se inserta el Batallón Disuasivo, la conocida Brigada 32, que opera en Ouezzane, cerca de la frontera con Túnez que es comandada por uno de los hijos de Gadafi, Khemis, entrenada para lidiar con revueltas dentro del país.

También se integra la Legión Islámica, creada en los años 80 por musulmanes provenientes de Sahel, señalada por los opositores  como integrada por "mercenarios extranjeros".

"El régimen, en resumen, tiene una gama de mecanismos de represión a su disposición y en el pasado nunca ha mostrado titubeos en responder con brutalidad a la menor señal de protestas", subraya la cadena británica BBC.

La misma prensa internacional que protegió y calló las masacres de Israel en Gaza y en Líbano, que silencia a diario los genocidios de EEUU y la "alianza occidental" en Afganistán, Irak, Pakistán y las zonas petroleras del Cuerno de África, no ahorra munición pesada para condenar el "brutal genocidio" de Kadafi contra su pueblo.

Que, en realidad no es el "pueblo" libio en su conjunto, sino grupos operativos que motorizan las revueltas, armados, entrenados y financiados por la CIA, el Mossad israelí y los servicios "aliados" de Europa.

"El líder libio Muammar Kadafi se aferró al poder el martes al contar con el apoyo cerrado de un ejército leal que se hizo con el control de la capital, en un momento en que una parte importante del este del país parecía haber caído bajo el control de la oposición", señala The Wall Street Journal el vocero  financiero del  Imperio USA.

La información es coincidente con la de las agencias y cadenas internacionales sionistas (parte de la operación golpista contra Kadafi), quienes coinciden en que el "genocida" libio aplastó  "a sangre y fuego" a las manifestaciones en su contra y se replegó bajo el manto del poder militar.

Si consideramos que Libia está cerrada y blindada, y que los titulares y contenidos de la prensa internacional sólo están alimentados por fuentes de la sedición, la conclusión es obvia: Kadafi abortó, exterminó de cuajo, la operación relámpago en su contra utilizando un poder de fuego indiscriminado contra la revuelta callejera.

Y las apreciaciones de las usinas "rebeldes" infiltradas y motorizadas por  CIA y la inteligencia occidental aliada (expresadas en la "información internacional") también son coincidentes.

Salvo algunos grupos del ejercito "rebelados" en el Este, las fuerzas del régimen libio controlan el país, sumido en una profunda parálisis social y económica como consecuencia de la represión militar y los enfrentamientos armados.

La estrategia de "demonización"

Y como sucede habitualmente en estas operaciones de derrocamiento de gobiernos (no "dóciles" al Imperio) disfrazadas de "protestas populares" (así pasó con los golpes fracasados de la "revolución naranja", o con la frustrada maniobra contra el régimen militar birmano) abortada la acción militar encubierta en las calles, comienza la segunda fase de la operación golpista: El aislamiento internacional y la "demonización" del régimen y/o de los lideres de los gobiernos que quedan en pie.

Consecuentemente, Muammar Kadafi, que durante años mantuvo un "bajo perfil" y era elogiado por la prensa internacional como un "arrepentido" de su pasado antiimperialista, mientras abría el grifo petrolero a la voracidad sin limites de los pulpos petroleros occidentales, ahora pasó a ocupar el lugar de un "demonio genocida".

Hay una cuestión verificable y estadística: La prensa internacional, sus analistas superficiales vaciados de cerebro estratégico, no analizan objetivamente los hechos que están sucediendo en Libia. Solo se limitan a "comentar" los titulares escritos por las usinas golpistas (las únicas fuentes existentes) y a proclamar consignas "demonizadoras" del jefe del régimen libio.

Y ante el hecho consumado de una acción relámpago para derrocarlo en las calles, Kadafi hizo lo que cualquier dictador militar de 40 años en el poder haría para preservar su vida y su poder: Exterminar militarmente la revuelta organizada  para evitar el contagio antes de que sea tarde.

En la lógica de la acción reacción, y sin entrar en falsos moralismos de idealización, Washington y la CIA, infiltrando y movilizando grupos de protestas callejeras, le armaron un golpe de estado para derrocarlo y el presidente libio lo aplastó sin miramientos con su aparato militar. La primera fase fracasó.

Ahora, la fase que sigue, la operación de aislamiento y condena internacional al régimen de Kadafi, es un procedimiento calcado, una acción de manual.

Incluso la izquierda más "civilizada"  y sus teóricos, adosados a la ideología "democrática" del sistema de dominio  imperial capitalista, se prende a las "condenas" internacionales digitadas por el eje USA-UE-Israel.

La ONU, los gobiernos mundiales y las organizaciones internacionales que (salvo pocas excepciones) legitiman con su silencio operaciones militares diarias de genocidio en masa de civiles en Medio Oriente, África y Asia, levantan  sus voces indignadas para condenar la "masacre del dictador libio".

Ya sucedió en todos los escenarios de las fracasadas "revoluciones naranja", en las "rebeliones budistas" del sudeste asiático, o en las "rebeliones reformistas" de Irán motorizadas para derrocar al régimen de los ayatolas desde adentro.

Tras el armado de operaciones de "revuelta popular" mediante infiltraciones en grupos opositores locales, en Libia están utilizando un modelo de "iraquización" militar y social orientado a debilitar internamente al régimen de Kadafi  .

Fracasada la operación, ahora quieren dividir a las fuerzas armadas libias controladas por Kadafi e iniciar un proceso de aislamiento que desemboque en un régimen de bloqueo y de sanciones internacionales contra el país petrolero.

Objetivamente en Libia  no hay una "revuelta popular" ingenua  contra Kadafi, sino una acción callejera para derrocar a su régimen desde adentro motorizada por la CIA y el Mossad israelí que siempre actúan juntos, como hermanos simbióticos.

Se lo hicieron en su momento a Saddam Hussein, y siempre fracasaron, dado que el presidente iraquí ahogaba esa movidas internas a sangre y fuego. Razón por la cual, la logia imperial USA se vio obligada a invadir Irak para derrocarlo.

Salvada distancias y escenarios, lo que está pasando con Kadafi en Libia tiene muchas similitudes con el Irak de Saddam Hussein.

El jefe libio, ahogó la sublevación utilizando poder de fuego de alto espectro. Cerró y blindó militarmente a su país, puso un candado a la información de la prensa internacional sionista y puso en marcha una limpieza militar, una operación de cirugía mayor, contra las células operativas del levantamiento.

Es lo que hicieron algunos regimenes pro-rusos cuando abortaron en sus países la "revolución naranja".

En el terreno de la acción militar, Kadafi exterminó la acción relámpago para derrocarlo desde adentro.

Ahora deberá resistir a otro frente de guerra por otras vías: Las operaciones diplomáticas y la acción mediática internacional para estrangular económicamente a su régimen.

Una guerra donde el petróleo libio, puede servirle a Kadafi como carta de triunfo para dividir al eje sionista USA-UE e impedir una acción conjunta en su contra.

Esto es solo el comienzo.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Semana de Recepção aos Calouros - Calourada do CAHIS


A Semana de Recepção aos Calouros 2011 é organizada pelo Centro Acadêmico de História, com o tema "Guerrilha". Com o intuito de integrar os novos colegas de curso, o CAHIS propõe uma semana recheada de atrações acadêmicas e culturais com filmes, debates e uma festa porque ninguém é de ferro.

Serão exibidos três documentários sobre a luta armada na resistência à Ditadura instalada no Brasil em 1964, seguidos de debates com ex-guerrilheiros e ativistas contra o regime.
E pra fechar com chave de ouro uma grande festa com direito a roda de samba e a bateria da Unidos do Jacarezinho.
Segue a Programação:

Exibição do Filme Caparaó (2006 – Direção: Flávio Federico – Duração: 77 Min.) seguido de debate com o ex-comandante integrante da Guerrilha do Caparaó, Jacques Dornellas.

Sinopse: No alto da Serra do Caparaó, divisa entre Espírito Santo e Minas Gerais, em agosto de 1966, um grupo formado em sua maioria por ex-militares expurgados pelo regime vive em condições precárias na tentativa de preparar o que seria o início de uma grande reação nacional contra o regime militar, instaurado após o golpe de 1964.
Data - 15/03/2011 (terça-feira) 8:30(manhã) – 18:00 (noite)
Local – RAV - 94

Exibição do Filme Cidadão Boilesen (2009 - Direção de Chaim Litewski – Duração: 92 Min.) seguido de debate com ex-combatente da ALN, Comandante Clemente.

Sinopse: O filme conta como o empresariado financiou a Operação Bandeirante (Oban), principal órgão de repressão da ditadura militar brasileira. Através da surpreendente vida do ex-presidente da Ultragaz Henning Boilesen, assassinado pela guerrilha em 1971, o documentário revela a ligação política e econômica entre civis/empresários e militares no combate à luta armada. Com dezenas de entrevistados, vasto material iconográfico e documental, Cidadão Boilesen discute o período mais brutal da recente história brasileira.
Data - 16/03/2011 (quarta-feira) 8:30(manhã) – 18:00 (noite)
Local – RAV – 94(manhã) – Auditório 91 (Noite)

Exibição do Filme Marighella - Retrato Falado do Guerrilheiro (2001 - Direção: Sílvio Tendler - Duração: 55 Min.) seguido da apresentação do Centro Acadêmico de História – CAHIS.

Sinopse: Marighella, filme do documentarista brasileiro Silvio Tendler, o documentário conta a história, as polêmicas, as vitórias e derrotas de Carlos Marighella, um dos líderes da luta armada contra a ditadura militar no Brasil. Autor do "Manual do Guerrilheiro Urbano" foi fundador da Ação Libertadora Nacional, primeiro movimento armado pós-64. Foi homenageado com o filme no ano em que completaria 90 anos.

Data - 17/03/2011 (terça-feira) 8:30(manhã) – 18:00 (noite)
Local – RAV – 94

E Sábado, dia 19/03/2011 Festa de Calourada.
Cerveja gelada, Roda de Samba e Bateria da Unidos do Jacarezinho.
Local: Em frente a Capela Ecumênica da UERJ às 14:00


Cartaz da Semena de Recepção aos Calouros 2011 - CAHIS

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Explicação sobre as eletivas.

 

Explicações sobre Eletivas - Centro Acadêmico de História UERJ


Eletiva Definida de Bacharelado – Eletivas da Faculdade de História

Eletiva Restrita de Bacharelado – Eletivas Restritas da Faculdade de História (Não há diferença de ementa entre essas e as definidas, apenas verifique no horário quais são designadas como restritas. As que não tiverem indicação são definidas).

Eletiva Restrita da Licenciatura IFCH – São os Seminários em Ensino de História, que estão no oitavo e nono período do fluxograma.

Eletivas do Campo Pedagógico – São as eletivas na Faculdade de Educação.

Eletiva PCC da Educação - Qualquer eletiva da faculdade de educação que comece com o nome "prática pedagógica", exceto prática pedagógica em educação inclusiva (que é obrigatória para nós, não eletiva).

Exemplos: prática pedagógica minimizadora da indisciplina e violência escolar; prática pedagógica de dinâmica em grupo e por aí vai....

Eletivas Universais – Eletivas que devem ser cursadas em outros cursos (excetuando-se Educação)

Eletivas do CAP – Matérias ministradas por professores do CAP na UERJ

Preste atenção nas siglas antes dos códigos (IFCH, EDU, CAP...). Elas mostram a qual unidade acadêmica pertence tal disciplina.

Centro Acadêmico de História – Gestão Filhos da Pública IV

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Ditadores árabes não mandam, obedecem.

Caros estudantes - O CAHIS posta um texto bastante elucidativo sobre os levantes populares nos países árabes.

Protesto reúne milheres de Egipsios

Tunísia, Egito, Marrocos...Essas “ditaduras amigas”

Os nossos meios de comunicação e jornalistas não insistiram durante décadas que esses dois “países amigos”, Tunísia e Egito, eram “Estados moderados”? A horrível palavra “ditadura” não estava exclusivamente reservada no mundo árabe muçulmano (depois da destruição da “espantosa tirania” de Saddam Hussein no Iraque) ao regime iraniano? Como? Havia então outras ditaduras na região? E isso foi ocultado pelos meios de comunicação de nossa exemplar democracia?

Uma ditadura na Tunísia? No Egito, uma ditadura? Vendo os meios de comunicação se esbaldarem com a palavra “ditadura” aplicada a Tunísia de Bem Alí e ao Egito de Moubarak, os franceses devem estar se perguntando se entenderam ou leram bem. Esses mesmos meios de comunicação e esses mesmos jornalistas não insistiram durante décadas que esses dois “países amigos” eram “Estados moderados”? A horrível palavra “ditadura” não estava exclusivamente reservada no mundo árabe muçulmano (depois da destruição da “espantosa tirania” de Saddam Hussein no Iraque) ao regime iraniano? Como? Havia então outras ditaduras na região? E isso foi ocultado pelos meios de comunicação de nossa exemplar democracia? Eis aqui, em todo caso, um primeiro abrir de olhos que devemos ao rebelde povo da Tunísia. Sua prodigiosa vitória liberou os europeus da “retórica hipócrita de ocultamento” em vigor em nossas chancelarias e em nossa mídia. Obrigados a tirar a máscara, simulam descobrir o que sabíamos há algum tempo (1), a saber, que as “ditaduras amigas” não são mais do que isso: regimes de opressão.

Sobre esse assunto, os meios de comunicação não têm feito outra coisa do que seguir a “linha oficial”: fechar os olhos ou olhar para o outro lado confirmando a ideia de que a imprensa só é livre em relação aos fracos e aos povos isolados. Por acaso Nicolás Sarkozy não teve a altivez de assegurar que na Tunísia “havia uma desesperança, um sofrimento, um sentimento de angústia que, precisamos reconhecer, não havíamos apreciado em sua justa medida”, ao se referir ao sistema mafioso do clã Ben Alí-Trabelsi?

“Não havíamos apreciado em sua justa medida...” Em 23 anos...Apesar de contar, neste país, com serviços diplomáticos mais prolíficos que os de qualquer outro país...Apesar da colaboração em todos os setores da segurança (polícia, inteligência...) (2). Apesar das estâncias regulares de altos responsáveis políticos e midiáticos que estabeleciam ali descomplexadamente seus locais de veraneio...Apesar da existência na França de dirigentes exilados da oposição tunisiana, mantidos marginalizados como pesteados pelas autoridades francesas e com acesso proibido durante décadas aos grandes meios de comunicação... Democracia ruinosa...
O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, afirmou que o ditador egípcio, Hosni Mubarak, é um «homem sábio» que deve permanecer no cargo durante a transição do país para a democracia.
Na realidade, esses regimes autoritários foram (e seguem sendo) protegidos de modo complacente pelas democracias europeias, que desprezaram seus próprios valores sob o pretexto de que constituíam baluartes contra o islamismo radical (3). O mesmo argumento cínico usado pelo Ocidente durante a Guerra Fria para apoiar ditaduras militares na Europa (Espanha, Portugal, Grécia e Turquia) e na América Latina, pretendendo impedir a chegada do comunismo ao poder.

Que formidável lição das sociedades árabes revolucionárias aqueles que, na Europa, os descreviam em termos maniqueístas, ou seja, como massas dóceis submetidas a tiranos orientais corruptos ou como multidões histéricas possuídas pelo fanatismo religioso. E agora, de repente, elas surgem nas telas de nossos computadores e televisores (conferir o admirável trabalho da Al-Jazeera), preocupadas com o progresso social, não obcecadas pela questão religiosa, sedentas de liberdade, cansadas da corrupção, detestando as desigualdades e reclamando democracia para todos, sem exclusões.

Longes das caricaturas binárias, esses povos não constituem de modo algum uma espécie de “exceção árabe”, mas sim se assemelham em suas aspirações políticas ao resto das ilustradas sociedades urbanas modernas. Um terço dos tunisianos e quase um quarto dos egípcios navegam regularmente pela internet. Como afirma Moulay Hicham El Alaoui: “Os novos movimentos já não estão marcados pelos velhos antagonismos como anti-imperialismo, anticolonialismo ou antisecularismo. As manifestações na Tunísia e no Egito são, até aqui, desprovidas de todo simbolismo religioso. Constituem uma ruptura geracional que refuta a tese do excepcionalismo árabe. Além disso, esses movimentos são animados pelas novas metodologias de comunicação da internet. Eles propõem uma nova versão da sociedade civil, onde o rechaço ao autoritarismo anda de mãos dadas com o rechaço à corrupção” (4).

Especialmente graças às redes sociais digitais, as sociedades da Tunísia e do Egito se mobilizaram com grande rapidez e puderam desestabilizar o poder em tempo recorde. Ainda antes de os movimentos terem a oportunidade de “amadurecer” e favorecer a emergência de novos dirigentes entre eles. É uma das raras ocasiões onde, sem líderes, sem organizações dirigentes e sem programa, a simples dinâmica da exasperação das massas bastou para conseguir o triunfo da revolução. Trata-se de um momento frágil e, sem dúvida, as grandes potências já estão trabalhando, especialmente no Egito, para que “tudo mude sem que nada mude”, segundo o velho adágio de O Leopardo. Esses povos que conquistaram sua liberdade devem lembrar a advertência de Balzac: “Se matará a imprensa assim como se mata um povo, outorgando-lhe a liberdade” (5). Nas “democracias vigiadas” é muito mais fácil domesticar legitimamente um povo do que nas antigas ditaduras. Mas isso não justifica sua manutenção. Nem deve ofuscar o ardor de derrubar uma tirania.

A derrocada da ditadura na Tunísia foi tão veloz que os demais povos magrebinos e árabes chegaram à conclusão de que essas autocracias – as mais velhas do mundo – estavam na verdade profundamente corroídas e não eram, portanto, mais do que “tigres de papel”. Esta demonstração está ocorrendo também no Egito.

Daí esse impressionante levante dos povos árabes, que leva a pensar inevitavelmente no grande florescimento das revoluções europeias de 1848, na Jordânia, Iêmen, Argélia, Síria, Arábia Saudita, Sudão e também no Marrocos.

Neste último país, uma monarquia absoluta, na qual o resultado das “eleições” (sempre viciado) é decidido pelo soberano, que designa segundo sua vontade os chamados ministros “da soberania”, algumas dezenas de famílias próximas ao trono continuam controlando a maioria das riquezas (6). Os telegramas divulgados por Wikileaks revelaram que a corrupção chega a níveis de indecência descomunal, maiores que os encontrados na Tunísia de Ben Alí, e que as redes mafiosas teriam todas como origem o Palácio. Trata-se de um país onde a prática da tortura está generalizada e o amordaçamento da imprensa é permanente.

No entanto, como na Tunísia de Ben Alí, esta “ditadura amiga” se beneficia da grande indulgência dos meios de comunicação e da maior parte de nossos responsáveis políticos (7), os quais minimizam os sinais do começo de um “contágio” da rebelião. Quatro pessoas se imolaram, incendiando suas próprias vestes. Produziram-se manifestações de solidariedade com os rebeldes da Tunísia e do Egito em Tânger, Fez e Rabat (8). Acossadas pelo medo, as autoridades decidiram subvencionar preventivamente os artigos de primeira necessidade para evitar as “rebeliões do pão”. Importantes contingentes de tropas do Saara Ocidental teriam sido deslocados aceleradamente para Rabat e Casablanca. O rei Mohamed VI e alguns colaboradores teriam viajado a França no dia 29 de janeiro para consultar especialistas em ordem pública do Ministério do Interior francês (9).

Ainda que as autoridades desmintam as duas últimas informações, está claro que a sociedade marroquina está seguindo os acontecimentos da Tunísia e do Egito, com excitação. Preparados para unir-se ao impulso de fervor revolucionário e quebrar de uma vez por todas as travas feudais. E para cobrar todos aqueles que, na Europa, foram cúmplices durante décadas dessas “ditaduras amigas”.

NOTAS

(1) Ler, por exemplo, de Jacqueline Boucher "La société tunisienne privée de parole" e de Ignacio Ramonet "Main de fer en Tunisie", Le Monde Diplomatique, de fevereiro de 1996 e de julho de 1996, respectivamente.

(2) Quando Mohamed Bouazizi se imolou incendiando-se em 17 de dezembro de 2010, quando a insurreição ganhava todo o país e dezenas de tunisianos rebeldes continuavam caindo sob as balas da repressão, o prefeito de Paris, Bertrand Delanoé, e a ministra de Relações Exteriores, Michèle Alliot-Marie consideravam absolutamente normal ir festejar alegremente em Tunis.

(3) Ao mesmo tempo, Washington e seus aliados europeus, sem aparentemente medir as contradições, apoiam o regime teocrático e tirânico da Arábia Saudita, principal sede do islamismo mais obscurantista e mais expansionista.

(4) http://www.medelu.org/spip.php?article711

(5) Honoré de Balzac, Monographie de la presse parisienne, Paris, 1843.

(6) Ler Ignacio Ramonet, "La poudrière Maroc", Mémoire des luttes, setembro 2008. http://www.medelu.org/spip.php?article111

(7) Desde Nicolas Sarkozy até Ségolène Royal, passando por Dominique Strauss-Kahn, que possui um “ryad” em Marrakesh, os dirigentes políticos franceses não têm o menor escrúpulo em passar suas férias de inverno entre estas “ditaduras amigas”.

(8) El País, 30 de janeiro de 2011- http://www.elpais.com/../Manifestaciones/Tanger/Rabat

(9) Ler El País, 30 de janeiro de 2011 http://www.elpais.com/..Mohamed/VI/va/vacaciones y Pierre Haski, "Le discret voyage du roi du Maroc dans son château de l´Oise", Rue89, 29 de janeiro de 2011. http://www.rue89.com/..le-roi-du-maroc-en-voyage-discret...188096
http://www.elpais.com/../Manifestaciones/Tanger/Rabat

Tradução: Marco Aurélio Weissheimer

http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=17360

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Prestação de Contas CAHIS - Janeiro 2011

Seguindo a programação, o cahis divulga a prestação de contas de janeiro de 2011.




Saldo Inicial: R$ 1603,67 

Gastos: R$ 77,10 (atividade paralela ao CONEB em Niterói)* + R$ 9,60 (passagens) + 20,00 (cópias das chaves)= R$ 106,70

Saldo Final: R$ 1603,67 – R$ 106,70 = R$ 1496,97

*Gastos de Niterói detalhados:

  1. R$ 36,00 – passagens
  2. R$ 32,10 – alimentação
  3. R$ 9,00 – táxi Barcas-UFF
  4. R$ 77,10 – total
Centro Acadêmico de História - Filhos da Pública 5ª Internacional 

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Ato Comemorativo por ocasião dos 12 anos de Revolução Bolivariana e 200 Anos da Independência da Venezuela



Atividade: Projeção do Documentário “Al Sur de la Frontera” de Olivier Stone (legendado)

Data: 02 de Fevereiro de 2011

Hora: 18:00

Lugar: Auditório do Instituto Cultural Brasil- Argentina


Endereço: Edifício Argentina,Praia de Botafogo, nº228, Botafogo, RJ