domingo, 29 de setembro de 2013

CAHIS convoca: Ato contra o massacre da Educação

Durante os últimos dias estamos testemunhando uma mobilização memorável dos profissionais da educação pública do Rio de Janeiro: as Redes Municipal e Estadual cruzaram os braços contra as atitudes arbitrárias e descabidas dos “excelentíssimos” governantes Eduardo Paes e Sérgio Cabral. Em um país onde tanto se entrega para a especulação imobiliária, para os grandes eventos e para a iniciativa privada, o plano de Carreira proposto pela Prefeitura e a situação dos educadores dos colégios estaduais é lastimável. E como sempre, para resguardar os golpes contra a educação, os diversos grupos midiáticos mascaram as atitudes políticas contra a categoria, enquanto as forças de segurança reprimem educadores com o uso da força.

Na verdade, o que se passa do lado oposto à nossa luta parece um grande circo sujo, um misto de descaso, hipocrisia e violência: de um lado, um tirano “combalido” pelas recentes mobilizações populares, tenta disfarçar sua postura (anti) ética com propostas irrisórias que nada mais são que a perpetuação do definhar da Rede Estadual. Do outro, um prefeito cuja imagem é quase impossível desassociar de um grande nariz vermelho, com um leque de piadas sem graça, propagadas aos montes pelas famílias que monopolizam a comunicação em nosso país: anedotas do tipo “60 por cento de aumento” são propagadas em rede nacional enquanto, com o respaldo do tirano do Leblon, a Polícia Militar e a Tropa de Choque tentaram retirar os professores que ocupam a Câmara dos Vereadores utilizando como justificativa uma LIMINAR DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE VENCIDA e com o insucesso de tal postura ridícula, PARTEM PARA A AGRESSÃO, FERINDO EDUCADORES E PRENDENDO COM A JUSTIFICATIVA DE “DESACATO” AQUELES QUE RESISTIRAM AO ABSURDO COMETIDO POR TAIS FORÇAS REPRESSIVAS.

Entretanto, nada disso é surpreendente. Ou esperaríamos outra coisa de um governador que colocou sua polícia para ameaçar atirar nos professores grevistas em 2009, que colocou sua Tropa de Choque para agredir e prender sem provas manifestantes nos últimos meses e que nesta semana deixou tão claro que sua Polícia estava preparada para a covardia na Câmara de Vereadores? Ou então de um prefeito que afirma que não matricularia seus filhos nas escolas de sua gestão e de uma Secretaria Municipal de Educação que conta em sua chefia com uma administradora cujo conhecimento relacionado à escola parece se limitar aos números que ela utiliza para instituir a meritocracia nas instituições de ensino?

Desta forma, o Centro Acadêmico de História reitera seu apoio aos profissionais de educação e convida todos os estudantes a se unirem nesta luta por uma educação de qualidade, possível apenas com a valorização de todos os profissionais nela envolvidos (desde os refeitórios às salas de direção), com Planos de Cargos e Carreira justos e escolas tendo mais prioridade que remoções arbitrárias e eventos passageiros e que nenhum legado deixarão ao futuro. Convocamos todos a comporem a resistência dos educadores na Câmara Municipal e na Alerj, a pôr em prática nosso papel de educadores e lutarmos contra a destruição da educação imposta por governos alheios aos interesses do povo. Convocamos todos a mostrarem seu repúdio à atitude truculenta e fascista da Polícia Militar em desocupar a Câmara de forma tão violenta, ferindo mulheres e prendendo educadores. Não recuemos, somos educadores e pelo ensino público de qualidade devemos lutar. Ser professor e não lutar é uma contradição pedagógica!

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Nota de agradecimento - XXXII ENEH

Durante os dias 24 a 31 de agosto, o Centro Acadêmico de História UERJ, juntamente com outros C.A’s e D.A’s do Rio de Janeiro, construiu o XXXII Encontro Nacional dos Estudantes de História com o tema “A Universidade Necessária, reforma curricular e a utilidade da História” sediado na Universidade do Estado do Rio de Janeiro. 

O Encontro reuniu mais de 1000 estudantes de todo o Brasil e contribuiu para fomentar e ampliar, em nível nacional, debates já travados pelo curso de História da UERJ, além de contar com culturais de diversos ritmos musicais em cinco dias de evento. Foram realizadas palestras, grupos de discussões, oficinas, mini cursos e  vivências durante todo o encontro objetivando valorizar principalmente a graduação e sua produção político-acadêmica.

O CAHIS que vem trabalhando desde agosto de 2012 e mais efetivamente, desde fevereiro de 2013 para a construção do evento, não poderia deixar de agradecer a todos os alunos que se integraram e nos ajudaram a realizar essa grande empreitada de sucesso, além de agradecer a todos que estiveram presentes e puderam contribuir, assistir, debater e se divertir durante todo o Encontro.  Agradecemos ainda, o Departamento de História e demais órgãos da UERJ que nos auxiliaram na construção do evento.




quarta-feira, 18 de setembro de 2013

CAHIS informa: Prestação de Contas - Junho / Julho / Agosto 2013

Junho:
Receita: R$ 300,00 - Aluguel da Xerox (foram descontados 300 reais referentes ao excesso da demanda de material dos últimos eventos)

Gastos:
R$ 100,00 - Envio de correspondências do ENEH
R$ 75,00 - Uma inscrição para o CONUNE
R$ 20,00 - Passagem de táxi para entrega de documentação na Prefeitura do Rio
RS 52,00 - Troca de segredo do armário e três cópias de chaves
R$ 40,00 - Passagem de táxi para entrega de documentação na CET - RIO

Saldo final: 2343,36

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Julho:
Receita: R$ 0,00 - Aluguel da Xerox (foi feito acordo em fevereiro de que as parcelas pagas nos meses de férias - parcela de julho paga em agosto - seriam divididas e compensadas nos outros meses com o reajuste para R$ 600)

Gastos: -

Saldo Final: 2343,36

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Agosto:

Gastos:
R$ 40,00 - Passagens de táxi para entrega de documentação na CET - RIo
R$ 56,50 - Livro
R$ 339,90 - Câmera fotográfica
R$ 93,51 - Medicamentos para a caixa do CAHIS
R$ 38,00 - Duas cópias de chaves tetra e duas cópias de chave comum

Saldo Final: 1775,45

terça-feira, 10 de setembro de 2013

CAHIS indica: 3º Seminário Internacional O mundo dos trabalhadores e seus arquivos

O 3º Seminário Internacional ‘O mundo dos trabalhadores e seus arquivos' tem como objetivo realizar debates sobre os documentos reunidos pelos arquivos operários, rurais, sindicais e populares, e sobre as particularidades que envolvem o tratamento desses acervos, constituindo-se em um fórum privilegiado para a transferência de informações e o incentivo à recuperação e preservação dos arquivos dos trabalhadores e suas organizações.

Nesta terceira edição, o Seminário terá como tema o "Direito à Memória e à Verdade", compreendido como um direito transindividual que ultrapassa a formulação por meio dos atores políticos tradicionais, alcançando os mais diversos grupos da sociedade civil e experimentando as mais diferentes formas de reivindicação e concretização.

Para tanto, contará com a participação de conferencistas e especialistas nacionais e internacionais, que irão debater, a partir de diversas perspectivas disciplinares, assuntos de interesse relacionados aos arquivos dos trabalhadores da cidade e do campo, com destaque para as ações de recuperação da trajetória dos trabalhadores durante a ditadura brasileira de 1964-1985.

Mais informações: http://www.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=1890&sid=40

CAHIS informa: Material de Cotistas 2012

O Centro Acadêmico de História mais uma vez foi atrás de uma resposta sobre o material dos cotistas do ano de 2012. Segundo o site do CAIAC, o processo estava na DICOR desde 27/08/2013. 

Na DICOR, fomos informados que os processos de materiais de cotistas de 2012 estão parados esperando o envio de orçamento por parte do Estado, o que não tem prazo para acontecer,  e que, no momento, estão priorizando o pagamento de bolsas permanências.

O CAHIS aproveita para informar que o material dos cotistas de 2013 já teve seu pedido enviado.
Para quem quiser acompanhar a situação do material de 2012, aqui está o link:

http://www.caiac.uerj.br/documentos/demonstrativo_material_didatico_CCS.pdf

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

CAHIS informa: Ementas das Disciplinas eletivas - 2013.2

Seguem abaixo as ementas das disciplinas eletivas oferecidas pelo Departamento de História no segundo semestre de 2013:

Disciplina: Tóp. Esp. História Política II (Eletiva) – “A construção de um império: o ultramar português na Época Moderna”
Docente Responsável: Prof. Fabiano Vilaça dos Santos
Horário: 6ª f. (N1-N2)


Ementa: 

A expansão portuguesa; estabelecimentos em África e no Oriente; a América portuguesa nos quadros do império ultramarino.

Objetivos

▪ Proporcionar ao aluno uma visão panorâmica da expansão portuguesa e da arquitetura do império colonial na Época Moderna;

▪ Articular a Expansão Marítima ao contexto histórico do Renascimento, enfatizando os progressos técnicos e o lento processo de transformação do pensamento europeu, característico da transição da Idade Média para a Idade Moderna.

▪ Estimular a compreensão, em termos gerais, de que a colonização portuguesa foi um processo dinâmico que conjugou os interesses lusitanos e as especificidades dos domínios ultramarinos.

Metodologia

Aulas expositivas; apresentação e discussão de textos; seminários.

Avaliação
1ª – Resenha de 02 (dois) textos escolhidos pelo aluno (mínimo de 3 e máximo de 5 laudas digitadas em fonte Times, tamanho 12, espaço 1,5) = 10,0
2ª – Seminário temático: apresentação (6,0) + relatório (4,0) = 10,0
3ª – (Final): Prova escrita individual para os alunos que não obtiverem média 7,0 (sete).

Unidade I - Dimensões do Império

- A ideia imperial: historiografia e conceito
- Portugal e a expansão marítima: entre o real e o fantástico
- Do Mediterrâneo ao Atlântico: economia e política

Unidade II - A arquitetura imperial (séculos XV e XVI)

2.1 - Conquista militar e religiosa: a ação da nobreza e da Igreja Católica
2.2 - Os primeiros estabelecimentos na África e no Oriente
2.3 - O Novo Mundo: a América portuguesa

Unidade III - A arquitetura imperial (séculos XVII e XVIII)

3.1 - O ultramar português durante a União Ibérica
3.2 - Declínio da presença lusa no Oriente
3.3 - A nova “joia” da Coroa: o Brasil no século XVIII
3.4 - O império em contexto de crise

Bibliografia Básica

ALEXANDRE, Valentim. Os sentidos do império: questão nacional e questão colonial na crise do Antigo Regime português. Porto: Edições Afrontamento, 1993.
BARRETO, Luís Filipe. Os descobrimentos e a ordem do saber: uma análise sócio-cultural. Lisboa: Gradiva, 1989.
BETHENCOURT, Francisco & CHAUDURI, Kirti (dir.). História da expansão portuguesa. Lisboa: Círculo de Leitores, 1998, vols. 1-3.
BOXER, Charles R. A igreja militante e a expansão ibérica (1440-1770). Tradução Vera Maria Pereira. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
_______. O império marítimo português, 1415-1825. Tradução de Inês Silva. Lisboa: Edições 70, 2001.
BRAUDEL, Fernand. Civilização material, economia e capitalismo: séculos XV-XVIII. Tradução de Telma Costa. 2ª ed., São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2009, vol. 3.
CARDIM, Pedro. “’Administração’ e ‘governo’: uma reflexão sobre o vocabulário do Antigo Regime”. In: BICALHO, Maria Fernanda & FERLINI, Vera Lúcia Amaral (orgs.). Modos de governar: ideias e práticas políticas no império português (séculos XVI a XIX). São Paulo: Alameda, 2005, p. 45-68.
CORTESÃO, Jaime. História da expansão portuguesa. Lisboa: Imprensa Nacional / Casa da Moeda, 1993.
DORÉ, Andréa; LIMA, Luís Filipe Silvério & SILVA, Luiz Geraldo (orgs.). Facetas do império na história: conceitos e métodos. São Paulo: Aderaldo & Rotschild/Capes, 2008.
DORÉ, Andréa. Sitiados: os cercos às fortalezas portuguesas na Índia (1498-1622). São Paulo: Alameda, 2010.
GODINHO, Vitorino Magalhães. Os descobrimentos e a economia mundial. Lisboa: Arcádia, 1963, vol. 1.
______. A estrutura da antiga sociedade portuguesa. Lisboa: Arcádia, 1971.
______. Mito e mercadoria, utopia e prática de navegar (séculos XIII-XVIII). Lisboa: Difel, 1990.
GREENE, Jack P. “Tradições de governança consensual na construção da jurisdição do Estado nos impérios europeus da Época Moderna”. In: FRAGOSO, João & GOUVÊA, Maria de Fátima (orgs.). Na trama das redes: política e negócios no império português, séculos XVI a XVIII. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010, p. 95-114.
HESPANHA, António Manuel. “Antigo Regime nos trópicos? Um debate sobre o modelo político do império colonial português”. In: FRAGOSO, João & GOUVÊA, Maria de Fátima (orgs.). Na trama das redes: política e negócios no império português, séculos XVI a XVIII. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010, p. 43-93.
______. Ascensão e queda do imaginário imperial. Penélope, Lisboa, nº 15, 1995, p. 31-38.
HESPANHA, António Manuel & SANTOS, Maria Catarina. “Os poderes num império oceânico”. In: MATTOSO, José (dir.). História de Portugal. Lisboa: Editorial Estampa, 1998, vol. 4, p. 351-366.
HESPANHA, António Manuel. “A constituição do Império português: revisão de alguns enviesamentos correntes”. In: FRAGOSO, João; BICALHO, Maria Fernanda & GOUVÊA, Maria de Fátima (orgs.). O Antigo Regime nos trópicos: a dinâmica imperial portuguesa (séculos XVI-XVIII). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001, p. 163-188.
______. “Por que é que foi ‘portuguesa’ a expansão portuguesa? Ou o revisionismo nos trópicos”. In: SOUZA, Laura de Mello e; FURTADO, Junia Ferreira & BICALHO, Maria Fernanda (orgs.). O governo dos povos. São Paulo: Alameda, 2009, p. 39-62.
NOVAIS, Fernando A. Portugal e Brasil na crise do Antigo Sistema Colonial (1777-1808). 6ª ed., São Paulo: Hucitec, 1995.
PAGDEN, Anthony. Señores de todo ele mundo. Ideologías del império em España, Inglaterra y Francia (en los siglos XVI, XVII y XVIII). Barcelona: Ediciones Península, 1997.
RUSSELL-WOOD, A. J. R. Um mundo em movimento: os portugueses na África, Ásia e América (1415-1808). Tradução de Vanda Anastácio. Lisboa: Difel, 1998.
SERRÃO, Joaquim Veríssimo. O tempo dos Filipes em Portugal e no Brasil (1580-1668). 2ª ed., Lisboa: Colibri, 2004.
SERRÃO, Joel & MARQUES, A. H. Oliveira (dir). Nova história da expansão portuguesa. Lisboa: Editorial Estampa, 11 vols.
SOUZA, Laura de Mello e. “Política e administração colonial: problemas e perspectivas”. In: SOUZA, L. M.; FURTADO, Junia Ferreira & BICALHO, Maria Fernanda (orgs.). O governo dos povos. São Paulo: Alameda, 2009, p. 63-89.
______. O sol e a sombra: política e administração na América portuguesa do século XVIII. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.
SUBRAHMANYAM, Sanjay. Impérios em concorrência - histórias conectadas nos séculos XVI e XVII. Lisboa: ICS, 2012.
THOMAZ, Luiz Felipe. De Ceuta a Timor. Lisboa: Difel, 1994.
WALLERSTEIN, Immanuel. O sistema mundial moderno. Lisboa: DIFEL, 1990, vol. 2.

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Tópico Especial em História Cultural III
Professor: Alexandre Belmonte
2º Semestre 2013 – carga horária – 30h
Horário: Quintas N3/N4
Disciplina: “Viajantes no Brasil, século XVI”



Ementa:
A disciplina propõe o estudo da elaboração, circulação e recepção de diversos tipos de narrativas feitas sobre Brasil, dando particular atenção aos relatos de viajantes e cronistas no Novo Mundo, na tentativa de compreender os percursos históricos da construção da escrita sobre a alteridade humana, geográfica e cultural.

Programa:

Teoria e Metodologia: os relatos de viajantes como representações da alteridade;
A construção da identidade na escrita sobre a alteridade cultural;
O caso de Jean de Léry: história e relativismo cultural.

Objetivos:
Apresentar os relatos e crônicas seiscentistas como fontes para a história americana;
Debater novos paradigmas sobre historiografia colonial;
Discutir perspectivas sobre conquista, invenção e formação da América Latina colonial.

Metodologia:
O curso se desenvolverá através de aulas expositivas, debates, análise de textos, seminários, uso de fontes primárias (textos de cronistas e relatos de viajantes) e Datashow. A avaliação consistirá de apresentação de seminários e participação nas aulas, além de um trabalho final.

Bibliografia:

A) Fontes:
CAMINHA, Pero Vaz de. Carta de Pero Vaz de Caminha, dirigida ao rei D. Manuel, relatando o descobrimento e as principais impressões da nova terra.
GANDAVO, Pero de Magalhães. Tratado da Terra do Brasil; História da Província de Santa Cruz. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: USP, 1980.
LÉRY, Jean de. Viagem à terra do Brasil.
THEVET, André. As singularidades da França Antártica.
VESPUCCI, Americo. Cartas.


B) Bibliografia de apoio:
BARTRA, Roger. El salvage en el espejo.
BELMONTE, Alexandre. “Mundo Novo e Paraíso Terrestre: o ‘transe’ dos viajantes na Conquista da América” In: LEMOS, Maria Teresa T. B. América Latina: identidades em construção – das sociedades tradicionais à globalização. Rio de Janeiro, 7 Letras, 2007, pp. 13-39.
CRISTÓVÃO, Fernando. O mito do “novo mundo” na literatura de viagens. REVISTA USP, São Paulo, n.41, p. 188-197, março/maio 1999, disponível em http://www.usp.br/revistausp/41/14-fernando.pdf , acesso em 08/4/2013.
DIAS, Ana Paula P. Diário de navegação de Pero Lopes de Sousa: a representação do real e os filtros da representação. Disponível em http://memoriaemrede.museu-da-pessoa.net/vercial/letras/ensaio39.htm, acesso em 04/04/2013.
GOMES, Plinio Freire. RHBN. Setembro de 2012.
_______________. Volta ao mundo por ouvir-dizer: Redes de informação e a cultura geográfica do Renascimento. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/anaismp/v17n1/v17n1a08.pdf
LESTRINGANT, Frank. O Canibal – grandeza e decadência. Brasília, Editora UnB, 1997.
O'GORMAN, Edmundo. A Invenção da América. São Paulo: UNESP, 1992.


C) Bibliografia complementar:
ANTONIL, André João. Cultura e Opulência do Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: USP, 1982.
CARDIM, Fernão. Tratado da terra e gente do Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: USP, 1980.
CHARTIER, Roger (org). Práticas da Leitura. São Paulo: Estação Liberdade, 1996.
D'EVREUX, Yves. Viagem ao norte do Brasil.
GIUCCI, Guillermo. Viajantes do maravilhoso: o Novo Mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
PERRONE-MOISÉS, Leyla. Vinte Luas: viagem de Paulmier de Gonneville ao Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
Diário de navegação, de Pero Lopes de Souza (1530);
Tratado descritivo do Brasil, de Gabriel Soares de Souza (1587);
História do Brasil, de Frei Vicente de Salvador (1627);
ZEA, Leopoldo (org.). Ideas y presagios del descubrimiento de América. México, Fondo de Cultura Econômica, 1991.


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Seminário Especial em História da América
Professor: Alexandre Belmonte
2º Semestre 2013 – Carga horária – 60h
Horário: 3as - N3/N4 e 5as - N5/N6
Disciplina: “Cultura e Identidade”

I. Ementa:

Pressupostos teóricos: o conceito de cultura. Construção dos processos identitários: sociedades tradicionais, modernidade e pós-modernidade. Identidade nacional e identidade regional. Identidade e cultura.


II. Programa:

O conceito e o lugar da cultura
Cultura e identidade: práticas e representações
Identidades em construção
Identidade cultural: Sociedades tradicionais. Identidades locais. Mundo rural
Identidade nacional. Identidade étnica.
Identidade cultural: representações, cosmovisões e imaginários

III. Metodologia:

O curso se desenvolverá através de aulas expositivas, debates, análise de alguns textos da bibliografia, uso de fontes primárias, relatos de viagens, filmes e Datashow. Serão feitas duas avaliações.

IV. Bibliografia básica

BAUMAN, Zygmunt. Identidade.
BELMONTE, Alexandre. “As Identidades e alteridades dos itálicos no Rio de Janeiro: a construção de uma identidade comum italiana”. In: Revista UNIABEU, V.4 Número 8, Set. – Dez. 2011.
BURKE, Peter. O que é história cultural?
CANCLINI, Néstor Garcia. Culturas híbridas. São Paulo: EDUSP, 2000.
CASTELLS, Manuel. O poder da identidade. Tradução Klauss Brandini Gerhardt. 2. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2000. 530p.
GEERTZ, Clifford. A interpretação das Culturas.
GELLNER, Ernest. Nações e nacionalismo. Lisboa: Gradiva, 1993.
GIDDENS, Anthony. As consequências da Modernidade.
GUIMARÃES, Manoel L.L. Salgado. “Nação e Civilização nos trópicos: o Instituto Histórico Geográfico Brasileiro e o projeto de uma história nacional” In: Revista Estudos Históricos, vol. 1, n. 1, 1988.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade.
HOBSBAWM, Eric. Nações e Nacionalismo.
HUNT, Lynn. A Nova História Cultural. Trad. Jeferson Luís Camargo. São Paulo: Martins Fontes, 1992. 317p.
POUTIGNAT, Philippe e STREIFF-FENART, Jocelyne. Teorias da etnicidade. São Paulo: Ed. UNESP, 1998.
QUEIROZ, Maria Isaura Pereira. “Identidade cultural, identidade nacional no Brasil”.
SEIXAS, Renato. “Identidade cultural da América Latina: conflitos culturais globais e mediação simbólica”
SILVA, Tomaz Tadeu. “A produção social da identidade e da diferença”.
THOMPSON, E. Paul. Costumes em comum: estudos sobre a cultura popular tradicional. Trad. Rosaura Eichemberg. São Paulo: Cia das Letras, 1998. 493p.

V. Bibliografia complementar
ANDERSON, Benedict. Comunidades Imaginadas. São Paulo, Cia. das Letras, 2008.
ARENDT, Hannah. Entre o passado e o futuro. 4a. ed. Trad. Mauro W. Barbosa de Almeida. São Paulo: Perspectiva, 1997. 348p.
ARIÈS, Philiphe. O tempo da história. Trad. Roberto Leal Ferreira. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1989. 265p.
BAUMAN, Zygmunt. Modernidade Líquida.
BAKER, Keith. “El concepto de cultura política en la reciente historiografia sobre la Revolución Francesa.” In: Ayer. Madri, 62/2006 (2): 89-110,
BAKHTIN, Michel. A cultura popular na Idade Média e no Renascimento: o contexto de François Rabelais. Trad. Yara Fratechi Vieira. São Paulo/Brasília: HUCITEC/Edunb, 1987.
419p.
BARROS, José Flávio Pessoa et alli. Galinha d'Angola: iniciação e identidade na cultura afro-brasileira. Rio de Janeiro, Pallas, 2005.
BERSTEIN, Serge. “A cultura política”. In: Jean-Pierre Rioux & Jean François Sirinelli. Para uma história cultural. Lisboa: Estampa, 1998. pp. 349-363.
BHABHA, Homi K. O local da cultura. Trad. Myriam Ávila, Eliana Lourenço de L. Reis e Gláucia Renate Gonçalves. Belo Horizonte: EUFMG, 2003. 395p.
BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico.
CUNHA, Maria Jandyra Cavalcanti et alli. Migração e Identidade: olhares sobre o tema. São Paulo: Centauro, 2007.
CHARTIER, Roger. A história cultural entre práticas e representações.
CLIFFORD, James. A Experiência etnográfica: antropologia e literatura no século XX. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ, 2002.
GEERTZ, Clifford. Nova Luz sobre a Antropologia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2001.
GRUZINSKI, Serge. A colonização do imaginário: sociedades indígenas e ocidentalização no México espanhol. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.
_______________. O pensamento mestiço. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.
FREYRE, Gilberto. Casa-grande & senzala: formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal. São Paulo: Círculo do Livro, s/d. [1933].
HALL, Stuart. Da diáspora: identidades e mediações culturais.
HEIDEGGER, Martin. Ser e Tempo. 2 v. Petrópolis: Vozes, 1988.
HOBSBAWM, Eric e RANGER, Terence. A invenção das tradições. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1975.
HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. São Paulo, Cia das Letras, 1995.
LE GOFF, Jacques. História e Memória. Campinas: Ed. Unicamp: 1992. 553p.
LÉVI-STRAUSS, Claude. O Pensamento Selvagem.
O'GORMAN, Edmundo. A invenção da América. São Paulo: Ed. Unesp, 1992.
ORTEGA Y GASSET. Ensimesmamento e alteração.
SAID, Edward. Orientalismo: o Oriente como invenção do Ocidente.
SCHAMA, Simon. Paisagem e memória. Trad. Hildegard Feist. São Paulo: Cia das Letras, 1996. 645p.
SIDEKUM, Antonio (Org.) Alteridade e multiculturalismo. Ijuí: Editora Unijuí, 2003. - 464p.
SODRÉ, Muniz. Reinventando a Cultura: a comunicação e seus produtos. Petrópolis: Vozes, 1996.

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Seminário Especial História Cultural II
Prof.: Flaviano Isolan
Cód. IFCH 01-10103
2º semestre 2013 – carga horária: 60 h
Horário: 6ª N1-N4
Disciplina: África portuguesa - olhares sobre a independência e guerra civil

Objetivos
Contextualizar os países africanos de língua portuguesa (principalmente Angola e Moçambique) no processo de independência africano e na Guerra Fria. Com base na obra de dois autores (Mayombe/Pepetela e Terra sonâmbula/Mia Couto), apresentar/discutir um olhar sobre a independência, a guerra civil e questões contemporâneas da “África portuguesa”.

Ementa
Movimentos de resistência e o processo de descolonização africano; África independente e Guerra Fria; luta pela independência na África austral: Angola e Moçambique; Pepetela e Mia Couto: olhares da luta; fim da Guerra Fria e o contexto na globalização.

Programa

Unidade 1
- África: resistência e descolonização
- África independente e Guerra Fria
Unidade 2
- África Austral: guerra e independência
- Angola e Moçambique
Unidade 3
- Olhares da luta: Pepetela (“Mayombe”); Mia Couto (“Terra Sonâmbula”).
- Angola e Moçambique no pós-Guerra Fria

Metodologia
- aulas expositivas, discussão de textos
- leituras dirigidas das obras de Pepetela e Mia Couto
- utilização de filmes e documentários

Avaliação
- uma prova escrita
- apresentação de trabalhos e textos em forma de seminário

Bibliografia

BITTENCOURT, Marcelo. Angola: Tradição, Modernidade e Cultura política. In: REIS, Daniel A. (et al.). Tradições e Modernidades.RJ: Ed. FGV, 2010.
CABAÇO, José Luis. Moçambique: identidade, colonialismo, libertação. SP: UNESP, 2008.
CABRAL, Amílcar. Obras escolhidas de Amílcar Cabral. Seara Nova, 1976.
CALVOCORESSI, Peter. Política Mundial a partir de 1945. Porto Alegre: Penso, 2011.
COUTO, Fernando Amado. Moçambique 1974: o fim do império e o nascimento da nação. Maputo: Editorial Ndjira, 2011.
FRY, Peter (org.). Moçambique: ensaios. RJ: UFRJ, 2001.
HERNANDEZ, Leila Leite. A África na sala de aula. SP: Selo Negro, 2008.
HISTÓRIA GERAL DA ÁFRICA (capítulos escolhidos). SP: Cortez; Brasília: UNESCO, v. 7 e v. 8, 2011.
LINHARES, Maria Yedda. Descolonização e lutas de libertação colonial. In: O século XX. RJ: Civilização Brasileira, 2000, v.3.
VISENTINI, Paulo; RIBEIRO, Luis Dario.; PEREIRA, Analúcia. Breve História da África. Porto Alegre: Leitura XXI, 2007.
Obras literárias
- PEPETELA. Mayombe. Alfragide; Dom Quixote, (1980).
- COUTO, Mia. Terra Sonâmbula. Alfragide: Caminho, (1992).


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Tópicos Especiais História Política
Prof: Flaviano Isolan
Cód.: IFCH 01-10109
2º Semestre 2013 – carga horária: 30h
Hosrário: 5as M3-M4
Disciplina: O mundo árabe e os conflitos contemporâneos

I. Objetivos

Tendo como objetivo principal a chamada “primavera árabe” e seus desdobramentos, abordar a história dos países árabes no século XX (formação dos estados, principais conflitos e questões atuais).

II. Ementa

Formação dos estados no Oriente Médio; criação de Israel e a questão palestina; Guerra Fria e revoluções no Oriente Médio; fim da Guerra Fria, Guerras do Golfo, fundamentalismo e terrorismo; a “primavera árabe” e as questões atuais.

III. Programa
UNIDADE I
- Descolonização e formação dos estados no Oriente Médio
- O fim da I Guerra e a questão judaica/palestina

UNIDADE II: Guerra Fria e o Oriente Médio
- O estado de Israel e a questão palestina
- Revolução e pan-arabismo
- Guerras: 1967, 1973, Líbano
- Revolução iraniana e Afeganistão
- Irã x Iraque

UNIDADE III: Fim da Guerra Fria e a nova geopolítica no Oriente Médio
- Guerras do Golfo
- 11/09, intervenções e terrorismo

UNIDADE IV: Primavera árabe
- 2011: levantes, revoltas e reações
- Desdobramentos

IV. Metodologia
Aulas expositivas, discussão de textos, utilização de filmes e/ou documentários.

V. Avaliação
- uma avaliação escrita
- apresentação de trabalho ou textos (em grupo) a ser organizada em forma de seminário

VI. Bibliografia
BRENER, Jayme. Ferida aberta: o Oriente Medio e a nova ordem mundial [Coord. Emir Sader. São Paulo: Atual, 1993.
CALVOCORESSI, Peter. Política Mundial a partir de 1945. Porto Alegre: Penso, 2011.
DELMONTE, Luis Mesa. El Golfo Persico de posguerra. La Habana: Editorial de Ciencias Sociales, 1994.
DREHER, Martin Norberto e BASCETTA, Marco. Para entender o fundamentalismo. Ed. Unisinos.
FROMKIN, David. Paz e guerra no Oriente Médio: a queda do Império Otomano e a criação do Oriente Médio moderno. Rio de Janeiro: Contraponto, 2008.
HOURANI, Albert Habib. Uma história dos povos árabes. SP: Cia das Letras, 1994.
GRINBERG, Keila. O mundo árabe e as guerras árabe-israelenses. In: O século XX. RJ: Civilização Brasileira, 2000.
LOTFALLAH, Soliman. A lenta maturação do movimento nacional palestino.
MASSOULIÉ, François. Os conflitos do Oriente Médio. SP: Ática, 1994.
SAID, Edward W. Orientalismo: o oriente como invenção do ocidente. SP: Cia das Letras, 2007 (1978).
VIZENTINI, Paulo. A primavera árabe e a geopolítica do petróleo. Porto Alegre: Leitura XXI, 2012.
Le Monde Diplomatique Brasil: janeiro, março, abril, setembro, dezembro/2011
jan/fev 2012
julho/2013

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Disciplina: Seminário Especial em História Cultural III
Tema: As Américas na tela.
Profa. Eliane Garcindo de Sá
2º semestre 2013
Horário: segundas e quartas-feiras M3 e M4


Ementa:

O objetivo do curso é analisar aspectos da produção cinematográfica sobre as Américas. Considera-se a filmografia como produção cultural, que deve ser compreendida como expressão de olhares múltiplos e que devem ser entendidos em dimensões políticas e ideológicas. Os filmes serão apresentados em blocos temáticos e será enfatizada a dimensão da produção como uma interpretação das historicidades abordadas nos roteiros.