terça-feira, 29 de junho de 2010

Assembleia do CAHIS 01/07/2010

Pauta

• Criação da Revista Acadêmica do CAHIS
• Biblioteca da Pós-Graduação
• Laboratório de Informática do IFCH
• RAV-92
• Criação do Laboratório de estudos


Data: 01/07/2010 (quinta-feira)
Manhã: 12:30 na 9038F
Noite: 19:30 no CAHIS

sábado, 26 de junho de 2010

CAHIS premia calouro


No início do ano, o CAHIS distribuiu a seus calouros e calouras o livro "As Veias Abertas da América Latina" de Eduardo Galeano e pediu aos novos estudantes que escrevessem uma resenha sobre a obra. Prometemos premiar o melhor trabalho. O contemplado foi Rick Almeida do turno da noite. Ele ganhou da gestão Filhos da Pública IV o livro "Dialética da Natureza" de Friedrich Engels. Esperamos que a obra de Galeano tenha contribuído não só para a formação do Rick, mas de todos os calouros e calouras.

Rick Almeida (noite), ganhou o prêmio do CAHIS pela melhor resenha de "As Veias Abertas da América Latina" de Eduardo Galeano e recebeu "Dialética da Natureza" de Friedrich Engels.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Cine Clube CAHIS 24/06/2010 Apresenta "Paradise Now"



SINOPSE: PARADISE NOW - Amigos de infância, os palestinos Khaled (ALI SULIMAN) e Said (KAIS NASHEF) são recrutados para realizar um atentado suicida em Tel Aviv. Depois de passar com suas famílias aquela que teoricamente seria a última noite de suas vidas, sem poder revelar a sua missão, eles são levados à fronteira com bombas presas ao corpo.

A operação não ocorre como o planejado e eles acabam se perdendo um do outro. Separados, Khaled e Said têm de enfrentar seu destino e suas próprias convicções. Filmado em Nablus, o filme retrata a vida de pessoas comuns em circunstâncias desesperadoras, explorando as razões legítimas para a resistência à ocupação, sem nunca minimizar o ato de tirar vidas.

Direção: Hany Abu-Assad

Duração: 90 min. Gênero: Drama

Dia: 24/06/2010 às 18:00 na RAV-94

segunda-feira, 21 de junho de 2010

RESPOSTA DO CENTRO ACADÊMICO DE HISTÓRIA

Informamos a todos que possam interessar que não possuímos em nosso acervo cópias dos jornais. Ressaltamos que o objetivo do jornal é fazer com que haja discussão de assuntos relevantes entre os alunos do curso, por isso distribuímos todos os meses nas salas e corredores, entregando os jornais em mãos de cada estudante do curso, por tanto, não são verdadeiras as reclamações da aluna Hendie.

Informamos também que a linha editorial do Jornal do CAHIS segue a linha ideológica da "Gestão Filhos da Pública IV", o que não significa que não haja espaço para o contraditório. Nosso jornal tenta ser o mais democrático possível, pois seu intuito é fomentar a discussão. Por este motivo, reforçamos que é dito na distribuição mensal àqueles que desejem escrever para o jornal, que fiquem a vontade. Também há avisos no próprio jornal com o endereço eletrônico do CAHIS para que os alunos que quiserem escrever possam enviar suas matérias (como já ocorreu várias vezes).

Caso algum aluno tenha se sentido tocado com qualquer matéria referente ao jornal, pedimos que entre em contato com os membros da gestão do Centro Acadêmico para que possamos solucionar possíveis casos.

Sobre o contato da aluna reclamante com o aluno Roberto Santana sobre o jornal, não temos observação, já que o mesmo foi no âmbito pessoal. Se o aluno Roberto Santana possui cópias consigo, estas são de responsabilidade do mesmo e não da entidade.

Também lembramos a todos que críticas, reclamações, propostas e dúvidas sobre o procedimento da gestão devem ser feitas nas assembleias mensais para que tenham ressonância.

A assembleia deste mês será marcada até o fim do mês.

Atenciosamente.

Centro Acadêmico de História

"Gestão Filhos da Pública IV"

domingo, 20 de junho de 2010

Segunda-feira tem o primeiro evento do Pré-ENEH

PRÉ-ENEH

"REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO DE HISTORIADOR"
Presença da Professora Sônia Wanderley e do Professor André Campos, em nome do Departamento de História da UERJ.

Segunda-feira 21/jun/2010, 18h30, RAV 94

Detalhes em http://cahis-uerj.blogspot.com/2010/06/pre-eneh-regulamento.html
Realização
CENTRO ACADÊMICO DE HISTÓRIA
GESTÃO "FILHOS DA PÚBLICA IV"

"Progresso" que destrói o ambiente

18/06/2010 20h27
Inauguração de siderúrgica na Zona Oeste preocupa ambientalistas
CSA equivale ao tamanho de Leblon, Ipanema, Copacabana e Leme juntos.
Emissão de CO2 aumenta o volume de gases do efeito estufa na cidade.

O governador do estado do Rio, Sérgio Cabral, e o prefeito da cidade, Eduardo Paes, também participaram da cerimônia de inauguração junto com Lula. O empreendimento em Santa Cruz é gigantesco, e equivale ao tamanho dos bairros do Leblon, Ipanema, Copacabana e Leme, na Zona Sul, juntos. O complexo siderúrgico recebeu investimentos de 5 bilhões de euros, o que significa cerca de R$ 12 bilhões. A siderúrgica e é uma parceria entre o grupo alemão Thyssenkrupp e da brasileira Vale.

Aumento de 75% dos gases de efeito estufaSegundo a prefeitura, as emissões de CO2, o dióxido de carbono, chegarão a quase dez milhões de toneladas por ano, o que aumenta em 75% o volume de gases do efeito estufa na cidade. Ambientalistas dizem que isso pode comprometer a cobertura vegetal da região e aumentar a incidência de problemas respiratórios na população.

Durante entrevista coletiva nesta sexta, os executivos falaram que se preocupam com os danos ao meio ambiente, mas não explicaram como vão minimizar os problemas. Em nota, a CSA informou que desenvolve projetos, que nesta fase inicial, resultarão na compensação de 17% das emissões de gases poluentes.

"Toda empresa de grande porte, polui, mas há uma preocupação”, disse o presidente da Vale, Roger Agnelli.


Transcrito integralmente de http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2010/06/inauguracao-de-siderurgica-na-zona-oeste-preocupa-ambientalistas.html

sexta-feira, 18 de junho de 2010

QUATRO FATOS EM DEFESA E EM SOLIDARIEDADE À CUBA

QUATRO FATOS EM DEFESA E EM SOLIDARIEDADE À CUBA

Encerrou-se neste domingo, em Porto Alegre, a 18ª Conferência Nacional de Solidariedade à Cuba, onde mais de 300 representantes de treze Estados discutiram formas de contribuir para a defesa da Revolução Cubana frente às agressões do Império estadunidense e aos ataques midiáticos da grande imprensa privada. Independente da visão que se possa ter de Cuba, o apoio incondicional à Revolução se apresenta como uma das tarefas prioritárias da esquerda latino-americana como um todo; não se trata de simples solidariedade internacionalista para com a luta de 52 anos de um povo por sua autodeterminação soberana. Muito além disso, trata-se da defesa dos ideais e valores socialistas mais elementares, que se encontram intimamente associados à imagem de Cuba Socialista, num mundo onde o domínio político, militar e ideológico do capitalismo é esmagador. É importante ressaltar que, vinte anos antes, o desaparecimento do socialismo soviético do leste europeu não somente destruiu o stalinismo, mas também foi muito além, solapando toda e qualquer força política que se identificasse minimamente com os ideais socialistas, inaugurando uma era de retrocessos sociais e recuo das forças de esquerda da qual ainda hoje o mundo não se recuperou.


Defender pois a Revolução Cubana se torna tão importante quanto urgente. E uma das batalhas mais importantes dessa luta se dá no terreno das idéias, quebrando-se com fatos certos preconceitos e falsos juízos sobre Cuba arraigados ao senso comum geral. Há dessa forma quatro pontos básicos que todos precisam saber sobre Cuba:


PRIMEIRO FATO: QUANDO FALA DE CUBA, A MÍDIA NÃO É NEUTRA


Tal fato, embora possa ser óbvio para muitos, para o senso comum majoritário passa frequentemente despercebido. Assim, quando o assunto é Cuba, em primeiro lugar é sempre bom lembrar (e denunciar!) que a forma com que a mídia aborda a realidade cubana, aí inclusos a maioria dos órgãos da grande imprensa do Brasil e além, é falsa e extremamente tendenciosa, sendo orientada não no sentido de informar, mas antes de difamar, caluniar e atacar Cuba. Isso fica evidente quando se reconhece os interesses de classe aí envolvidos. É fato conhecido, embora há muitos isso possa passar despercebido, que se a Revolução aboliu a exploração capitalista de Cuba, e as empresas de comunicação no Brasil e em outros países são capitalistas, é evidente que o grande interesse dessa mídia capitalista é de destruir seu inimigo ideológico, promovendo uma guerra suja onde a primeira baixa é a verdade. Fica assim fácil entender porque todos os dias nos chegam notícias sobre "violações dos direitos humanos" e de "repressão política" em Cuba, como se direitos fundamentais tais como direito à educação, à saúde, emprego, alimentação e moradia, plenamente consolidados em Cuba (mais até do que em muitas "democracias") não fossem direitos humanos. Ou como se "prisioneiros políticos" como os 75 "presos de consciência" encarcerados em 2003 não fossem na verdade agentes de uma potência inimiga, cubanos equipados, financiados e orientados pelos EUA para agir contra o governo de seu país, o que configura crime de Estado não só em Cuba como também em muitas "democracias", aí inclusos Estados Unidos e Europa. Ou como se não houvessem em Cuba diversos opositores em liberdade, que não são perseguidos pelo governo e até mesmo participam livremente do processo político cubano e de suas eleições.


Por tudo isso, sempre que ver ou ler algo sobre Cuba nas telinhas, nos jornalões ou nas revistas semanais, pare, pense e reflita. Será que é mesmo verdade? E que interesses estão por trás de tais "notícias"?



SEGUNDO FATO: O BLOQUEIO E AS SUAS CONSEQÜÊNCIAS


Novamente, aqui cabe mais ressaltar do que informar. É fato conhecido por muitos a existência do bloqueio imposto à Cuba há mais de 50 anos, mas ainda assim há quem não o associe à situação econômica difícil que a ilha socialista passa. Fala-se de Cuba como um país "miserável" ou até "falido", um país "fechado" ao resto do mundo. Fechado sim, mas por uma porta que se tranca pelo lado de fora! Desde a Revolução, os EUA impõem à Cuba um bloqueio criminoso, que já custou ao longo das décadas quase uma centena de bilhões de dólares de prejuízo à ilha socialista, que se vê proibida pelo Império de comerciar com outros países e até mesmo usar o dólar, hoje dominante no comércio internacional. O pouco intercâmbio que Cuba consegue realizar só se faz driblando as restrições do Império. Tal bloqueio, caracterizado como crime de guerra pelo direito internacional, ainda limita remessas de dinheiro para Cuba de cubanos residentes nos EUA, e até mesmo cidadãos estadunidenses de viajar à Cuba, sob pena de prisão. Além disso, o Império ainda incita a imigração ilegal de cubanos para os EUA, como forma de desgastar a Revolução privando-a de seus melhores profissionais e especialistas!

Diante disso tudo, fica a pergunta: que país capitalista resistiria por mais de meio século a tantas agressões e restrições como as que se impõem sobre Cuba? Que capitalista continuaria "rico e próspero" sob tal cerco?


TERCEIRO FATO: A DEMOCRACIA E AS INSTITUIÇÕES EM CUBA


O primeiro erro em que se incorre ao se falar em "democracia" é tratar tal conceito como algo absoluto: "ali" é uma "democracia", "acolá" é uma "ditadura". O que existe na verdade são nações mais democráticas (ou menos) do que outras; e o fato é que Cuba, por mais que se diga o contrário, é uma das nações mais democráticas do mundo, principalmente por seu extremo zelo para com os direitos humanos mais básicos (educação, saúde, alimentação, moradia, etc), mas também por sua própria estrutura política. Custa muito ao senso comum acreditar que, na "ditadura dos Castro", há sim instituições, leis e tribunais. Mais, há também protagonismo popular, não somente através de eleições como também na fiscalização dos representantes do povo. O máximo poder existente em Cuba, o Conselho de Estado, tem seus membros eleitos dentre os deputados da Assembleia Nacional, que por sua vez tem seus membros eleitos através de eleições diretas e secretas, onde a participação popular chega próxima aos 100% e os votos brancos e nulos nunca ultrapassam 5%. Os candidatos “ que uma vez eleitos, podem a qualquer momento ter seu mandato revogado pelo povo“ são indicados em assembleias de bairro em todo o país, e o Partido Comunista, embora seja o único existente, não lança candidatos “ entende-se o papel do Partido não como entidade que visa disputar votos, mas sim como instituição inspiradora e propagadora dos ideais socialistas. Até mesmo Fidel e Raúl Castro, para chegarem à presidência, precisam antes ser eleitos deputados em suas respectivas zonas eleitorais!


QUARTO FATO: A SOLIDARIEDADE INTERNACIONALISTA DE CUBA PARA COM O MUNDO


Quando o assunto é a solidariedade de Cuba para com os povos do mundo, chega-se aí a um dos fatos mais importantes “ e não por coincidência, menos divulgados “ sobre a Revolução. De fato, há muito que essa nação do Caribe já fez pelo mundo em seus poucos mais de cinquenta anos de trajetória revolucionária, muito mais até do que se poderia esperar de um país tão pequeno e fustigado. Nos campos político e militar, a ilha cumpriu o importante papel de fornecer apoio aos povos latino-americanos nos tempos em que quase a totalidade do continente se via assolado por ditaduras civil-militares, tendo a Revolução influenciado e ajudado na sobrevivência de toda uma geração de líderes de esquerda da região. Decisivo também foi o auxílio das forças expedicionárias cubanas na consolidação das independências de Angola e Namíbia, e mais importante, na destruição das pretensões expansionistas do apartheid, fazendo da ajuda cubana decisiva para a queda do regime sul-africano de segregação racial, conforme o próprio Nelson Mandela admitiu ao chamar Fidel Castro de "irmão de luta". E no campo da saúde popular, há décadas que Cuba mantêm centenas de médicos por todas as partes do mundo, fornecendo atendimento gratuito e de qualidade para milhões de pobres e desamparados, pessoas que sem a ajuda da Revolução não teriam qualquer assistência à saúde. Quem sabe, por exemplo, que Cuba já prestava ajuda ao povo do Haiti antes mesmo do terremoto? Inclusive, a ajuda cubana se faz presente até mesmo no tratamento cirúrgico, como na Operação Milagro, que já devolveu a visão a milhares de pessoas cegas na América Latina e na África.


Aqui, porém, mais do que nunca, Cuba desafia o senso comum. Àqueles acostumados aos valores de nossa "modernidade" capitalista, fica difícil reconhecer que um país pequeno, empobrecido por um bloqueio cruel e com tantos problemas econômicos, possa se dedicar a ajudar povos de outros países sem esperar nada em troca. Trata-se de um choque de visões de mundo. O senso comum é incapaz de ver que, por trás da solidariedade internacionalista, há valores diferentes. São valores como humanismo, amizade, cooperação, igualdade e o mútuo auxílio pelo bem-estar comum, valores do socialismo. Quem não enxerga essa questão fundamental jamais entenderá a força que guia e mantém viva a Revolução, nem tampouco será capaz de ver o que a experiência socialista cubana, independente de seus defeitos ou problemas, tem de melhor pra oferecer ao mundo: o exemplo de que outra sociedade, mais humana e superior ao capitalismo, não só é necessária como, também, é real e perfeitamente viável.


Fonte: http://auto-gestao.blogspot.com/2010/06/quatro-fatos-em-defesa-e-em.html

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Pré-ENEH. Regulamento.

"PRE-ENEH - REGULAMENTO

O Pré-ENEH, deliberado em Assembleias realizadas em 26 de maio de 2010, tem a intenção dupla de viabilizar uma melhoria na funcionalidade das inscrições da delegação da UERJ, e aprofundar debates do interesse da comunidade acadêmica do curso de História. Neste sentido, a participação nos eventos, dispõe-se como prioridades para a lista final da delegação.

A participação no evento dota o inscrito de preferência na lista final. Serão dois os eventos, contemplando os turnos da manhã e da noite. Não é necessário participar nos dois turnos, já que serão repetidos. O primeiro será realizado na sexta-feira dia 18 de junho às 10:30 e na segunda 21 de junho às 18:30 na RAV-94 com o debate sobre a "REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO DE HISTORIADOR", com a presença da professora Sônia Wanderley e do Professor André Campos, em nome do Departamento de História da UERJ. O segundo será em agosto, com datas a serem definidas, com o tema sobre "Memória do Movimento Estudantil na UERJ".

Critérios de desempate

1º apresentação de trabalhos no ENEH (as inscrições estão abertas no site http://www.eneh2010.blogspot.com/ )
2º participação nos Pré-ENEH (máximo de 2)
3º sorteio

Para os que não estão interessados em participar do evento, mas desejam compor a lista, depois de todos esses critérios, adotar-se-á a ordem de chegada.

A lista de presença será passada no final de cada evento.

Não é necessário se inscrever no ENEH para participar dos debates do Pré-ENEH, já que esses encontros servem para discussões relevantes para o curso.

Lembre-se que para as inscrições é necessário colocar Nome, Matrícula, Identidade, órgão Expedidor, CPF, e-mail e telefone para contato.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Nacionalismo revolucionário

15/06/2010 15h48 - Atualizado em 15/06/2010 15h50

Tae Se, o 'Rooney asiático', chora na hora do hino da Coreia do Norte

Atacante se emociona antes da estreia do seu país na Copa do Mundo

Transcrito de http://globoesporte.globo.com/futebol/copa-do-mundo/coreia-do-norte/noticia/2010/06/tae-se-o-rooney-asiatico-chora-na-hora-do-hino-da-coreia-do-norte.html

A execução do hino nacional da Coreia do Norte, antes da partida contra o Brasil, foi marcada por um momento de forte emoção. O atacante Tae Se, conhecido como o 'Rooney Asiático', não segurou as lágrimas por ter a chance de representar seu país em uma Copa do Mundo.

A FACE OCULTADA DO FUTEBOL

Texto de Laurindo Lalo Leal Filho, transcrito integralmente de http://www.cartamaior.com.br/templates/colunaMostrar.cfm?coluna_id=4672

A face ocultada do futebol

A TV Brasil e a TV Câmara mostraram alguns aspectos da face do futebol que é ocultada pela TV comercial. Sócrates, o capitão da seleção brasileira de 1982 e o jornalista José Cruz, levantaram algumas pontas do véu que cobre, não apenas o futebol, mas grande parte de toda a estrutura esportiva existente no Brasil.

Laurindo Lalo Leal Filho

Está no ar o maior espetáculo de televisão. Em audiência nada bate a Copa do Mundo. Na Alemanha, em 2006, os 64 jogos foram vistos por 26 bilhões de telespectadores, número que neste ano pode alcançar os 30 bilhões.

São 60 bilhões de olhos vendidos pela FIFA para as emissoras de TV comercializarem com os seus anunciantes. As cifras envolvidas em dinheiro são estratosféricas. Ganham a Federação internacional, as empresas de televisão e os anunciantes reforçando marcas e alavancando a venda de produtos e serviços.

Um ciclo perfeito, onde nada pode ser criticado. Normalmente, a TV no Brasil não critica os jogos transmitidos já que, dentro da lógica empresarial, seria um contrasenso mostrar defeitos do próprio produto. E o futebol, para a TV, nada mais é do que um dos seus produtos, assim como as novelas e os programas de auditório.

Dessa forma se todos ganham e não há criticas, o grande espetáculo do futebol, em sua dimensão máxima que é a Copa do Mundo, chegaria as raias da perfeição. Pelo menos é que mostra a TV.

Mas, e ainda bem que há um mas nessa história, a TV Brasil e a TV Câmara mostraram no programa VerTV alguns aspectos da face do futebol que é ocultada pela TV comercial. Sócrates, o capitão da seleção brasileira de 1982 e o jornalista José Cruz, levantaram algumas pontas do véu que cobre, não apenas o futebol, mas grande parte de toda a estrutura esportiva existente no Brasil.

Para começar não é verdade que todos ganham. Há quem perda, e são muitos. Por exemplo, os jovens que por força da TV associam desde cedo o sucesso esportivo com o consumo de cerveja. Ou desprezam o estudo, uma vez que seus ídolos não precisaram dele para alcançar a glória e a fama.

No programa, Sócrates foi enfático: “A TV vende o sonho do consumo. Vende atitude, aparência, comportamento, moda. Mas, é incapaz de vender educação. E vender esporte sem educação é um crime. Mostram ídolos do futebol que não estudam e são um péssimo exemplo para a sociedade. E não por culpa deles apenas. O sistema estimula que saiam da escola”.

Afirmação que desperta uma curiosidade. A mídia revela diariamente minúcias da vida dos jogadores. Onde vivem, que carros possuem, como são suas casas e suas famílias. Só não dizem até que ano estudaram, em quais escolas, como eram enquanto alunos. Por que será? Sócrates responde: “a ignorância dos jogadores é estimulada pelo sistema. A ele não interessam profissionais com possibilidade de critica”.

O jornalista José Cruz mostra outras perdas. De toda a sociedade. Por exemplo, com a irresponsabilidade dos dirigentes esportivos nos clubes, federações e confederações. Embora privadas, essas entidades recebem dinheiro público e, por isso, deveriam prestar contas publicamente. “As loterias esportivas repassam dinheiro para o futebol. A Timemania está hoje tapando o buraco das dívidas fiscais dos clubes produzidas por dirigentes irresponsáveis”.

E mostra outras
perdas sociais. A do dinheiro público desperdiçado, por exemplo, nos Jogos Panamericanos do Rio, em 2007. Dá dois exemplos retirados do relatório do Tribunal de Contas da União: “a compra de 5 mil tochas para serem acesas no evento, das quais só chegaram 500 e, ainda assim apenas 380 foram aproveitadas e a descoberta, depois dos Jogos, pelos auditores do TCU, de 880 caixas contendo aparelhos de ar condicionado que sequer foram abertas. E tudo isso segue impune”.

Tanto Sócrates, como José Cruz, alertam para o fato da seleção nacional e dos seus jogos serem eventos públicos que, no entanto, estão totalmente privatizados. “A seleção brasileira – que usa as cores, o hino e a bandeira do nosso pais – deveria ter parte de suas receitas revertidas para o futebol brasileiro, muito pobre em várias regiões do Brasil”, diz o jornalista.

Sócrates lamenta o volume de recursos jogados fora pela falta de uma política esportiva de Estado. Para ele “o esporte deveria ser um braço da saúde e da educação. Se não ele fica solto” e aponta a deficiência dos cursos de Educação Física: “não há um que trate o esporte com viés comunitário. É tudo individualista”.

E há mais. Quem quiser saber basta entrar no site da
TV Câmara, clicar em “conhecer os programas” e depois no VerTV. Lá revela-se um pouco do que a TV comercial teima em ocultar.


Laurindo Lalo Leal Filho, sociólogo e jornalista, é professor de Jornalismo da ECA-USP. É autor, entre outros, de “A TV sob controle – A resposta da sociedade ao poder da televisão” (Summus Editorial).

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Plantão CAHIS na Copa

Nesta terça-feira, 14jun2010, não haverá aulas na UERJ em função de Brasil x Coreia do Norte, estreia brasileira na Copa do Mundo.

CAHIS NA TORCIDA PELA COREIA DO NORTE, DENTRO E FORA DA COPA



Saiu no Globoesporte.com:

"Kim Jong-Il não joga pela Coreia do Norte, mas foi citado algumas vezes pelo técnico do país, Kim Jong Hun, na entrevista coletiva antes da estreia contra o Brasil. Jong-Il é exemplo, inspiração, referência, ídolo, é "o líder supremo" da Coreia do Norte. Sempre tratado com muito respeito e reverência. O técnico da seleção chegou a dizer que buscaria uma histórica vitória contra o Brasil para deixar seu líder orgulhoso. E se irritou com as constantes perguntas que chamavam seu país simplesmente de "Coreia do Norte" ou que insinuavam que a nação é governada por uma ditadura. Quando falarem do meu país, por favor chamem-o pelo nome certo: “República Democrática Popular da Coreia do Norte” - pediu o treinador, que será o primeiro rival do Brasil na Copa do Mundo, em jogo nesta terça-feira no estádio Ellis Park, em Joanesburgo."


O BLOG DO CAHIS faz uma rápida comparação entre os dois países, vamos ver quem se dá melhor:

Títulos de Copa do Mundo
Brasil 5x0 Coreia do Norte

Percentagem de população miserável
Brasil 25,08% (2005) x 0% Coreia do Norte

Número de pessoas que passam fome
Brasil 14 milhões x 0 Coreia do Norte

Índice de desnutrição infantil
Brasil 7% x 0% Coreia do Norte

Analfabetismo
Brasil 16 milhões x 0 Coreia do Norte


SE O BRASIL VENCER SEU JOGO CONTRA A REPÚBLICA DEMOCRÁTICA POPULAR DA COREIA, COMEMORE. DEPOIS, SE VOCÊ PRECISAR DE DEPENDER DE HOSPITAL PÚBLICO OU DE ESCOLA PÚBLICA E VER FAMÍLIAS DORMINDO NA RUA OU CRIANÇAS VICIADAS EM TÓXICOS, VEJA O QUE É O CAPITALISMO.

MAS O BRASIL É PENTACAMPEÃO DO MUNDO...

Che Guevara completaria 82 anos

Assista em http://www.youtube.com/watch?v=SynVFM_6ezk

Neste 14/06/2010 faria 82 anos Ernesto Guevara de La Serna, um dos maiores revolucionários que a história já ouviu falar. Che foi, junto com Raul Castro, um dos brilhantes comandantes de “La Revolución” que, segundo ele mesmo, foi a primeira grande derrota do imperialismo na América Latina e um símbolo para todos os povos oprimidos do mundo. Além de sua contribuição estratégica na guerrilha cubana, Che deixou legado enorme em muitas áreas do conhecimento humano, através de escritos econômicos, políticos, além de ter inaugurado a guerra de guerrilhas chamada de “foquismo” e mais tarde em sua homenagem de “chevarismo”.
Deixou diversos livros e manuscritos, sendo chamados de “o ser humano mais completo do século XX” pelo filósofo Jean Paul Sartre. Escreveu e refletiu sobre quase todos os temas possíveis, e sobre os revolucionários Che disse:

“Devo dizer, correndo o risco de parecer ridículo, que o verdadeiro revolucionário é movido por sentimento de amor”

Sobre a universidade Che escreveu algo que pode ser considerado revolucionário ainda nos dias de hoje, ou par muitos da UERJ subversivo:

"Um dos grandes deveres da Universidade é implantar suas práticas profissionais ao seio do povo."

Sobre a juventude Guevara também refletiu:

"Ser jovem e não ser revolucionário é uma contradição genética."

Afirmou diversas vezes que morreria por sua causa:

“No momento em que for necessário, estarei disposto a entregar a minha vida pela liberdade de qualquer um dos países da América Latina, sem pedir nada a ninguém”

O Comandante Che Guevara foi morto em 09/09/1967 pela ordem do próprio presidente de Bolívia General René Barrientos, através do coronel Joaquín Zenteno Anaya, e com a participação do agente da CIA Felix Rodriguez, também conhecido como Capitão Ramos.

O autor do livro, “O ministro Che Guevara, testemunho de um colaborador”, o engenheiro químico Tirso Saenz trabalhou com o comandante até sua partida, em 1965, para lutar em outras guerrilhas. Este autor afirma em seu livro: Eu mesmo vi Che dizer muitas vezes, quase que profeticamente, “Eu não morrerei como um burocrata. Morrerei combatendo em uma montanha”.

Gabriel Siqueira

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Fotos do Evento sobre Comunicação no Flickr

Já estão no nosso Flickr as fotos do evento sobre mídia e manipulação da informação.
Acesse: www.flickr.com/photos/cahisuerj2010/

ATO DE SOLIDARIEDADE AO POVO PALESTINO

Membros da "Gestão FILHOS DA PÚBLICA IV", Gabriel Siqueira e Bruno Peres representaram o CAHIS no ato em defesa do povo palestino.

Quem passava pela Cinelândia na tarde de 8 de junho conferiu o ato em solidariedade ao povo palestino convocado pelo Comitê de Solidariedade à Luta do Povo Palestino. Dezenas de pessoas manifestaram seu repúdio ao ataque sanguinário do Estado sionista de Israel à frota Gaza Livre.
Uma das manifestantes, que esteve na Faixa de Gaza há pouco tempo, denunciou que o ataque à frota Gaza Livre foi comemorado pela juventude sionista nas ruas de várias cidades israelenses e que o Estado de Israel trabalha noite e dia para introduzir sua mentalidade fascista na consciência da população.
Bandeiras, faixas e cartazes erguidos pelos manifestantes marcaram o apoio dos lutadores e democratas brasileiros à causa da libertação palestina. Estiveram presentes diversos grupos sociais e políticos, que denunciaram a política terrorista de Israel e opressões semelhantes, como a da Guarda Municipal do Rio, que compra "avião-espião", spray de pimenta e armas de choque desenvolvidas pelo exército de Israel, e as utiliza na opressão aos trabalhadores e contra protestos dos movimentos sociais.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Debate Sobre o Papel dos Meios de Comunicações e Manipulação da Informação 10/06/2010


Em tempos de pensamento único midiático, o CAHIS promove mais um grande debate sobre o papel dos meios de comunicação e a manipulação da informação.
Convidados:
Sônio Wanderley - Professora da UERJ e do CAP-UERJ, formada em Comunicação e História
Paulo Ramos - Deputado Estadual
Jesus Antunes - Jornalista
Maio Augusto Jakobskind - Jornalista
Dia 10/06/2010 (quinta-feira)
Auditório 91 - 9º andar
A partir das 16:00 horas com a exibição do documentário "Muito Além do Cidadão Kane" sobre a vida de Roberto Marinho, até hoje proibido no Brasil!
Realização
CAHIS - UERJ
Gestão Filhos da Pública IV

domingo, 6 de junho de 2010

Para a direita, este é o espaço para o contraditório



Tropa de elite
"Diante da popularidade do governo que combate há oito anos, a imprensa conservadora se organiza como nunca para tentar evitar nova indigestão eleitoral"


Roberto Civita, presidente do Grupo Abril, foi um dos participantes do fórum do Instituto Millenium em defesa da liberdade de expressão (Fotos: Divulgação)



Durante 12 horas de uma segunda-feira, 1º de março, colunistas e comentaristas de alguns dos veículos de comunicação comercial de maior tiragem e audiência no país estiveram reunidos em São Paulo para um tipo de discussão inédito, em um hotel num bairro nobre da cidade. O 1º Fórum Democracia e Liberdade de Expressão tinha, como cerne, debater “constantes ameaças” exercidas especialmente por governos sul-americanos – incluindo o brasileiro.Dois altos comandantes de empresas de comunicação participaram – Roberto Civita, do Grupo Abril, e Otavio Frias Filho, da Folha de S.Paulo. As exposições mais proeminentes, porém, couberam a quem é contratado para emitir opiniões. O geógrafo Demétrio Magnoli (revista Época e Folha), o cineasta Arnaldo Jabor (Jornal da Globo e Rádio CBN), o jornalista Reinaldo Azevedo (Veja Online), o filósofo Denis Rosenfield e outros articulistas protagonizaram as duras acusações ao governo federal, à esquerda e ao PT, no que diz respeito a “atentar contra a liberdade de expressão, de imprensa e a democracia”.Junto de representantes de empresas de comunicação sul-americanas e de jornalistas como William Waack (Jornal da Globo e Globonews), Carlos Alberto Di Franco (Estadão) e Carlos Alberto Sardenberg (CBN e Globonews) ofereceram um receituário informal para a cobertura do pleito. O conjunto de recomendações funcionaria como um guia sobre como se posicionar, política e partidariamente, durante as eleições presidenciais deste ano.“Parece-me que, pela primeira vez de uma forma pública, houve um evento com espaço para articular uma pauta”, avalia Cristina Charão, membro do Coletivo Intervozes e editora do Observatório Direito à Comunicação. “Não é só eleitoral, é uma pauta programática”, completa. Ela pondera que, antes, apenas em encontros de entidades patronais, como a Associação Nacional de Jornais (ANJ), empresários do setor se reuniam, mas sem delimitar tão claramente uma plataforma. Desta vez, até os vídeos das palestras estão no YouTube.







"A questão é como impedir politicamente o pensamento de uma velha esquerda que não deveria mais existir no mundo" Arnaldo Jabor


"Se o Serra ganhasse, faríamos uma festa em termos das liberdades. Mas a perspectiva é de que a Dilma vença" Demétrio Magnoli


"A imprensa tem que acabar com o isentismo e o outroladismo, essa história de dar o mesmo espaço a todos" Reinaldo Azevedo




"Eu sou socialdemocrata, tenho simpatia pelo PSDB. Não tenho nenhuma vergonha de dizer isso. Sou oposição hoje. Totalmente" Marcelo Madureira

"Observamos no Brasil tendências cada vez maiores de cerceamento da liberdade de expressão. O projeto é claro" Denis Rosenfield

Questão de projeto
O organizador do evento foi o Instituto Millenium, associação constituída em 2006 e hoje com status de Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip). Orgulha-se de não receber dinheiro público e lista, entre os colaboradores financeiros, João Roberto Marinho, Jorge Gerdau Johannpeter e Roberto Civita. A ONG assume posições claras de defesa de livre mercado, propriedade privada, democracia representativa, “sem caráter partidário”.
Alguns pontos dessa agenda são: nada de democracia participativa, de políticas de ações afirmativas (como cotas), de presença do Estado na economia ou de constituição de algum mecanismo de controle da sociedade sobre o que se produz em termos de comunicação social, sobretudo aquela veiculada por meio de concessões públicas, como emissoras de rádio e TV. Ou, como definiu Rosenfield, articulista do Estadão e da Folha: “Observamos no Brasil tendências cada vez maiores de cerceamento da liberdade de expressão (...). O projeto é claro. Só não vê coerência quem não quer”, afirma.
Aliás, mesmo o compromisso das empresas de comunicação comercial com os valores tão caros aos participantes do fórum chegou a ser questionados. Reinaldo Azevedo, blogueiro da Veja, alertou os colegas que a “guerra da democracia do lado de cá” está sendo perdida. Para mudar? “Na hora em que a imprensa decidir e passar a defender os valores que são da democracia, da economia de mercado e do individualismo, e que não se vai dar trela para quem a quer solapar, começaremos a mudar uma certa cultura”, previu.
Demétrio Magnoli contribuiu para apontar a direção almejada. “Se o Serra ganhasse, faríamos uma festa em termos das liberdades. Seria ruim para os fumantes, mas mudaria muito em relação à liberdade de expressão. Mas a perspectiva é de que a Dilma vença”, lamentou.
O humorista Marcelo Madureira assinalou em seu depoimento que “como cidadão se sente ameaçado” naquilo que lhe é mais caro, por ter representado “a luta da minha vida por viver num país democrático”. O casseta não poupou críticas a Lula – “o presidente da República faz da mentira prática política” – e admitiu sua preferência partidária: “Eu sou socialdemocrata, tenho simpatia pelo PSDB. Não tenho nenhuma vergonha de dizer isso. Eu sou oposição hoje. Totalmente”.
Longe dali, o jornalista e professor aposentado da Universidade de São Paulo (USP) Bernardo Kucinski, colaborador da Revista do Brasil, acredita que se trata de uma tentativa artificial de os empresários da comunicação dizerem que há censura no Brasil por parte do Estado. “Os setores conservadores querem se antecipar a um debate que deve ser feito, que é inevitável, que é o debate do oligopólio dos meios de comunicação”, resume, em entrevista à revista Fórum. “Então eles exacerbam o discurso, que se torna cada vez mais agressivo, raivoso.” Para Kucinski, a afirmação de que há censura no Brasil ou ameaças às liberdades de imprensa não procedem. Segundo ele, houve casos em que o Judiciário manifestou-se em relação a alguns veículos. “Liberdade de quem? É só discurso pela liberdade empresarial”, alfineta.
Partidarismo?
A partir de 2005, quando alguns dos principais expoentes do governo Lula sofriam um bombardeio de acusações, defensores do governo foram progressivamente se inclinando a um discurso de enfrentamento à mídia. Refutavam denúncias atribuindo-lhes caráter de golpismo e defesa de interesses da elite brasileira. A expressão mais famosa foi cunhada pelo deputado federal Fernando Ferro (PT-PE), e tornada famosa na blogosfera após adoção pelo jornalista Paulo Henrique Amorim, em seu Conversa Afiada: Partido da Imprensa Golpista, o PIG.Agora, passado o encontro de 1º de março, ganharam novo ímpeto as acusações de conspiração por parte da mídia. Um dos relatos mais detalhados, que poderia até soar como teoria da conspiração se não tivesse tantas aplicações práticas no dia a dia da imprensa, é assinado pelo jornalista Mauro Carrara, que nomeia como “Tempestade no Cerrado” uma nova operação de bombardeio midiático sobre o governo Lula. A paródia de “Tempestade no Deserto”, ação militar dos Estados Unidos na primeira Guerra do Golfo, em 1990, envolveria ataques por frentes variadas e com intensidade – como resgatar o “mensalão”, vincular Lula ao Irã e a Cuba, destacar notícias econômicas negativas, e por aí afora.O professor Venício Lima, do Núcleo de Estudos sobre Mídia e Política da Universidade de Brasília (UnB), pondera: “Como no Brasil não há restrições à propriedade cruzada de tipos de canais, os conglomerados são multimídia – donos de jornais, rádios, TVs e grandes portais –, o que reduz o número de empresas a poucos grupos em todo o país”, lembra. O professor organizou um livro sobre o papel dos principais veículos na campanha de 2006, incluindo três estudos quantitativos – do Observatório Brasileiro de Mídia, do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj) e da Escola Superior de Propaganda e Marketing de São Paulo (ESPM-SP) – a respeito da cobertura. Todos indicaram predisposição para favorecer o então candidato da oposição, Geraldo Alckmin (PSDB).Para Venício, seria uma conduta de lealdade, honestidade e correção ética se a mídia assumisse a preferência por seus candidatos, prática de exceção no Brasil, adotada apenas por O Estado de S. Paulo, entre a mídia convencional. Ou por Carta Capital, entre as revistas comerciais, e esta RdB, em 2006 – a exemplo do que fazem veículos importantes nos Estados Unidos.“É uma situação mais ou menos invertida em relação ao Brasil: lá (nos EUA), ao assumir o apoio, há um esforço para que essa posição não contamine a cobertura jornalística”, aponta Venício. “Aqui, os grupos de mídia, embora não declarem abertamente o apoio a um candidato, essa posição fica cada vez mais explícita por contaminar a cobertura. Mesmo assim há uma certa subestimação da capacidade crítica do público, de que adotam conduta imparcial”, compara.Em outros momentos da história política recente do país, as grandes coberturas da imprensa não davam indicações de haver uma articulação orquestrada. O chamado “pensamento único” em relação a temas como privatizações, flexibilização de direitos trabalhistas, liberdade para o próprio mercado ditar os rumos da economia etc. parecia fluir de um entendimento tácito. Agora, o fórum do Instituto Millenium expõe uma conduta organizada e inédita. Os desdobramentos dessa articulação poderão ser acompanhados com a chegada da temporada eleitoral. E qual será o peso dessa unidade frente ao potencial da internet de multiplicar o acesso à informação – em ascensão inclusive nas classes C e D? A conferir, nos próximos capítulos.

Cartilha ou coincidência?
O 1º Fórum Democracia e Liberdade de Expressão explicitou posições políticas da mídia conservadora. Há quem diga que o receituário sempre esteve presente no noticiário. Outros apostam num recrudescimento do chamado “pensamento único” a partir dessa articulação inédita em torno de pautas como:

“Novo comando do PT ataca mídia na 1ª reunião” (O Globo, 6/3/2010: “A cúpula do PT está disposta a intensificar o debate ideológico sobre o papel da mídia na cobertura da campanha presidencial”).

“Liberdade em risco” (Zero Hora, 6/3/2010, em editorial: “As constantes tentativas de interferência na atuação da imprensa têm mais defensores entre integrantes do Partido dos Trabalhadores do que no governo”).
Críticas à política externa

“Presidente é cúmplice da tirania, afirma grevista” (Folha, 10/3/2010, sobre comportamento de Lula em visita a Cuba).

“Defesa do Teerã reforça isolamento brasileiro” (Folha, 4/3/2010, análise aponta “soberba” da política externa por defender diálogo com o Irã mesmo frente a Hillary Clinton, secretária de Estado norte-americana).
Desqualificar Dilma Rousseff
“A questão é como impedir politicamente o pensamento de uma velha esquerda que não deveria mais existir no mundo” (fala de Arnaldo Jabor, no fórum).
“Novata, Dilma obedece aos veteranos do PT” (Folha, 21/3/2010. Direta como a reportagem, uma charge mostrava Dilma como uma marionete controlada pelos tais “veteranos”).
Assumir posição eleitoral
“A imprensa tem que acabar com o isentismo (sic) e o outroladismo (sic), essa história de dar o mesmo espaço a todos” (fala de Reinaldo Azevedo no fórum).
“Serra vai se lançar candidato defendendo ‘Estado ativo’” (Estadão, 13/3/2010, manchete da edição que inaugurava o novo projeto visual. “Sinceridade, serenidade, crítica sem agressão, propostas no lugar de promessas são as linhas gerais da campanha presidencial do governador de São Paulo, José Serra”).
“Enfim, candidato! Serra admite na TV que concorrerá à Presidência” (Veja, 22/3/2010).
“Serra comemora aniversário em meio à agenda intensa” (Folha Online, 19/3/2010. “Nem mesmo em seu aniversário o governador deixará sua agenda pública de lado, que nos últimos dias anda cheia por conta das obras e realizações que pretende inaugurar antes do prazo máximo para a desincompatibilização do cargo para a disputa eleitoral, no início de abril”).
Combater intervenções do Estado
“Banda larga é eleitoral” (Estadão, 13/3/2010. Ethevaldo Siqueira, articulista de tecnologia, critica a proposta de uso de redes públicas de fibra óptica para fornecer acesso à internet em alta velocidade a todo o país).

sábado, 5 de junho de 2010

O COLONIALISMO NORTE AMERICANO E O QUADRO PARTIDÁRIO BRASILEIRO

Transcrito da internet
Até chegarmos aos nossos dias, quando a dominação norte-americana, preferencialmente, consuma-se através da economia, a história de intervenções militares dos EUA na América Latina, é cheia de tristes episódios.

O império mantém sua presença militar na região, através do Comando Sul, um dos cinco mais importantes para o Pentágono e que tem como missão espionar e controlar vinte países.

Submeteu toda a América Central, não deixando que os países da área se desenvolvessem, sendo apenas agrícolas, para abastecerem os EUA de banana, café, milho, cana de açúcar e frutas. As nações foram por eles denominadas como “Republic Bananas”. A região, que vai da península do Yucatán no México até a Colômbia, foi vítima do imperialismo francês, do espanhol, do inglês e do norte-americano.

Porto Rico, criador de gado, foi anexado aos EUA em 1952. Muito antes, 1845, anexaram a República do Texas, ex território mexicano. Desde a mais populosa Guatemala, até o pequenino Belize, os EUA exercem rigoroso controle. Derrubaram vários governos que queriam libertar seus povos. Por isso, Cuba é, para eles, mau exemplo que precisa ser exterminado. Chávez, na Venezuela, precisa ser derrubado.

Tendo que retirar do Panamá o Comando das Bases Militares Americanas, em 1977, devido ao acordo Jimmy Carter-Torrijos, transferiu-o para Miami. Torrijos, que instalou no Panamá um governo nacionalista, foi assassinado pela CIA, em “acidente” de avião.

A partir de 2000, instalou centros de movimentações estratégicas, os Postos Avançados de Operação (Forward Operation Location), para controle sub-regional e uso em guerras relâmpagos, com tropas aerotransportadas. O Instituto de Cooperação Hemisférica, ex Escola das Américas, localizado na Geórgia, treina soldados latino-americanos em técnicas de combate, técnicas de comando, técnica de tortura e inteligência militar.

Possuem várias bases em diversos países:
Em El Salvador, a Base militar de Comalapa.
Em Honduras, a Base Soto Cano; na Costa Rica, a Base Libéria. No Peru têm a Base de Iquitos e a de Nanay. No Paraguai, a Base Mariscal Estigarribia; em Porto Rico, a base localizada em Vieques, que ocupa 70% do território da ilha. Em Aruba, possessão da monarquia dos Países Baixos, nas proximidades da Venezuela, têm a Base Militar Reina Beatriz e a Hatos. Alugam a Ilha Diego Garcia, território inglês no oceano Índico, para operação de soldados americanos e serve como prisão de passagem para detentos a serem remetidos a Guantánamo. Em Cuba, desde 1903, instalaram a base de Guantánamo. Na Colômbia, possuem a Base Militar de Larandia, a Três Esquinas e a de Arauca e o governo de Álvaro Uribe autorizou a instalação de mais cinco bases terrestres e duas marítimas.

Recente decisão do governo do Equador obrigou-os a sair da base de Manta, onde utilizavam aviões espiões, monitoravam radares, satélites etc.

INVASÕES MILITARES:
ARGENTINA: Em 1890
BOLÍVIA: 1986: a pretexto de combater tráfico de cocaína
CHILE: Em 1891 esmagaram rebeldes nacionalistas.
COLÔMBIA: 2000, bombardeamento da floresta com gás verde.
CUBA: Em 1898 sitiaram o país até 1902 – Em 1906 e 1909: interferem em eleições – 1912: desculpa de defender interesses dos EUA – 1917: permaneceram até 1933
EL SALVADOR: 1932: combater as FMLN
GRANADA: 1983/4: assassinaram o primeiro ministro Maurice Bishop
GUATEMALA: 1920: interferência em greve – 1954: derrubam o presidente Jacobo Arbenz – 1966/67: combater movimento nacionalista revolucionário
Haiti: Em 1891 esmagam revolta operária. – 1815: ocupam o pais até 1934. – 1994: interferem em conflito interno.
HAWAI: Em 1893 anexam o território.
HONDURAS: Em 1907 para interferir na guerra contra a Nicarágua – 1911: defesa de interesses americanos -1912: para proteger multinacionais americanas - 1919: Colocam um títere no poder – 1924 e 1925: interferem em eleições – Em 1983 e 1989 para instalação de bases militares
ILHAS VIRGENS AMERICANAS: anexadas. Em 1950 invadem para combater revoltosos antiamericanos. (As outras Ilhas Virgens são de domínio inglês)
MÉXICO: em 1846/48-Guerra Mexicano-Americana. Anexaram a República do Texas em 1845. – 1913: invasão de marines. – 1914/1918: invasão para combater os nacionalistas.
NICARÁGUA: Em 1894 ocupam o território – Em 1898 invadem o Porto de San Juan Del Sur – 1907: invadem e declaram o país como protetorado – 1910: invadem Bluefields e Corinto – 1912 invadem e ocupam o país por vinte anos.
PANAMÁ: Invasão em 1895 – Em1901 ocupam a região em que foi construído o canal – 1908: interferem em eleições – 1912: idem - 1914: apoio à independência da Colômbia – 1925: invadem para acabar greve geral – 1958: combater nacionalistas - 1964: matam 20 estudantes na zona do canal – 1969: Operação Causa Justa, com 27 mil soldados, para depor o presidente Manuel Antonio Noriega, ex agente da CIA, que cumpre prisão perpétua nos EUA.
PORTO RICO: Anexado aos EUA, é chamado Estado Livre Associado de Porto Rico. Em 1950 foi invadido e esmagaram a revolução pela independência
REPÚBLICA DOMINICANA: 1914: interferem no levante de Santo Domingo – 1916/1924: instalam governo militar – 1965/66: para depor o presidente Juan Bosch
VENEZUELA: 1947: derrubam o presidente Rômulo Gallegos

Sem realizarem invasão militar, já intervieram em diversos países, como no Brasil e na Argentina, em 1945, derrubando de governos Getulio Vargas e Juan Domingo Perón, que adotavam políticas nacionalistas. Participaram, direta ou indiretamente, através da CIA e dos respectivos embaixadores, de inúmeros governos em vários países, como Bolívia, Venezuela, Brasil, Argentina, Chile, Uruguai etc.

Mas o imperialismo norte-americano também já cometeu invasões militares em vários países de outros continentes: China (4 vezes), Coréia (2 vezes), Filipinas, Ilha de Guam (hoje colônia, juntamente com as Ilhas Marianas, no Pacífico), Ilha de Samoa, Vietnã, Laos (2 vezes), Camboja (2 x), Rússia (derrotados pelo exército bolchevique), Iugoslávia, Turquia, Albânia, Irã, Grécia, Egito, Líbano, Libéria (2 x), Iraque (3x), Afeganistão, República do Congo (Zaire)... UFA! Tem mais... mas já basta.

Nos tempos atuais, o governo dos EUA chega a indicar os condutores da economia de alguns países. No Brasil, o presidente do Banco Central, foi anunciado por Lula em Washington, após reunião em novembro de 2002 com o então presidente George Bush. Assim, o ex-presidente internacional do BankBoston, o segundo maior credor da dívida brasileira, Henrique Meireles, foi coroado. Hoje, é quem manda no Brasil (Dêem-me o comando da economia de um país e não me importa quem faz as leis – Mayer Amschel Rotchild, judeu alemão, criador de um império bancário).

Recorro a esse aspecto da História, conhecida por alguns e esquecida por muitos, para lembrar a voracidade e a sede de dominação do imperialismo americano. Vários países estão se livrando dessa peste, principalmente na América Latina, com Cuba, Venezuela, Bolívia e Equador, exercendo papel fundamental. Exemplos de resistência e de perseverança na luta pela defesa da soberania e das suas riquezas naturais.

É indispensável a atuação de partidos antiimperialistas nos países semi colonizados. No Brasil, tínhamos alguns líderes, como Leonel Brizola, que lutou denodadamente, mas foi derrotado, não conseguindo galgar a Presidência da República. Hoje, a situação é muito ruim. Chegamos ao extremo de o governo Lula conceder, por muitos anos, isenção fiscal para os especuladores estrangeiros que vêm “aplicar” em Bolsa e outros mercados. Além de não pagarem impostos (apenas os estrangeiros), não tinham limite mínimo de tempo. Só agora, no ocaso do governo, é que retornou à situação vigente antes de Henrique Meireles. A liberdade de remessa para o exterior de lucros, juros, dividendos, royalties e todos os frutos da especulação, é incondicional.
É preciso, apesar das dificuldades e da massiva atuação das mídias no processo de aculturamento do nosso povo, incutir nas massas consciência nacionalista e de defesa das nossas riquezas naturais terrestres e marítimas e do produto do nosso trabalho.

Infelizmente, não há, hoje, nenhum partido nacionalista no Brasil, pois a direção do PDT abdicou dessa ideologia e abjurou o programa partidário, que tinha como pontos principais o nacionalismo e a luta antiimperialista. À exceção de alguns pequeninos partidos, não é exagero afirmar que as agremiações políticas não passam de balcões de negócios espúrios. O movimento sindical, cooptado pelo governo comprometido com os interesses de Wall Street (vide Henrique Meirelles), é hoje, na quase totalidade, ocupado em arranjar e manter sinecuras. O presidente da República, Lula, conforme relato no livro “Jogo Duro” de Mario Garnero, fez curso na Johns Hopkins University, em Mariland, EUA, em 1973.

A esperança é que, após as eleições, com os dois candidatos mais cotados pertencentes a partidos praticamente iguais, ocorram mudanças no quadro partidário, com o surgimento de uma agremiação que aglutine os bravos combatentes de esquerda, existentes em diversos partidos, ou sem nenhuma filiação, que não se deixaram corromper.
EM JUNHO DE 2010
RONALD SANTOS BARATA

Dados colhidos na internet, cuja fonte é o Jornal Resumem Latino Americano, com tradução de Maria Fernanda M. Souza e Heitor Cesar Oliveira.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Doze regras de redação da midia quando a notícia é do Oriente Médio‏

Transcrito integralmente de http://cloacanews.blogspot.com/2009/01/jornalismo-de-esgoto-globalizado.html

Regra Um - No Oriente Médio, são sempre os Árabes que atacam primeiro e sempre Israel que se defende. Esta defesa chama-se represália.


Regra Dois - Os Árabes, Palestinos ou Libaneses não têm o direito de matar civil. Isso se chama "Terrorismo".


Regra Três - Israel tem o direito de matar civil. Isso se chama "Legitima Defesa".


Regra Quatro - Quando Israel mata civis em massa, as potências ocidentais pedem que seja mais comedida. Isso se chama "Reação da Comunidade Internacional".


Regra Cinco - Os Palestinos e os Libaneses não têm o direito de capturar soldados de Israel dentro de instalações militares com sentinelas e postos de combate. Isso se chama "Seqüestro de Pessoas Indefesas".


Regra Seis - Israel tem o direito de seqüestrar a qualquer hora e em qualquer lugar quantos Palestinos e Libaneses desejar. Atualmente, são mais de 10.000, dos quais 300 são crianças e 1000 são mulheres. Não é necessária qualquer prova de culpabilidade. Israel tem o direito de manter os seqüestrados presos indefinidamente, mesmo que sejam autoridades democraticamente eleitas pelos Palestinos. Isso se chama "Prisão de Terroristas".


Regra Sete - Quando se menciona a palavra "Hezbollah", é obrigatório a mesma frase conter a expressão "apoiado e financiado pela Síria e pelo Irã".


Regra Oito - Quando se menciona "Israel", é proibida qualquer menção à expressão "apoiada e financiada pelos Estados Unidos". Isso pode dar a impressão de que o conflito é desigual e que Israel não está em perigo existencial.


Regra Nove - Quando se referir a Israel, são proibidas as expressões "Territórios Ocupados", "Resoluções da ONU", "Violações de Direitos Humanos" ou "Convenção de Genebra".


Regra Dez - Tanto os Palestinos quanto os Libaneses são sempre "covardes" que se escondem entre a população civil, a qual "não os quer". Se eles dormem em suas casas com as sua famílias, a isso se dá o nome de "Covardia". Israel tem o direito de aniquilar com bombas e mísseis os bairros onde eles estão dormindo. Isso chama "Ações Cirúrgicas de Alta Precisão".


Regra Onze - Os Israelenses falam melhor o Inglês, o Francês, o Espanhol e o Português que os Árabes. Por isso eles e os que os apóiam devem ser mais entrevistados e ter mais oportunidade do que os Árabes para explicar as presentes Regras de Redação (de 1 a 10) ao grande público. Isso se chama de "Neutralidade Jornalística".


Regra Doze - Todas as pessoas que não estão de acordo com as Regras de Redação acima expostas são "Terroristas Anti-Semitas de Alta Periculosidade".

Os ativistas a bordo do Rachel Corrie mantêm sua intenção de chegar até Gaza.

Rachel Corrie, ativista americana do Movimento de Solidariedade Internacional, antes e depois de ser atropelada e morta por um bulldozer militar israelense quando tentava impedir que casas palestinas fossem demolidas em Rafah, na Faixa de Gaza (para a abertura do chamado corredor Filadélfia, ao longo da fronteira egípcia)

O “Rachel Corrie”, o barco que fazia parte da flotilha solidária com ajuda humanitária para a Faixa de Gaza e que teve sua viagem atrasada, mantém sua intenção de chegar a este território costeiro, em que pese o violento ataque levado a cabo ontem pela armada israelense contra outros barcos em que morreram nove ativistas.

Este barco tem este nome em homenagem a ativista internacional pelos Diretos Humanos, Rachel Corrie, que foi criminosamente esmagada por um trator ao tentar impedir que moradias palestinas fossem derrubadas pelo Estado terrorista de Israel.

Dublin, 1 junho (EUROPA PRESS) –
O barco, em que viajam quatro irlandeses, entre eles a prêmio Nobel da Paz Mairead Corrigan Maguire, navega com umas 48 horas de atraso com respeito ao resto da flotilha , já que teve que permanecer no Chipre por problemas logísticos. Porém, desde o movimento irlandês de solidariedade com a Palestina que organizou o barco, espera-se que chegue amanhã às águas de Gaza.

Um dos irlandeses a bordo, Derek Graham, explicou que o barco leva material educativo, materiais de construção e alguns jogos. “Tudo que há a bordo foi inspecionado na Irlanda”, assegurou à imprensa irlandesa. “Gostaríamos de ter o caminho livre” para chegar até Gaza, assinalou.

Por sua parte, em declarações à televisão pública RTE, Maguire assegurou que “nenhum” de seus barcos leva armas, “mas meramente ajuda humanitária”. A Nobel da Paz defendeu a missão “para assegurar ao povo de Gaza que o mundo se preocupa” com eles. “Seu porto está fechado durante quarenta anos (...), 1,5 milhão de pessoas, uma população como a da Irlanda do Norte, permanece separada do mundo por este cerco ilegal e desumano em Gaza”, recordou.

“Pode-se imaginar se isso ocorresse aos 1,5 milhão de pessoas na Irlanda do Norte, o mundo estaria gritando para que isto parasse”, sublinhou Maguire, que incidiu que em Gaza há carência de medicamentos.

Por outra parte, sete cidadãos irlandeses foram detidos durante a ação de ontem, se bem que uma das ativistas já foi deportada para a Irlanda. O ministro de relações exteriores irlandês, Michael Martin, tem se mostrado muito crítico com a atuação israelense e tem pedido a libertação de seus concidadãos.

“Temos pedido a libertação incondicional dos cidadãos irlandeses detidos atualmente em Ashdod”, assinalou o ministro à imprensa, sublinhando que “não entraram ilegalmente em Israel, foram pegos em águas internacionais e levados a Ashdod”.

Um alto responsável da marinha israelense advertiu, em declarações ao jornal ‘Jerusalem Post’, que suas forças serão mais agressivas em futuras ocasiões ante os barcos que tentem romper o bloqueio a Gaza.

HISTÓRICO DO ATAQUE A FROTA HUMANITÁRIA
Amparados pela escuridão, os soldados israelenses saltaram do helicóptero no barco turco 'Mavi Marmara' e começaram a disparar no momento em que pisaram no convés — contaram os ativistas pró-palestinos que presenciaram a invasão à frota de ajuda humanitária que se dirigia a Gaza.

Estes testemunhos, obtidos em ligações telefônicas realizadas antes de que estas fossem cortadas, contradizem a versão das autoridades israelenses, que culpam os militantes que iam a bordo da flotilha pelo início da violência.

Segundo uma rede de televisão israelense, 19 passageiros foram mortos e outros 36 feridos. O Exército israelense contabilizou, por sua vez, mais de dez passageiros mortos e entre sete e dez soldados feridos, dois deles com gravidade.

— Dispararam diretamente contra a multidão de civis adormecidos — acusou o movimento Gaza Livre, organizador da Frota da Liberdade, em um comunicado divulgado em seu site, após a invasão do "Mavi Marmara", o barco-almirante turco do comboio, que transportava centenas de pessoas, entre as quais figuravam parlamentares europeus.

A operação, qualificada de ato de "pirataria" pelos palestinos, ocorreu em águas internacionais, muito antes das 20 milhas que delimitam as águas territoriais da Faixa de Gaza.— Não pudemos contactar ninguém a bordo desde as 3h30min (21h30min de Brasília). A última mensagem que recebemos foi: Tudo está bem, os barcos de guerra israelenses encontram-se atrás de nossa popa, vamos dormir — declarou uma das organizadoras, Greta Berlin.

O Exército israelense lançou o ataque às 4h (22h de Brasília) de três helicópteros apoiados por barcos, segundo um importante responsável militar israelense.

— Telefono escondido, centenas de soldados israelenses atacaram a Frota da Liberdade e os passageiros do barco em que me encontro estão se comportando com muita valentia — contou o jornalista da televisão Al Jazeera Abas Nasser, em sua última ligação.

— O capitão de nosso barco está gravemente ferido e há outros dois feridos entre os passageiros — acrescentou, antes que a comunicação fosse cortada.

Em "Mari Marmara" foi gravemente ferido um líder islamista radical árabe israelense, Raed Salah, segundo a televisão Al Aqsa, do grupo islamista palestino Hamas, que controla a Faixa de Gaza. O escritor sueco Henning Mankell também se encontrava no comboio humanitário, segundo a delegação sueca da organização.

Um membro dos comandos da Marinha israelense contou que sua unidade foi atacada assim que chegou ao barco:

— Eles nos atacaram com barras metálicas e facas. Em certo momento, fomos alvo de disparos de balas reais — afirmou.

Vários soldados foram expulsos do deque de cima para o de baixo e precisaram saltar na água para salvar suas vidas, declarou este soldado, que afirmou que havia cerca de 30 ativistas e que falavam árabe.

— Não era espontâneo, estavam preparados — disse um alto comandante militar israelense. Imagens do barco turco divulgadas pelas redes de televisão internacionais e pela Internet mostram militares israelenses vestidos de negro que saem de helicópteros, assim como confrontos com ativistas pró-palestinos. Também podem ser vistos feridos, que jazem sobre o convés, e uma mulher transportada numa maca.

— As imagens não são simpáticas, não posso mais que expressar meu pesar por todos os mortos — admitiu o ministro de Indústria e Comércio israelense, Binyamin Ben Eliezer.

QUADRO ATUAL E FUTURO

O governo de Israel anunciou nesta terça-feira (1º) que impedirá qualquer barco com ajuda humanitária internacional de entrar nas águas da Faixa de Gaza, apesar dos protestos da comunidade internacional e de entidades de defesa dos direitos humanos após o ataque à Frota da Liberdade, que deixou ao menos nove mortos nesta segunda-feira (31).

O vice-ministro da Defesa de Israel, Matan Vilnaï, disse que nenhum tipo de embarcação será autorizada a entrar na área, mesmo após a ONU (Organização das Nações Unidas) condenar o ataque nesta terça-feira. "Não permitiremos que os barcos cheguem a Gaza para abastecer o que se transformou em uma base terrorista que ameaça o coração de Israel".

Ao mesmo tempo, um porta-voz da ONG Free Gaza, que integra o grupo de entidades da Frota da Liberdade, atacada nesta segunda-feira (31) em águas internacionais, disse à rede CNN que o grupo vai enviar mais dois barcos com ajuda humanitária à região da faixa de Gaza.

O envio de novas embarcações pode elevar a tensão na área, após as mortes desta segunda. Ativistas dizem que as tropas israelenses atiraram contra manifestantes desarmados, enquanto as Forças Armadas de Israel afirmam que apenas responderam a agressões.

Os coordenadores da Frota da Liberdade disseram que as novas embarcações já estão a caminho de Gaza, mas que a nova tentativa de furar o bloqueio não deve acontecer durante os próximos dias.
http://www.pcb.org.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=1670%3Aos-ativistas-a-bordo-do-rachel-corrie-mantem-sua-intencao-de-chegar-ate-gaza-&catid=84%3Asolidariedade-internacional&Itemid=83

Judia que fugiu do nazismo quer chegar a Gaza em novo barco

Hedy Epstein já tentou chegar a Gaza outras três vezes no passado
Uma ativista judia que fugiu da Alemanha nazista e perdeu os pais no campo de extermínio de Auschwitz pretende embarcar num barco irlandês que está se dirigindo a Gaza para tentar furar o bloqueio israelense.

Hedy Epstein, de 85 anos, que está desde 1948 radicada nos Estados Unidos, diz ter sido impedida pelas autoridades cipriotas de embarcar em um dos barcos da frota que foi interceptada na segunda-feira por Israel.

Ela agora pretende chegar ao barco irlandês, que deveria ter acompanhado a frota, mas acabou ficando para trás por causa de problemas mecânicos.

Mesmo após terem sido informados sobre o ataque israelense, que deixou ao menos nove mortos, os ocupantes do barco decidiram seguir viagem. Eles esperam chegar a Gaza nos próximos dias.

O barco deixou a Irlanda com dez pessoas a bordo, entre elas a prêmio Nobel da Paz Mairead Maguire.

‘Lições’
Para Epstein, as ações do governo israelense mostram que o país “não aprendeu as lições” das perseguições sofridas pelos judeus ao longo da História.

“Como eles podem fazer o mesmo contra os palestinos?”, questionou ela, em entrevista à BBC Brasil.

Esptein diz rejeitar as comparações entre o tratamento dos judeus na Alemanha nazista e o dos palestinos por Israel, mas adverte que o governo israelense “faz ações horríveis” que poderão ter como consequência o aumento do anti-semitismo no mundo.

“Israel parece pensar que está acima das leis e acusa todos aqueles que o criticam de serem anti-semitas”, afirma. “Muitos acabam com medo de criticar Israel por não quererem ser chamados de anti-semitas”, diz.

Massacres
A ativista diz ter “acordado” para a questão palestina após tomar conhecimento dos massacres de Sabra e Chatila, no Líbano, em 1982, quando centenas de refugiados palestinos foram mortos por milícias cristãs libanesas com a suposta anuência de Israel.

Desde 2003, ela esteve por cinco vezes na Cisordânia para, como conta, “ver de perto o que estava acontecendo”.

“Muitos me diziam para ter cuidado, que como judia corria riscos nos territórios palestinos, mas a verdade é que os palestinos abriram suas casas e seus corações para mim e até me protegeram do perigo, que veio do outro lado”, diz. “O inimigo é o governo israelense”, afirma.

Ela diz que em uma de suas viagens à Cisjordânia, em 2004, ela foi detida por quatro horas no aeroporto de Tel Aviv pelas autoridades israelenses e acusada de “terrorismo”.

Ela diz que agora espera conseguir chegar pela primeira vez à Gaza, em sua quarta tentativa, dentro do barco irlandês que segue na direção ao território.

“Não tenho medo agora. Talvez tenha medo quando vir os soldados israelenses abordando o barco”, diz. “Mas não quero morrer, nem ser ferida. Só quero chegar a Gaza para entregar os suprimentos aos palestinos”, diz.

Ela diz que os ativistas que participam da tentativa de chegar a Gaza pelo mar para entregar ajuda humanitária “não têm motivações políticas”. “Nossas motivações são humanitárias”, afirma.

Figura polêmica
Hedy Epstein é uma figura polêmica nos Estados Unidos, onde já foi acusada por membros da comunidade judaica de comparar injustamente as ações de Israel com com as da Alemanha nazista.

Ela também é acusada de usar indevidamente o título de sobrevivente do Holocausto por ter deixado a Alemanha em 1939, antes da adoção da chamada “solução final” visando o extermínio dos judeus.

Ela foi enviada, sem os pais, para a Grã-Bretanha, onde ficou até 1948, antes de seguir aos Estados Unidos. Mas a maioria dos membros de sua família acabou morrendo nos campos de concentração e extermínio nazistas.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Difícil ter aula de história igual a essa na UERJ

A história dos líderes do terrorismo sionista-israelense
Mazin B. Qumsiyeh* - Embaixada Palestina na Argentina

Transcrito integralmente do jornal "A Nova Democracia" - http://www.anovademocracia.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=1052&Itemid=105

Chaim Weizman (1874-1952)
Nascido em Motol, Rússia, nacionalizou-se britânico em 1910. Durante a Primeira Guerra Mundial, Weizman descobriu um método não aprovado de fazer explosivos a partir de substâncias como a acetona e o álcool butílico para ajudar os esforços bélicos britânicos. Por isso, tinha muito acesso ao sistema de segurança do governo britânico o que facilitou o compromisso inglês com o sionismo, que posteriormente se transformou na chamada "Promessa de Balfour" (que foi garantida a Weizman através de uma carta). Também atuou como conselheiro especial do Ministério Britânico de Abastecimento. Por seus esforços em favor do projeto sionista, foi aclamado como o primeiro entre os Primeiros-Ministros de "Israel".


David Ben Gurion (1886-1974)
Nascido como David Green na Polônia. Mudou-se para a Palestina em 1906. Como chefe da Agência Judaica para a Palestina de 1935 a 1948, Ben Gurion dirigiu todos os esforços judeus no sentido de transformar o país, de multiétnico/multicultural, em um estado exclusivamente judeu "para perpetuar sua natureza judaica". Suas atividades oscilaram entre o aproveitamento de terras e criação de assentamentos para imigrantes judeus, até atividades secretas contra os nativos palestinos (depois da revolução palestina de 1936 se rebelou contra os governantes britânicos). Um comentário das Memórias de Rabin sobre Ben Gurion: "Caminhávamos juntos ao ar livre, Ben Gurion nos acompanhava. Allon repetiu sua pergunta: O que devemos fazer com a população palestina? Ben Gurion moveu suas mãos em um gesto que queria dizer expulsá-los para fora" (Memórias de Ytzhak Rabin, versão censurada, publicada no NY Times em 23 de outubro de 1979 - a descrição de Rabin sobre a conquista de Lydda, depois da conclusão do Plano Dalet).


Moshe Sharett (1894-1965)
Nasceu na Rússia e seu nome original era Shertok. Em 1906 mudou-se para a Palestina, onde foi ativo no Movimento Trabalhista. Em 1933 foi nomeado chefe do departamento político da Agência Judaica na Palestina. Sharett foi o homem mais próximo de Ben Gurion em sua "luta pela independência do estado judeu". Em 1948 foi nomeado ministro dos Assuntos Exteriores e de 1953 a 1955 atuou como primeiro-ministro. Sharett via o fortalecimento da posição israelense através da aliança, mais do que através da confrontação. Sua substituição como premier por Ben Gurion em 1955 e o afastamento em 1956, refletiu o movimento existente em "Israel" favorável à confrontação, que resultou na guerra árabe-israelense em 1956.

Levi Eshkol (1895-1969)
Nascido como Levi Shkolnik na Ucrânia (sob controle russo). Na Primeira Guerra Mundial serviu na legião judaica, que apoiou as forças britânicas na Palestina. Mudou-se para a Palestina e ajudou na constituição do Haganah, um grupo terrorista judeu clandestino que protagonizou a limpeza étnica dos nativos palestinos entre 1947-1949.

Golda Meir (1898-1978)
Nascida como Golda Mabovitz em Kiev, Ucrânia. Sua família emigrou para Milwaukee, EUA, em 1906. Em 1921, com seu marido Morris Meyerson ( nome mudado para Meir em 1956), transferiu-se e assentou-se na Palestina. Declarou: "Não existe um povo palestino". Seus acordos secretos com o Rei Abdullah (da Transjordânia) em 1947 foram cruciais para frustrar a formação do Estado Palestino e estabelecer o controle hashemita sobre o que atualmente se conhece como "Margem Ocidental", ou Cisjordânia.

Menahem Begin (1908-1992)
Nascido em Brest-Litovsk, Rússia (agora Brest, Bielo-Rússia). Em 1930 converteu-se em membro ativo do movimento sionista terrorista e transferiu-se à Palestina em 1942, onde se envolveu em atos terroristas, como atentados nas zonas de civis palestinos. Procurado pelo governo britânico por essas atividades, costumava chamar os palestinos de "baratas".

Ytzhak Shamir
Nascido em 1915 em Ruzinoy, um povoado do leste da Polônia. Seu sobrenome era Jazwernicki. Alistou-se no Irgún Zvai Leumi, um grupo terrorista judeu clandestino, em 1937, e esteve envolvido em vários atentados terroristas contra civis. Em 1940, Shamir filiou-se ao partido extremista Lohamei Herut Yisrael, ou grupo Stern. Foi detido duas vezes pelas autoridades britânicas por suas atividades terroristas e fugiu para a França em 1946. Quando Israel foi criado, voltou e trabalhou no Mossad, serviço de informação israelense responsável pela continuação do terrorismo contra os nativos palestinos.

Ytzhak Rabin (1922-1995)
Nascido em Jerusalém, filho de colonos sionistas. Em 1941, Rabin alistou-se na Palmaj, uma unidade do exército terrorista clandestino judeu. De 1947 a 1948, o grupo foi envolvido em operações de limpeza étnica dos habitantes palestinos (segundo Benni Morris, que documentou a expulsão dos cidadãos palestinos em Lod e Ramle, esta foi feita sob o comando de Rabin). Famoso como ministro da Defesa israelense no final dos anos 80, por ordenar, como norma, a "quebra de ossos" de manifestantes palestinos (a maioria crianças). Rabin disse uma vez que "o processo de paz de Oslo é um novo instrumento para obter os objetivos tradicionais de Israel." Henry Kissinger disse: "Pedi a Rabin para que fizesse concessões e ele me respondeu que não podia, porque Israel era demasiado débil. Então lhe dei armas, e voltou a responder-me que não tinha porque fazer concessões, porque Israel agora é forte (Findley's Deliberate Deceptions, p. 199). Ytzhak Rabin disse uma vez (no Knesset, parlamento): "Com todos seus erros, o Partido Trabalhista fez mais e continua sendo capaz de fazer mais. Nós nunca falamos sobre Jerusalém. Nós apenas fizemos fait accompli. Fomos nós que falamos de Jerusalém (a parte anexada). Os americanos não disseram nada, porque construímos esses bairros de forma inteligente."

Ehud Barak
Nascido como Ehud Borg, filho de imigrantes da Europa Oriental na Palestina, em 1942. Posteriormente, adotou o nome hebreu de Barak. Começou seu treinamento e serviço militar em 1959. Foi membro de uma unidade de assassinatos secretos que vitimou um bom número de líderes políticos palestinos no Líbano (por exemplo, Beirute, em 1976) e líderes da resistência nos territórios ocupados. Foi recompensado com promoções militares rápidas, sendo o mais jovem chefe do exército da história israelense.

Ariel Sharon
Seu nome real é Arik Scheinerman. Nascido na Palestina durante a ocupação britânica em 1929, de pais imigrantes russos, colonos sionistas na Palestina. Em 1953 organizou a infame "Unidade 101", semeando o terror ao longo das fronteiras da Palestina, aterrorizando a população civil palestina para obrigá-la a fugir de seus lares e terras próximas às fronteiras. Em 14 de outubro de 1953, Sharon e sua unidade cometeram um massacre na aldeia de Qibya (então sob direção jordaniana). Ben Gurion mentiu quando disse que o massacre foi cometido por enfurecidos granjeiros judeus (como se demonstrou com documentos, posteriormente). Sessenta e nove civis palestinos foram assassinados (a maioria mulheres e crianças). Suas tropas, no princípio dos anos 70, foram encarregadas de "pacificar Gaza". Impôs uma brutal política de repressão, dinamitando lares e derrubando campos de refugiados inteiros, impondo severos castigos coletivos e encarcerando centenas de cidadãos palestinos. Toda a zona foi transformada em uma prisão. Sharon foi o impulsionador do projeto dos assentamentos, da fundação do partido extremista Likud e um número indeterminado de "sucessos". Foi o arquiteto da invasão do Líbano. Seus armados e financiados mercenários da Falange, sob suas ordens cometeram o massacre dos campos de refugiados palestinos de Sabra e Shatila. Atualmente está sendo investigado e processado por Crimes contra a Humanidade. Apesar disso, seus crimes continuam até hoje.

Shimon Peres
Seu verdadeiro nome é Shimon Perski, e nasceu em 1923 em Vishnia, Polônia (agora Bielo-Rússia). Juntamente com seus pais, foi para a Palestina em 1934 (sob mandato britânico). Alistou-se no grupo terrorista clandestino judeu Haganah e serviu como chefe de seus recursos humanos em 1940. Foi o arquiteto do programa nuclear israelense. Nomeado diretor geral, em 1953, do Ministério da Defesa, imediatamente começou a desenvolver o setor nuclear. Nos anos 50 e final dos 60 Israel desenvolveu seu programa nuclear primário com a ajuda da França, mantendo a doutrina "ambígua" de Peres. Os EUA e GB, entre outros países, fizeram que não viram. Foi agraciado com o Prêmio Nobel da Paz pelos acordos de Oslo. O Comitê do Nobel recentemente assinou uma carta questionando o fato de havê-lo premiado (baseando-se em suas ações posteriores como membro do governo de Sharon).
*O Prof. Mazin Qumsiyeh é palestino, cientista da área de genética da Universidade de Yale, EUA e co-fundador da Coalizão Palestina do Direito ao Retorno, Al-Awda.
NR - O autor usa a expressão sionistas-israelenses, obviamente, por existir sionistas que se hospedam em outras nacionalidades: sionistas-alemães, sionistas-ucranianos, sionistas-russos, etc. Com a fundação do Estado de Israel, em 1948, o sionismo tornou-se a ideologia oficial do Estado e da política de Israel. Traduzindo os interesses do imperialismo, o sionismo busca se apoiar no conceito anticientífico de uma única nação judaica que engloba todos os hebreus, independente do país onde esteja vivendo.
O sionismo tem também a propriedade de ser anti-semita. Essa corrente reacionária nascida no seio da burguesia, no final do século IX, busca inspiração numa pretensa superioridade racial e no excepcionalismo. Ainda para ludibriar os hebreus, o sionismo, que é essencialmente anticomunista, finge ter uma coloração socialista e se apresenta como um movimento de libertação nacional. A XXX sessão da Assembléia Geral da ONU (1975) foi obrigada a reconhecer e a denunciar o sionismo como uma das formas de racismo. Veja o site: http://www.palestina1.com.br/
*Tawfiq Zayyad, palestino de Nazaré, nasceu em 1940 e faleceu em 1994. Membro do Partido Comunista de Israel, deputado no parlamento israelense, foi defensor contumaz de seu povo contra a intolerância e a política cruel oriunda da vitória do estado sionista. Escritor imprecatório, direto, Zayyad foi desde o princípio um dos máximos expoentes líricos da resistência palestina, sempre dirigindo seus versos a seu povo, ao qual animava, em perseguição ao objetivo justo de alcançar a libertação da terra e dos palestinos.

Carta Capital entrevista Latuff


Um chargista armado pela paz

01/06/2010 17h12min:
Bruno Huberman





O carioca Carlos Latuff não acredita em punição a Israel e não enxerga possibilidade de paz na região enquanto Benjamin Netanyahu for o primeiro-ministro israelense Israel passou dos limites. Os ataques a “Flotilha da Liberdade”, grupo de barcos de ajuda humanitária que seguiam para a Faixa de Gaza, na Palestina, na segunda-feira, causaram furor internacional e foram chamados de “derramamento de sangue” pelo secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas) Ban Ki-moon. O Conselho de Segurança, em reunião emergencial em Nova York, exigiu uma investigação detalhada do “incidente”. O chargista Carlos Latuff, seguindo o histórico de impunidade as várias formas de truculência por parte do governo de Israel, não acredita que será dessa vez que o país sofrerá sanções da ONU.


O carioca Latuff, que herdou o sobrenome do avô libanês Nagib, vem militando a favor da causa palestina desde que fez uma viagem aos territórios ocupados da Cisjordânia em 1999. Tem na charge, ofício que exerce de forma política há 20 anos desde que começou a desenhar para publicações sindicais, seu meio de expressão para mostrar de maneira mais explícita e artística um contraponto que você não encontra nos grandes meios de comunicação.


Latuff se tornou um artista bastante controverso ao botar o dedo na ferida de assuntos delicados como o imperialismo estadunidense e a violação dos direitos humanos, mas tem na aparente insolúvel situação entre Israel e Palestina o seu principal nicho de manifestação artística. Abaixo leia entrevista concedida por Latuff a CartaCapital em que fala sobre a proteção internacional dos EUA a Israel e as possíveis soluções para uma paz entre israelenses e palestinos.


CartaCapital: Como você vê esse ataque israelense a "Flotilha da Liberdade"?

Carlos Latuff: Há muito que Israel mata manifestantes desarmados. Foi assim com Rachel Corrie, esmagada por um trator israelense em 2003 quando tentava impedir a demolição de uma residência palestina e com Tom Hurndall que levou um tiro na cabeça de um atirador de elite israelense em 2004. Sem falar nos jovens palestinos abatidos a tiros quase todos os dias em protestos na Cisjordânia, que tem pouca ou nenhuma cobertura da mídia.


CC: Qual tipo de punição você acha que seria justa a Israel?

CL: A única punição que Israel recebeu até hoje foram de grupos como Hamas e Hezbollah, já que os Estados Unidos preservam seu satélite de qualquer tipo de sanção legal por parte das Nações Unidas. Obama e Hillary Clinton falam de sanções contra o Irã todos os dias, falam que "todas as opções estão na mesa" contra Teerã, mas quando se trata de Tel Aviv, nenhum tipo de reprimenda, por mais leve que seja, é levada a cabo. É Washington que faz Israel imune as leis internacionais.


CC: Você não acha que dessa vez a truculência de Israel foi tanta que deverá resultar numa punição mais severa das entidades internacionais, como do Conselho de Segurança da ONU?

CL: Truculência tem sido a marca registrada do estado de Israel ao longo dos anos. São milhares de civis palestinos assassinados pelas ações militares de Israel em Gaza e no Líbano, incluindo o uso de bombas de fragmentação e de fósforo branco, e mesmo assim não houve resposta enérgica das Nações Unidas, graças a sempre pronta interferência estadunidense. Um dos meios de pressão da sociedade civil têm sido as campanhas de boicote econômico e cultural a Israel. Campanhas semelhantes foram importantes contra o regime sul-africano do apartheid.


CC: Você acha que esse evento pode melhorar a imagem da Palestina internacionalmente?

CL: Isso não posso dizer, mas certamente o sangue derramado dos palestinos tem corroído a já desgastada imagem de Israel perante a opinião pública mundial, tanto assim que o país tem investido pesado em relações públicas. Mas não tem assessoria que possa convencer o mundo de que foi justificado atirar em ativistas desarmados que levavam alimentos e remédios a Gaza.


CC: Independente do último ataque de Israel, você acha possível um acordo de paz entre Israel e Palestina?

CL: Com políticos como Benjamin Netanyahu, Avigdor Lieberman, ou mesmo o Nobel da Paz Shimon Peres, que negociou armas nucleares com o regime do apartheid, paz é algo que Israel definitivamente não pode oferecer. Acredito que um acordo justo pudesse acontecer se Uri Avnery, Norman Finkelstein ou Noam Chomsky fossem os líderes do país.


CC: Você consegue enxergar uma solução, mesmo que pessoal, para a aparente insolúvel situação em que Israel e Palestina se encontram?

CL: Os movimentos sociais palestinos e israelenses falam não em uma única solução, mas soluções, como a criação de um estado para os dois povos ou dois estados. De qualquer forma, qualquer solução seja ela qual for, passa pelo reconhecimento do direito palestino a soberania e a lei de retorno dos refugiados palestinos, lei essa que atualmente vale apenas para os judeus da diáspora.


CC: Você acha que os judeus israelenses, com o muro e outras atitudes similares, fazem com os palestinos o que for feito com eles no holocausto? Não com as mesmas proporções, da mesma forma e com outros motivos, mas é do mesmo jeito uma cultura mostrando superioridade sobre a outra simplesmente porque pode e acha isso correto segundo o seu ponto de vista? E você acha que os judeus israelenses usam isso como justificativa para o que fazem, mesmo que não explicitamente?

CL: Apesar dos judeus em sua maioria se identificarem automaticamente com Israel, não se pode dizer que a totalidade deles é alinhada com as políticas genocidas de Tel Aviv. Mesmo que haja similaridades entre o tratamento dos nazistas aos judeus e o dos israelenses com os palestinos, não creio que haja uma política de extermínio tal qual a que foi levada a cabo por Hitler na Europa. Mas é certo que, para os dirigentes israelenses, seria muito bom se não houvesse mais nenhum palestino naquela região. São muitas as vozes em Israel que pedem a deportação dos palestinos.

Ações de Israel contra palestinos


Trator Esmagou A Cabeça De Adolescente Palestino
Postado em 20/03/2010 às 14:39.

O menino palestino que teve sua cabeça esmagada em GAZA tinha 16 anos, e seu nome era Mahmud Kayed.

Segundo o relatório, houve vários adolescentes palestinos protestando contra a ocupação israelense em Al-Bureij campo de refugiados.

Como parte de seu protesto, os jovens atiraram pedras na escavadeira.O motorista do trator partiu contra a juventude, esmagando a cabeça deste jovem de 16 anos Mahmud Kayed.
Havia vários tratores na área destruindo as terras agrícolas, enquanto soldados israelenses procuraram casas de militantes do Hamas e de armas.

Mensagem do "Movimento Revolucionário Nacionalista Círculos Bolivarianos" sobre o ataque terrorista de Israel contra a ajuda humanitária à Gaza

MAIS UM ATO TERRORISTA DO ESTADO NAZI-SIONISTA DE ISRAEL
Comunidade Internacional se diz escandalizada por causa de um lugar comum.
Apesar da ousadia, não corresponde a nenhuma surpresa o ataque dos agentes israelenses a um navio turco que fazia parte de uma missão de paz rumo à Faixa de Gaza. O mudo se diz chocado e estarrecido. Os meios de comunicação burgueses noticiam como se fosse uma novidade. Como se pela primeira vez o Estado Nazisionista de Israel tivesse realizado uma ação criminosa envolvendo assassinato de inocentes e desafio a leis inernacionais. Agem sinicamente, como se não soubessem que são diários os atos de covardia e hostilidade por parte do Estado Sionista frente a corajosa, porém fragilizada, resistência palestina seja na Cisjordânia mas principalmente na Faixa de Gaza são diários.
Há anos o povo palestino tem sido vítima de um verdadeiro genocídio com a conivência da ONU, de seu famigerado Conselho de Segurança das grandes potências capitalistas e mais o silêncio do resto do mundo.
E mesmo quando alguma voz se levanta contra Israel o faz com temerosa timidez, sempre procurando amenizar alegando que os grupos políticos palestinos provocaram primeiro e que, como todos usam de ações terroristas devem ser combatidos com firmeza. Mas que as reações do Estado judeu devem levar em consideração os inocentes, por tanto não devem ser desproporcionais.
Raramente há uma condenação veemente aos bombardeios desmedidos e reincidentes contra uma área de pequena dimensão e grande concentração popular. Em outras palavras, na prática um gueto. O número de mulheres, idosos e crianças assassinados de maneira sistemática e ininterrupta pelos mísseis israelenses, pelos bombardeios aéreos, pelas armas de destruição em massa, sem contar as armas químicas e outras de tequinologia ultra-avançada produzidas pelas industrias bélicas de propriedade judia ao redor do mundo e testadas no laboratório particular de Israel em cobaias humanas fruto de um povo que teve pela frente a desgraçada sina de habitar uma região que virou alvo da cobiça de um outro povo. Teve suas terras roubadas, foram expulsos de suas moradias, seus parentes foram assassinados e o outro lado ainda convenceu o mundo de que eles são os vilõe s da história.
Tá mais de que na hora das pessoas de bem do mundo inteiro se unirem para repelir essa covardia.
Todos os crimes de Israel devem ser denunciados e os governantes do Estado sionista devem ser cobrados pelo sangue de cada um dos palestinos massacrados ao longo de todo esse tempo pela máquina de guerra israelita.
Por esse motivo, a coordenação estadual do MORENA-CB convoca todos os lutadores e lutadoras sociais de todas as forças políticas comprometidas com a justiça social, a luta antiimperialista e os direitos humanos para a construção de um ato de repúdio que não se concentre apenas no ataque ao navio da missão humanitária, mas que denuncie os crimes de Israel cometidos em larga escala durante mais de 60 anos contra o povo palestino e contra o mundo.

Viva a resistência palestina, viva a liberdade,viva a luta antiimperialista.
Abaixo o Estado nazisionista de Israel, abaixo a opressão, abaixo o mundo capitalista e sua guerra suja contra a liberdade dos povos

Coordenação Estadual do
Movimento Revolucionário Nacionalista Círculos Bolivarianos
MORENA-CB

Dez mandamentos da politica externa de Israel

Transcrito do blog de Luis Nassif

Dez mandamentos da politica externa de Israel

Autor: Andre Araujo

1. Todo grupo, entidade, movimento, organização que tentar ajudar o povo palestino deve ser classificado como terrorista.


2. Israel não faz acordos, não cede, não transige, não negocia com qualquer proposta que considere algum direito ao povo palestino.


3. Israel não toma conhecimento de qualquer resolução condenatoria da ONU, da OECD, da OTAN ou de qualquer outro organismo que se manifeste contra Israel.


4. Israel desconsidera a validade de qualquer pressão internacional sobre atos praticados pelo seu Governo e pelas Forças de Defesa de Israel.


5. Qualquer ação militar de Israel, não importa com que força ou consequências, deve ser considerada dentro do direito de Israel a se defender.


6. Israel não pode ser criticado pelo uso de força, não importa em que proporção em relação a qualquer outro adversário.


7. O único País cuja diplomacia deve ser considerada por Israel são os EUA.


8. Israel deve declarar continuamente que é a única democracia do Oriente Médio, desconsiderando que
seus sucessivos governos são resultantes de composições cada vez mais à direita e cada vez mais fundamentalistas.


9. Os interesses de Israel estão acima do Direito Internacional.


10. Os interesses de Israel estão acima dos conceitos de direitos humanos assim considerados.


Enviado por Luis Nassif, em 02/06/2010