O CAHIS fez uma pequena homenagem aos funcionários de nossa Unidade. Cada um recebeu um diploma de agradecimento ao atendimento nota 10 prestado aos alunos de História assinado pelo Centro Acadêmico.
A galera que não chega atrasado e ajuda a todos os estudantes diariamente merece é exemplo de funcionarismo público e merece todas as homenagens.
Na foto, Max, Roberto (representando o CAHIS), Ferreira e Priscilla.
Nos últimos dias, a USP (Universidade de São Paulo) tomou conta dos noticiários. O motivo foi o fato estarrecedor da entrada do batalhão de choque da Polícia Militar paulistana no campus para deter a greve dos técnico-administativos. Mais chocante ainda é saber que a invasão da PM foi aprovada no conselho universitário (Consun) da instituição e assinada pela Reitora da USP, Suely Vilela! Os técnico-administrativos reivindicavam o aumento salarial e a soltura de um dos dirigentes do seu sindicato, preso por acusação de depredar o patrimônio da própria universidade. Os trabalhadores decidiram pela greve no final de maio até a concretização das suas demandas, realizando piquetes, no intuito de realmente paralisar os serviços da USP.
Como resposta, a Reitoria autorizou a entrada do batalhão de choque da PM a partir do dia 1º de junho. Diante dessa tentativa de criminalização do movimento dos funcionários, a associação dos professores da USP (ADUSP) resolveu também declarar greve, logo seguida pelo DCE da Universidade. Com isso, a pauta de reivindicações incorporou a posição contrária dos estudantes e professores à UNIVESP, Universidade Virtual do Estado de São Paulo, projeto do governador José Serra (PSDB).
A UNIVESP consiste na ideia de cursos universitários à distância que é apresentada como solução para a ampliação de vagas do Ensino Superior. A concepção de ensino à distância é altamente combativa pelos setores organizados dos docentes e também estudantes. Esse modelo de educação não apresenta a mesma qualidade das aulas presenciais, precarizando um conhecimento, o universitário, que deveria não só pensar e agira em prol da sociedade, mas também, transformá-la.
Desde então, professores, funcionários e alunos tem realizado atos em conjunto dentro do campus contra a ocupação militar realizado pela polícia, contundo, não caindo nas provocações dos policias. O movimento adotou flores como o seu símbolo nos protestos, em uma clara alusão de contraste às atitudes da Reitoria e do governo Serra.
A polarização do momento é essa: o governo Serra já foi derrotado várias vezes na USP com seus projetos mirabolantes e agora, com a UNIVESP, tenta sua cartada final, já que o tucano deve ser candidato ano que vem a presidente (medo). A reitoria apóia os cursos a distância e mostra querer aprová-lo na marra, inclusive policiando o campus se necessário. O reajuste dos funcionários também não passa pela pauta, nem do governo, nem da administração central da Universidade.
Do outro lado, os três segmentos da Universidade lutam pelo reajuste salarial, o fim do projeto UNIVESP, impeachment da reitora Suely Vilela e a retirada imediata da polícia militar do campus. Um projeto contra a precarização do ensino universitário e a criminalização dos movimentos sociais.
No dia 19 de junho, mais de 5 mil pessoas marcharam pela Avenida Paulista defendendo a pauta acima. A UNESP declarou greve em solidariedade à USP, enquanto durar a ocupação policial.
Esse evento nos deixa a lição de como a Universidade está deixando o papel de transformadora da sociedade de lado, para se tornar um amontoado de tecnicismos e fonte de lucro para a sociedade de mercado. Para terminar, um trecho da carta aberta da Professora Ana Fani Alessandri Carlos, docente da USP:
“Invadida pelo imediatismo e utilitarismo, a Universidade se empobrece e abdica de seu papel de pensar criticamente o mundo desfocando seu horizonte do ‘homem’, para o mercado. O modelo que elimina as diferenças e as possibilidades contidas nessas diferenças – que são substanciais no uso de tempos e espaços na Universidade – sufoca a construção da sociedade plural pela imposição e afirmação do idêntico e do conhecimento como reflexo de um padrão estabelecido.”
Mais de 300 pessoas compareceram ao debate "O Golpe de 64", realizado em 28/05/09 na UERJ.
A Gestão Filhos da Pública³ agradece a todos que compareceram ao evento. Os certificados estarão disponíveis em breve na sede do CAHIS, Sala 9027-F. Avisaremos aqui no BLOG DO CAHIS e em circulares nos murais.
Agradecemos também aos professores Aurélio Fernandes, Luiz Edmundo Tavares e Osvaldo Munteau e ao Capitão Jacques Dornellas, por terem feito um debate esclarecedor e interessante.
Em breve teremos novos eventos, continuando o vitorioso trabalho da Gestão Filhos da Pública³.
Auditório lotado, mal havia espaço para subir nas cadeiras mais altas
Professor Aurélio Fernandes, da rede estadual de ensino
Capitão Jacques Dornellas, militar cassado pela ditadura
Professor Luiz Edmundo Tavares, forma gerações de historiadores na UERJ
Professor Osvaldo Munteau, da UERJ, um dos maiores especialistas em João Goulart no Brasil