Mais uma vez é protagonizado pelos professores Márcia Gonçalves e André Campos atos de desrespeito às normas da Universidade e perseguição ao Centro Acadêmico. Os mesmos que há dois anos protagonizaram cenas de ofensa moral e verbal aos alunos do curso de História e requereram, usando prerrogativas da ditadura, a destituição do Centro Acadêmico, legitimamente eleito.
Desde meados de dezembro com o afastamento (por motivos de saúde) do estimado professor Luiz Edmundo Tavares que estava, então, ministrando a disciplina de Brasil I tanto para manhã quanto para a noite, que o Centro Acadêmico de História vinha se articulando para que fosse providenciada sua imediata substituição para que os alunos não ficassem sem aulas no início de Janeiro.
Ainda em dezembro, na semana que antecedia o Natal, contatamos o Professor Edmundo que indicou um orientando seu, mestrando em História pela PUC-Rio, para que viesse a substituí-lo durante sua licença. Este é um procedimento normal praticado pelos professores do curso. Inúmeras vezes, assistíamos a aulas oferecidas por orientados, indicados para tal.
Publica e declaradamente, se colocando contra a indicação do Edmundo, Márcia Gonçalves, sem nenhuma prerrogativa legal ou institucional, inventou um “processo seletivo” para anular a indicação do professor.
Pelo Regimento da Universidade, não existem coordenações de área legalmente estabelecidas. Os únicos representantes legais do curso, no âmbito docente são os Chefe e Sub-chefe de Departamento e o Coordenador de Graduação, eleitos democraticamente, com ampla respaldo estudantil: 146 votos de alunos e 7 de professores.
O processo seletivo não seguiu as deliberações internas, desrespeitando as normas que regem o concurso para professor substituto. Com pretensos ares de democracia a coordenação de área de Brasil, com o aval do Departamento de História, criou um concurso relâmpago para suprir a ausência.
De fato, mais uma vez, os concursos regidos pelos professores de História seguem a sina do clientelismo e da improbidade administrativa, já que, como dito, desrespeitam as regras que esses mesmos professores criam nos Conselhos Superiores dessa Universidade.
Vale lembrar que um dos protagonistas de mais uma cena dantesca, a professora Márcia Gonçalves, respondeu a uma sindicância no ano passado por ofensa pessoal e ficou afastada do Departamento, indo se refugiar na Sub-Reitoria de Graduação, SR-1. Afirmamos, veementemente, que a professora Márcia é a responsável por até agora a disciplina de Brasil I não ter suas aulas normalizadas, já que atravancou o processo que poderia ter sido resolvido antes mesmo do final do ano.
Lamentamos que esta mesma professora que, além de ter sido orientada academicamente pelo Professor Edmundo, deve sua conclusão de curso ao estimado colega, não teve a hombridade de respeitar um pedido seu, mesmo nas condições difíceis em que se encontra, da qual todos nos convalescemos.
A COPAD – Comissão Permanente de Avaliação e Carga Horária Docente – que conta com o conselheiro, estudante de História, Gabriel Siqueira, não irá aprovar a solicitação do Departamento de História pelo seguinte motivo: o Departamento de História é um dos departamentos que possuem o maior número de professores concursados (proporcionalmente ao seu tamanho) e que não ministram disciplinas na graduação. Isto é, na hora de preencherem os PLANINDs com as cargas horárias em sala de aula, tudo se encontra normal. Mas não os vemos em sala de aula. A área de Brasil conta com 6 professores concursados. O próprio Vice-Reitor, Paulo Roberto Volpato relatara o fato ao conselheiro Gabriel, ex-diretor do CAHIS.
Já que a professora Márcia Gonçalves optou por não atender ao pedido do estimado professor Luiz Edmundo, a mesma deveria ministrar as aulas da disciplina, para complementar o seu PLANIND que há muito não é satisfatório, eliminando assim as críticas feitas pelo vice-Reitor ao nosso Departamento.
Diante disso surgem algumas questões. O Departamento de História têm professores suficientes para ministrar todas as aulas? Nossa resposta é sim. Não há a necessidade de contrato emergencial caso a COPAD não libere. Qualquer um dos professores hoje poderiam assumir as turmas de Brasil I.
Esse é um dos motivos pelos quais a COPAD não liberou carga horária para novos contratos no início do semestre (para a Universidade inteira), alegando, que o Departamento tinha professores suficientes. E de fato tem.
Outro problema. Existe coordenação de área dentro do Departamento? Qual a autonomia dos coordenadores para engendrar um concurso como esse? Como são escolhidos esses coordenadores? Essas questões se somam aos fatos que foram relacionados anteriormente.
Por isso não reconhecemos a seleção realizada pelo Departamento de História como legítima e legal e a consideramos espúria.
Vale lembrar também, que não faz três meses que outro concurso, o de mestrado, foi realizado de forma confusa, no qual os critérios de correção não foram respeitados, nem ao menos divulgados e dois ex-diretores do Centro Acadêmico de História tiveram suas notas rebaixadas a níveis quase risíveis. Até hoje a coordenação da pós-graduação não prestou esclarecimento sobre tais fatos a justiça do Estado.
É por isso que urge a necessidade de uma verdadeira transparência nesses concursos, nos quais os alunos possam ter representação ativa com o intuito de moralizar as relações “cordiais” pelas quais são escolhidas os professores da UERJ!
Prezados,
ResponderExcluirGostaria de manifestar o meu REPÚDIO ao post, que certamente não reflete a postura da maioria dos estudantes e cuja assinatura coletiva do CA de História é usada para esconder, sob a carapuça do anonimato, aqueles que não têm coragem de vir a público assumir a responsabilidade pelas inverdades e equívocos arrolados.
As acusações contra os professores Márcia Gonçalves e André Campos não encontram amparo nas experiências que tive com ambos desde meu ingresso na casa. Pelo contrário: constatei em diferentes circunstâncias uma postura ética e de trato adequado da coisa pública.
Em especial, embora meu nome não seja citado no texto, sinto-me diretamente atingido pois participei do processo seletivo como membro da banca de seleção. Tomo cada uma das acusações contra o processo seletivo como se fossem contra mim e por isso sinto-me no direito e no dever de respondê-las. Porém, reservo-me a prerrogativa de não me manifestar sobre episódios que desconheço em absoluto. Só posso assim me ater ao que participei e vi como docente concursado da casa desde março de 2012.
O processo seletivo emergencial contou com a divulgação em redes sociais e ou listas de emails que alcançaram as principais universidades públicas do Rio de Janeiro (UFRJ, UFF, UERJ e UNIRIO) e privada (PUC-Rio). Prova disso, foram os inscritos que tinham variadas formações e trajetórias nessas instituições. A seleção, repito, em caráter emergencial, teve o único propósito de evitar que os alunos ficassem sem aula por mais tempo, até a realização do processo que seguirá as novas orientações da DIJUR - o que só acontecerá no final de janeiro/ começo de fevereiro e, na prática, em minha opinião, colocaria a retomada das aulas na semana seguinte ao carnaval. A seleção emergencial foi inclusive uma proposta submetida na última reunião da área de Brasil, realizada no final de 2012. Por isso, me prontifiquei a participar do processo com a preocupação primeira de assegurar que os alunos tivessem a retomada das aulas o quanto antes, além de garantir que os critérios de escolha do substituto levariam em conta aspectos acadêmicos e de experiência profissional, e não “indicações” de quaisquer naturezas, assegurando um processo marcado pela legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
Repudio assim, veementemente, a falsa acusação de que teriam prevalecido práticas clientelísticas ou “cordiais” na seleção. A candidata escolhida não possuía nenhum tipo de relação pessoal, profissional ou acadêmica com qualquer um dos membros da banca. Dito de outra forma: sequer conhecia os professores André e Márcia. Além disso, a candidata selecionada foi a única pós-doutora que participou do processo (os demais eram doutores, doutorandos e mestres). A candidata fez seu mestrado na PUC, sob orientação do Prof. Dr. Marco Antonio Pamplona, tendo feito graduação e doutorado na UFF, recebendo a orientação da professora Dra. Virgínia Fontes, além de participar do conselho editorial da Revista História e Luta de Classes. Além disso, era a candidata com maior experiência docente no ensino superior. Todos os nomes dos inscritos foram divulgados com suas classificações e os critérios adotados. Seus currículos Lattes se encontram disponíveis para quem se dispuser a ter o mínimo de trabalho. Cabe ressaltar ainda que o processo seria exclusivo para substituir o professor licenciado de História do Brasil I até o final do 2º semestre letivo de 2012, ou seja, o vínculo terminaria em março de 2013.
CONTINUA:
ExcluirQuanto à carga horária, dos concursados mencionados na área de Brasil – quatro, no momento, estão usufruindo de algum tipo de licença autorizada pela própria instituição. Os professores restantes – aos quais me incluo - já possuem a carga horária máxima na graduação, além do problema da sobreposição de horário para assumir novas turmas.
No meu entendimento, a postura assumida no texto acima prejudica principalmente os alunos sem aula, por impedir que tenham sua normalidade acadêmica retomada já nessa semana, além de não contribuir em nada para a solução dos problemas apontados.
Por fim, me solidarizo com os professores citados. Entendo que esse panfleto não deve ser ignorado e não merece apenas uma resposta com outro texto. Trata-se sim da prática de crimes tipificados contra servidores públicos no exercício da função. A liberdade de expressão, conquistada sob duras penas no Brasil, deve ser sempre respeitada - vedando-se o anonimato - do mesmo modo que todos devem se responsabilizar por seus atos e pelas graves e falsas acusações levantadas.
Aproveito para manifestar meu sincero desejo de um pronto reestabelecimento ao professor Luiz Edmundo.
Prof. Dr. Marcus Dezemone
Professor Adjunto de História do Brasil - UERJ
Caros colegas do CAHIS,
ResponderExcluirTemos total acordo com a nota lançada pela gestão FILHOS DA Pública. Há muito que esses professores mandam e demandam na UERJ, o CA tem sim o dever de defender os interesses dos alunos.
O professor Dezemone talvez não esteja por dentro das regras e normas da COPAD, da qual sou membro.
Vamos averiguar as improbidades administrativas e levá-las aos órgãos competentes. Elas não são sobre os professores citados, mas sim sobre o caráter ilegal do concurso.
Gabriel CSEPE COPAD
Gabriel,
ExcluirUma coisa é questionar a LEGALIDADE da seleção – qualquer cidadão, independente de vínculo com a UERJ pode. Outra, completamente diferente, é questionar a ÉTICA do processo taxando-o de “clientelista” e “cordial”. De forma muito infeliz, a nota do CAHIS confundiu isso. Meu entendimento era o de que as novas normas só entrariam em vigor em 2013.1, tal como o seu colega de CAHIS. O diálogo profícuo é a única forma se avançar.
Caros colegas,
ResponderExcluira sina da criminalização da luta política novamente faz vez nas palavras do recém-concursado Professor de Brasil:
"Trata-se sim da prática de crimes tipificados contra servidores públicos no exercício da função."
Em realidade, foi para garantir que garantir que "os critérios de escolha do substituto levariam em conta aspectos acadêmicos e de experiência profissional, e não “indicações” de quaisquer naturezas, assegurando um processo marcado pela legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.", com afirma Marcus Dezemone, que o Ministério Público havia entrado com uma ação contra a UERJ para que se revisse os modelos de seleção para a contratação de professores substitutos.
Sendo derrotada, após inúmeros processos trabalhistas, a Reitoria foi obrigada a "moralizar" o processo divulgando o edital para Professor Substituto. Mesmo que ele só entre em vigor em 2013.1 o que em si é duvidoso, pois nenhuma linha do edital, disponível no site www.uerj.br afirma tal fato, nenhuma "seleção para professor substituto" poderia ter ocorrido.
Pela legislação federal, superior a qualquer norma estabelecida por autarquias estaduais, a publicidade de uma seleção se dá com prazo mínimo de 30 dias, sem contar a ampla divulgação através do Diário Oficial do Estado, além da possibilidade de recurso e etc.
"a divulgação em redes sociais e ou listas de emails que alcançaram as principais universidades públicas do Rio de Janeiro (UFRJ, UFF, UERJ e UNIRIO) e privada (PUC-Rio)."
Isto não é divulgação! É seleção da seleção. Ou seja, a seleção para professor de Brasil não tem nenhuma validade legal, submetendo os participantes a avaliações que em nada contam. Além do mais, pelas próprias normas da UERJ, uma prova deveria ter sido aplicada e não entrevista. O documento assinado pelos três professores é letra morta!
Mais deixemos de lado a questão jurídica, já que não deixa de ser uma máscara, nas atuais condições sociais do Brasil, para manter o privilégio dos privilegiados.
Iniciemos a discussão política.
Desde que se democratizou o acesso a universidade, através do sistema de cotas, a aristocracia professoral encontrou suas últimas trincheiras em dois locais: nos concursos realizados para o quadro de docentes e na seleção para a pós-graduação (estágio preparatório para "qualificar" os futuros docentes universitários). Deste posto de comando não se abre mão! É no altíssimo salário (se comparado, por exemplo à rede estadual), já que não se compõe somente dos vencimentos do contra-cheque, mas dos inúmeros fomentos de pesquisa e no status de "doutor" que se arraigam as práticas anti-democráticas, obscuras e com total falta de transparência.
Deste modo, o estudante, agente máximo da construção do saber se torna refém das vaidades e deleites dos "operadores do conhecimento". Subservientes da manutenção da desigualdade social, o conhecimento produzido por parcela significativa das universidades não oferece nenhuma transformação positiva para a sociedade, nem mesmo aquela do seu entorno.
Resta ao lado mais fraco da corda, os estudantes, que estão há duas semanas sem aula, por "inverdades e equívocos arrolados" na formulação da "seleção para professor substituto" a intransigência daqueles que ousam lutar por uma universidade transformadora, horizontal e propulsora de uma democracia radical.
Acusar de "anonimato" uma gestão de centro acadêmico democraticamente eleita, com 218 votos, num quorum de pouco mais de 450 alunos é no mínimo lamentável.
Vale lembrar, por exemplo, que "Coordenadores de Área" não são eleitos, nem mesmo por seus colegas.
A luta hoje é pela participação discente nos concursos públicos para professores!!! E esta luta deveria ser travada também pelos próprios professores, se estes se identificassem com aquilo que dizem ensinar.
Prezado,
ExcluirSua compreensão da legalidade do processo é questionável, porém compreensível. Outras formas de pensar o Direito talvez possam lhes ser úteis. Bourdieu poderia ser um começo. Quanto à sua compreensão da luta política, recordo o velho Ulianov que entendia a prática como o critério da verdade. O desdobramento dessa “ação política” será atrasar ainda mais a reposição das aulas por tentar instrumentalizá-la como parte da luta por uma “democracia radical” e pela “participação discente nos concursos públicos”. Com isso, você esclareceu as intenções da nota e os motivos do tom acusatório e infundado adotado.
Pena mesmo é a sua leitura dos docentes como uma “aristocracia professoral”. Lembra o Guia Genial dos Povos ao se referir aos mujiques - tentando apresentá-los como kulaks - para justificar o injustificável.
O "Direito" é uma das expressões de arbítrio da luta de classes que pende, numa sociedade capitalista, para a classe dominante, não tenho dúvida. Até um Guia (não tão) Genial (assim) dos Povos compreenderia. O próprio "velho Ulianov", Lenin para os íntimos, já dissertara sobre isso... Quem sabe Nilo Batista e Zaffaroni, tão solícitos a luta, (Nilo já defendeu colegas nossos em falsas acusações vindas da Universidade) poderiam alumiar o debate, nos explicando, dentre outras coisas, porque ainda estamos "punidos e mal-pagos".
ExcluirO atraso das aulas é obra do descaso da própria Universidade com a função social que ela cumpre. Todavia, como nenhum de nós é hegeliano, até onde me parece, a Universidade não é um ente abstrato, dotado de energia própria para fazer e desfazer, mas quem a fabrica, quem a produz, são os seres reais e concretos que a permeiam: estudantes (em processo de proletarização) e trabalhadores. Sim, é responsabilidade dos alunos os rumos da universidade. Mas nos resta apenas a organização de massa, contra o aparato legal e os acordos velados.
Minha leitura de "aristocracia professoral" é fundamentada em Darcy Ribeiro, Álvaro Vieira Pinto e Ruy Mauro Marini, pensadores expugnados do seio acadêmico por criticarem duramente. Reza uma lenda, não tão lendária assim, de que um professor doutor da UERJ, quando interpelado sobre a utilização da obra de Darcy em sua disciplina teria afirmado: "nunca o li". Realmente estamos distantes, anos-luz.
A saída anacrônica de kulaks e mujiques é o gracejo que resta para divertimento.
Contudo, num "Estado Democrático de Direito", porque não o embate político bem fundamentado?!
Esse professor demonstra conhecer o CPC (Código de Processo Criminal), tão bem como conhecemos o segredo do universo.
ResponderExcluirIsso é FEBEAPÁ(Festival de Besteiras que Assola o País) puro!
Não se preocupem, aprofundem a luta e deixem que os cães ladrem, pois as carruagens vão continuar a passar.
Prezado,
ExcluirO CPC é o Código de Processo Civil. O Código de Processo Criminal é de 1832. A turma de Brasil III da noite sabe a diferença. Creio que você tenha tentado se referir ao Código de Processo Penal (CPP). No entanto, para esclarecer, tenho em mente, o Código Penal (CP), mais especificamente nos seus artigos 138 e 139, além do 331.
Se Sergio Porto vivo fosse, certamente anotaria mais essa.
Att. Dezemone
Darcy Ribeiro definia bem essa turma. Esse aí é mais um a querer mostrar serviço para seus chefes.
ExcluirVamos em frente, no estilo Marighella, "Quem Samba Fica, Quem Não Samba Vai Embora".
Não percamos nosso precisos tempo com polemicas virtuais. O processo está em marcha!
Prezados,
ResponderExcluirDiante dos últimos comentários, é necessário recolocar as questões no lugar a fim de não se perder o foco e deliberadamente se desviar a atenção do problema – não raro, pela falta de argumentos:
1- Como leitor do blog e professor do departamento, meus dois comentários iniciais foram no sentido de REPUDIAR a nota intitulada “Falsa seleção para professor de Brasil fere as normas da Universidade e atrasa a reposição das aulas”, divulgada em 16 de janeiro de 2013.
2- O repúdio se deve a um conjunto de acusações (essas sim “falsas”), inverdades e equívocos lançadas contra o processo seletivo emergencial do qual participei, a partir da presença de dois professores do quadro efetivo como membros da banca. Diante disso, reiterei minha SOLIDARIEDADE com os colegas e aproveitei para desejar o PLENO REESTABELECIMENTO ao colega licenciado.
3- Na nota e em nenhum dos comentários em sua defesa, se comprovou a falta de ÉTICA no processo – principal linha argumentativa ("clientelismo" e "cordialidade"). Quando se arguiu uma pretensa ausência de LEGALIDADE na seleção emergencial (que não se confunde com concurso público), ofendendo orientações que no entendimento de muitos só entrariam em vigor em 2013.1, também não se conseguiu comprová-la de forma cabal.
4- Até agora, a “FALSA SELEÇÃO” e o “FERE AS NORMAS DA UNIVERSIDADE”, só aconteceram em dois lugares: no título da nota e na cabeça dos seus autores que se deram a conhecer. No entanto, o “ATRASA A REPOSIÇÃO DAS AULAS” comprovar-se à como o principal desdobramento da estratégia escolhida, dada a impossibilidade fática e imediata de se redistribuir a carga horária assegurando um mínimo de qualidade, além da demora para a conclusão da seleção (que, insisto, não se confunde com concurso público) com as novas orientações da DIJUR.
5- Quanto às concepções vanguardistas, autoritárias, raivosas, desrespeitosas e desqualificadoras, incapazes de sustentar um debate sério assumidas em alguns comentários, só posso lamentá-las profundamente, pois cada um tem o direito de se tornar prisioneiro de suas próprias convicções e em nome delas - e do que creem ser uma emancipação -, aprisionar-se.
6- O mesmo vale para a INCOERÊNCIA de se dizer parte integrante e fundamental da “Universidade” para justificar suas ações e tomadas de posição, e se excluir da mesma “Universidade”, para atacá-la e culpá-la, desvinculando-se dos efeitos e resultados de suas próprias escolhas e opções. Mesma incoerência mais facilmente verificada ao ser contra “indicações”, defendendo-as.
7- O que não se pode aceitar é a imputação de inverdades, a atribuição de ações criminosas, e as ofensas objetivas e subjetivas, esquecendo-se de assumir RESPONSABILIDADES.
8- Responsabilidade que faltou quando em nome de uma proposta política que poderia até ser legítima – participação discente nos processos seletivos – se passou ao ataque a um processo seletivo emergencial sério e a profissionais sérios, deixando em último plano aqueles cujo interesse primeiro deveria ser levado em conta: os ALUNOS que estão sem aula.
9- Dada a postura antidemocrática reiterada e a estratégia deliberada de dinamitar pontes no lugar de construí-las, suspendo aqui minha participação, leitura e comentários, agradecendo as manifestações recebidas direcionadas ao meu email pessoal por alunos que discordam da posição assumida na nota. Mantenho o desenvolvimento do meu trabalho e a abertura ao diálogo no lugar adequado: em sala de aula na UERJ.
Companheiros, observem. Começou escrevendo querendo intimidar e citando até o código penal, agora sai "a francesa" com o velho discurso pós-moderno.
ResponderExcluirPor já conhecer muito bem essas figuras é que falei para não perdermos tempo com "café pequeno". Temos que discutir os métodos contraditórios do "casal 15".
Obs: acho que avisaram a ele quem é o nosso advogado.
Abraços e boa sorte nesse novo combate!
Muito me interessa que os processos seletivos na UERJ sejam moralizados e tornem-se transparentes, como bem foi colocado em reunião de departamento no dia 16, quarta-feira desse mês. Para tanto, como já foi dito, foi preciso uma ação do Ministério Público Federal para que a UERJ se empenhasse nesse sentido. Mas, diferente do que alguns defendem, muitos processos seletivos, quando existem, não seguem essas “normas” consagradas em Constituição Federal, e em diferentes leis que regulamentam o serviço público no Brasil.
ResponderExcluirTambém seria interessante esclarecer e tornar transparente algumas escolhas que são feitas nesse sentido. Com muito empenho realizou-se um processo seletivo para a substituição emergencial do professor Edmundo, infelizmente ausente por motivos de saúde. Mas se recordarmos, outra professora, da mesma área de Brasil, há pouco tempo se afastou, também por motivos de saúde, sendo necessário que se solicitasse, junto a COPAD, um contrato emergencial para suprir a sua ausência. Interessante perceber que para essa substituição não se observou tanto empenho e tanta destreza em se forjar um processo seletivo, dito “amplamente divulgado”. (E não se ofendam com a utilização do verbo forjar, que tanto pode significar “fabricar”, “inventar”, “falsificar” ou mesmo “dar, por meio do fogo e do martelo, a um metal quente e ainda maleável, uma forma aproximativa ou definitiva”. Deixo a meus leitores que escolham o significado que melhor lhes aprouver.) Ora, será que tal professora não merecia a mesma postura “democrática” dispensada ao professor Edmundo, pela coordenação da área de Brasil? Ou será que há outros motivos para essa discrepância?
Enfim, quanto às reposições imediatas das aulas, estarei aguardando, ao lado dos alunos da turma de Brasil I que tenha sucesso o dito processo seletivo forjado pela coordenação da área de Brasil, pois como bem foi dito, não são interesses políticos que devem atrapalhar o andamento do calendário letivo, um tanto atabalhoado após o fim da greve do ano passado. Desejo sucesso a professora selecionada, que segundo apresentado é muito bem gabaritada. O Departamento precisa de professores com qualidade comparável às daqueles que estão se ausentando.
Fernando Guimarães Pimentel
Aluno do curso de História UERJ
Caros estudantes, colegas e Marcus Dezemone,
ResponderExcluirSe torna natural o absurdo recorrente. No caso, os processos seletivos feitos de forma ilegal no curso de história. Nós estudantes não estamos cobrando nada revolucionário (por enquanto!) apenas que se cumpra a lei previsto no direito administrativo, ou seja, o princípio da isonomia, legalidade e publicidade. Porém a mentalidade da classe docente da "intocável" academia brasileira é tão anti-democrática e retrógada que se opõe às próprias determinação da lei. Vide a determinação do Ministério Público. É vergonhoso que o MP tenha que acionar a Universidade para que respeite os principios básicos do direito administrativo nos processos seletivos. É curioso, porque mesmo sabendo das orientação da DIJUR para os próximos concursos, os professores de Brasil presentes resolveram fazer algo completamente oposto ao orientado, e sim! deixando em aberto a possibilidade de atitudes "clientelista" e "cordiais". O interesse político do CAHIS é que os alunos não fiquem sem aulas, e não negociamos princípios, continuaremos lutando para que a universidade seja cada vez mais democrática. O interesse político da própria professora Márcia acarretou os atrasos da aula, caso contrário ela aceitaria a sugestão do querido professor Luiz Edmundo para uma imediata substituição. Assim como aceitaria com bom senso a determinação do Departamento para que os professores da área substituíssem o professor ausentado, mas ironicamente, dessa vez, decidiu "seguir" a lei. Ou seja, só quando convém a lei é seguida, infelizmente essa é a prática de muitos professores em nosso curso.
ME SOLIDARIZO COM TODOS OS ESTUDANTES DE BRASIL I QUE ESTÃO SEM AULAS.
"..não aceiteis o que é de hábito como coisa natural, pois em tempo de desordem sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente, de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural nada deve parecer impossível de mudar."
(Bertold Brecht)
Hugo Dante Cyro Macedo Müller - Diretor do Centro Acadêmico de História - UERJ
O referido professor só estava mostrando serviço, estava se mostrando palatável para o "status quo", por isso escreveu esse bando de contradições.
ResponderExcluirO velho papel adesista, só isso. Ele precisa mostrar fidelidade ao "casal 15", só isso. Salve Darcy Ribeiro, que já nos ensina sobre essas práticas na Universidade.
Da próxima vez balança o texto do Rui Mauro Marini que ele foge!