Esta semana, a reunião do Conselho Universitário (CONSUNI) teve como pauta o orçamento para 2010. A reunião teve início em 24 de julho, sendo necessária outra convocação em 27 de julho. Informações passadas pelo companheiro Tiago Amaro, do CACIS.-O CONSUNI votou por fazer seu orçamento com os 6% da receita tributária líquida do estado como PISO, e não como teto, como no ano passado. Placar da votação: 30 a 19.
-A relatoria da comissão de planejamento sobre o orçamento contemplou bandeiras do movimento estudantil, como o aumento da bolsa (de 250 para 300 reais), verba para congressos, etc. Foram incluídas também bandeiras dos funcionários, como o plano de carreira, reajuste salarial e os 30% de reposição salarial, entre outros. Ela ainda não foi votada porque após a votação dos 6% como piso a seção foi encerrada, já às 13:30. O relator foi o Professor Pedro Senne, das Ciências Sociais, que tranqüilo e ponderado, fez um excelente papel. Enquanto isso, a reitoria fazia a defesa dos 6% como teto, significando que o orçamento da UERJ poderia ser de qualquer porcentagem do orçamento estadual até 6%. Isso mostra a reitoria totalmente atrelada ao governo do Estado. Como pode a reitoria da UERJ encolher seu próprio orçamento? Subserviência aos interesses políticos desse governo.
-Sobre a novela “bandejão”, o reitor Ricardo Vieiralves informou que o envelope da licitação da obra foi aberto e o preço é abaixo do orçado, o que significa que a UERJ não irá recorrer. Provavelmente, não há mais empecilho judicial para o início das obras. Falta o reitor assinar o contrato, o que ele diz que vai fazer nos próximos dias. A partir de então haverá um prazo de alguns dias para o começo da obra.
-Só haviam, no decorrer do Conselho, quatro estudantes conselheiros: Fabi Simão, Rosinha, Júlio e Gustavinho. Para piorar, o Gustavinho votou na proposta da reitoria (6% como teto) e, sendo assim, os estudantes contribuíram com MUITO menos do que era esperado nessa votação. O setor que apareceu massivamente e carregou as intervenções no plenário foram os servidores da universidade. Essa diferença de presença se deu também no público, com poucos estudantes acompanhando.
-O reitor disse, ao anunciar o bandejão, que chamou oficialmente uma representação do DCE para a reunião que abriu o envelope da licitação, e no entanto ninguém do DCE apareceu. Esse convite precisa ser apurado, assim como se algum realmente foi enviado.
-O reitor foi questionado quanto a uma série de medidas da reitoria, entre as quais a colocação de uma porta blindada no acesso à sala da reitoria, e essa e todas as outras perguntas serão respondidas e resto da discussão do orçamento será feita em uma próxima sessão, nessa segunda-feira, dia 27, de manhã.
-Quanto às demandas estudantis, foram liberadas verbas para um vale-transporte, na assistência ao estudante cotista (isso já na proposta da DIPLAN), um aumento na bolsa permanência que permitiria o aumento da verba de 250 para 300 reais, a questão da flexibilidade da verba de assistência em material permanente ou consumo, dependendo da demanda de cada centro setorial, R$ 20.000 anual para cada CA para realização de atividades por parte das representações discentes, verba para a reforma das salas do CA, a garantia de um ônibus por ano para cada curso para viagens a congressos ou encontros e o aumento do valor da diária para estudantes.
